aqui
Como todos os anos, andava para aqui a pensar como faria o balanço deste ano aziago e sem saber muito bem por onde começar. É que, no meio de muito azar, este não foi um ano mau. Apesar de e de e de e de… Sim, que não foi fácil e este final, então, tem sido violento. Mas, olhando para trás, para o ano todo, consigo ver muita coisa boa. Talvez seja aquela parte da minha personalidade refilona que não consegue deixar de ser optimista. Que sofre e se pela e, no fim, é capaz de dizer que, apesar de e de e de, não foi assim tão mau. Ou então apenas me habituei a olhar em frente com a idade. É que esta coisa de achar que estão menos para vir do que aqueles que já ficaram para trás deixa-nos com uma perspectiva menos piegas. É preciso seguir em frente e pronto. Melhor ou pior, enquanto nos for possível seguir em frente e, no rescaldo, ainda encontrar algo de bom, devia ser motivo para nos reciclarmos. Já não vamos inventar um eu novo ou uma vida nova. Mas podemos ainda não desistir desta. E eu encontrei em mim a vontade de não desistir. Apesar de e de e de…
Há uns tempos, chegou-me por mail um pedido curioso: "descreve-me numa palavra". E eu descrevi, claro, que sou incapaz de resistir a um coisa destas. Mas, mais do que isso, resolvi também eu pedir para que uma série de pessoas me descrevessem. E, na volta, vieram as respostas. Suponho que transpareça no que escrevo uma boa parte do que sou. Mas há nas descrições que me fizeram um tantinho de exagero que só pode mesmo ser resultado do olhar benevolente com que os amigos me vêem.
De qualquer forma, há também um certo reflexo da minha postura este ano que já se acaba e que fui deixando em forma de textos, imagens e música aqui pela Voz.. Sim, fui irreverente. Tanto quanto soube ou pude, desaforadamente e algumas vezes até de forma exagerada. Mas é uma das coisas que quero levar deste ano para o ano que ai vem: uma certa capacidade para o inconformismo e a vontade de a pôr em prática. Desassossegada e insatisfeita, sempre a pedir mais, refilando sem parar contra o mundo, contra a vida, contra mim, não quero assentar no que tenho; prefiro procurar sempre o que há-de vir. Isso talvez faça de mim alguém por vezes demasiado ingénuo e infantil, uma teenager, como lhe chamaram e eu agradeço, porque não parece tão mal, tão imaturo. No entanto, talvez seja em parte consequência desta postura a forma como transparece na maneira como me escrevo e reescrevo esta condição de estar viva e sentir-me viva. Nesse sentido, talvez haja alguma verdade em quem diz que sou desafiadora. E deve ser bem mais do que pelos desafios (ultimamente tão escassos) que fui deixando pela Voz. Ou eu assim quero pensar. No fim, talvez seja uma questão de franqueza: para comigo e para com os outros. É que, por mais difícil que seja olharmos para nós com a distância suficiente para uma análise válida, se tentarmos ser sinceros para connosco, não comprometendo o que nos parece o correcto nem os poucos valores que conseguimos ainda preservar, então, no rescaldo, a nossa sinceridade terá de transparecer na forma como lidamos com os outros. E eu gostaria, acima de tudo, de me manter fiel àquilo em que acredito, àqueles em quem confio, a todos os que quero bem. Apesar de e de e de e de…
Há uns tempos, chegou-me por mail um pedido curioso: "descreve-me numa palavra". E eu descrevi, claro, que sou incapaz de resistir a um coisa destas. Mas, mais do que isso, resolvi também eu pedir para que uma série de pessoas me descrevessem. E, na volta, vieram as respostas. Suponho que transpareça no que escrevo uma boa parte do que sou. Mas há nas descrições que me fizeram um tantinho de exagero que só pode mesmo ser resultado do olhar benevolente com que os amigos me vêem.
De qualquer forma, há também um certo reflexo da minha postura este ano que já se acaba e que fui deixando em forma de textos, imagens e música aqui pela Voz.. Sim, fui irreverente. Tanto quanto soube ou pude, desaforadamente e algumas vezes até de forma exagerada. Mas é uma das coisas que quero levar deste ano para o ano que ai vem: uma certa capacidade para o inconformismo e a vontade de a pôr em prática. Desassossegada e insatisfeita, sempre a pedir mais, refilando sem parar contra o mundo, contra a vida, contra mim, não quero assentar no que tenho; prefiro procurar sempre o que há-de vir. Isso talvez faça de mim alguém por vezes demasiado ingénuo e infantil, uma teenager, como lhe chamaram e eu agradeço, porque não parece tão mal, tão imaturo. No entanto, talvez seja em parte consequência desta postura a forma como transparece na maneira como me escrevo e reescrevo esta condição de estar viva e sentir-me viva. Nesse sentido, talvez haja alguma verdade em quem diz que sou desafiadora. E deve ser bem mais do que pelos desafios (ultimamente tão escassos) que fui deixando pela Voz. Ou eu assim quero pensar. No fim, talvez seja uma questão de franqueza: para comigo e para com os outros. É que, por mais difícil que seja olharmos para nós com a distância suficiente para uma análise válida, se tentarmos ser sinceros para connosco, não comprometendo o que nos parece o correcto nem os poucos valores que conseguimos ainda preservar, então, no rescaldo, a nossa sinceridade terá de transparecer na forma como lidamos com os outros. E eu gostaria, acima de tudo, de me manter fiel àquilo em que acredito, àqueles em quem confio, a todos os que quero bem. Apesar de e de e de e de…
Por tudo isto - e porque não sei se ainda poderei abeirar-me de um computador este ano - desejo-vos umas excelentes entradas em 2007 e que o novo ano vos traga tudo o que precisam e desejam.
Feliz ano novo, gente!
11 comentários:
Feliz Ano Novo também para ti! :)
Enquanto sabemos quem somos e somos quem queremos ser, vale a pena viver. :)
Feliz Ano Novo Hipatia.
Refilona e irreverente é já muito do que é preciso para manter o ano sempre novo.
Beijinhos.
Beijinhos, menina e um excelente 2007!
Pensei que já não vinha à net e afinal cá estou, em passo de corrida. Mas é por uma boa causa (mesmo que esteja com a data um nadinha aldrabada, lol) e precisava vir :)
Aproveito para vos deixar beijos (mais beijos, muitos beijos) e desejar-vos tudo de bom.
Maria Árvore, Marta, Velvet... Obrigada por estarem por ai :)
(e prometo que para a semana ponho a conversa em dia)
Feliz ano piolhosa.
abraço e beijos nas bochechas
Um optimo ano de 2007 para ti e todos os que te acompanham.
bjo
Muito feliz ano novo também para ti :)
Beijinhos
Meninas, só espero que tenham tido uma passagem de ano tão agradável como a minha :)))
Beijinhos
Nem penses que estou atrasada ... fico muito feliz quando começa o ano porque os dias vão crescer e vai haver luz e cores .
Claro que não estás atrasada. Ainda tens 356 dias :)))
Beijo!
Mais Vozes
apesar de e de e de seja lá o q for q me tenha acontecido este ano, continuo c esperança q o próx a vir-se se venha melhor... pelo menos 2007 xs melhor, é só o q espero e nem é esperar mto!
FELIZ ANO NOVO! =)
fábula | Homepage | 12.28.06 - 3:41 pm | #
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Nem precisava ser tanto 2006 vezes mais uma e já nos chegava, não é?
Beijinhos, Fábula.
Hipatia | Homepage | 12.28.06 - 11:55 pm | #
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