aqui
Volta e meia, lança-se novamente a discussão sobre nicks, nomes, como se faz opinião na blogosfera e se este é ou não um sítio de liberdade. Li ao AdamastoR algures que a blogosfera apenas é livre quando assinada por pseudónimos (o que é muito diferente do anonimato) pois só assim o autor – ao não ter de temer qualquer tipo de represália – pode de facto expressar uma opinião descomprometida.
Claro que para quem gosta de panelinhas e jogos de poder, deve ser muito indigesto ter de conviver com pseudónimos. Claro que é mais fácil tentar manter nos blogues os mesmos tipos de espartilhos do que fica "lá fora". Claro que é mais fácil…
Dar o nome pode significar muito ou pouco. Conheço muita gente que assina com nick e de quem sei o nome e quase tudo o mais que vem atrelado ao C.V.. Como também há muita gente que me conhece o nick e também o nome e o C.V., sendo que alguns sabem que sabem e, outros, nem sequer desconfiam.
Mas quando escrevo com um nick quero crer que sou livre. Livre de dar uma opinião, de expressar um argumento. Livre para estar na blogosfera só porque sim, sem ter de fazer publicidade ao que sou fora daqui, sem tentar encontrar por aqui mecanismos paralelos de auto-promoção, com vista a lucros prováveis a partir de objectos bem mais tangíveis do que um simples post que, rapidamente, se perderá nos arquivos.
E é por me sentir tão livre que, sem falsas modéstias, às vezes me sinto até melhor: não necessito espalhar boatos, nem sequer usar a boa-fé e a humanidade que, felizmente, ainda não se perderam de todo em muita gente, para promover fins "estranhos".
Não gosto de ver interesses tão abertamente a nu, tão expostos, depois de lhes seguirem o rasto e detectarem os objectivos. Não quero sequer saber se é deontologicamente correcto, ou ético. É antes por uma questão de lealdade e de franqueza. Podem dar quantos nomes quiserem e publicarem on-line quantos C.V. quiserem: os patetas não são os que acreditam, na sua infinita boa-vontade; são os que se aproveitam assim da boa-vontade que ainda existe.
Claro que para quem gosta de panelinhas e jogos de poder, deve ser muito indigesto ter de conviver com pseudónimos. Claro que é mais fácil tentar manter nos blogues os mesmos tipos de espartilhos do que fica "lá fora". Claro que é mais fácil…
Dar o nome pode significar muito ou pouco. Conheço muita gente que assina com nick e de quem sei o nome e quase tudo o mais que vem atrelado ao C.V.. Como também há muita gente que me conhece o nick e também o nome e o C.V., sendo que alguns sabem que sabem e, outros, nem sequer desconfiam.
Mas quando escrevo com um nick quero crer que sou livre. Livre de dar uma opinião, de expressar um argumento. Livre para estar na blogosfera só porque sim, sem ter de fazer publicidade ao que sou fora daqui, sem tentar encontrar por aqui mecanismos paralelos de auto-promoção, com vista a lucros prováveis a partir de objectos bem mais tangíveis do que um simples post que, rapidamente, se perderá nos arquivos.
E é por me sentir tão livre que, sem falsas modéstias, às vezes me sinto até melhor: não necessito espalhar boatos, nem sequer usar a boa-fé e a humanidade que, felizmente, ainda não se perderam de todo em muita gente, para promover fins "estranhos".
Não gosto de ver interesses tão abertamente a nu, tão expostos, depois de lhes seguirem o rasto e detectarem os objectivos. Não quero sequer saber se é deontologicamente correcto, ou ético. É antes por uma questão de lealdade e de franqueza. Podem dar quantos nomes quiserem e publicarem on-line quantos C.V. quiserem: os patetas não são os que acreditam, na sua infinita boa-vontade; são os que se aproveitam assim da boa-vontade que ainda existe.
13 comentários:
Sabes que já tenho pensado muito na questão dos "nicks". Também tu conheces o meu nome verdadeiro (embora pouco mais), e se me conhecesses de facto saberias que tudo o que escrevo no blog enquanto Patologista seria igual se escrevesse com o meu nome.
Acho que o único problema está com aqueles que usam os nicks para encobertos pela sua impunidade poderem caluniar, insultar, mentir.
Como esse não é o nosso caso, cá continuaremos a postar em liberdade, não é vizinha?
Embora suspeite que algures entre o FBI ou a Microsoft deve haver listas intermináveis a fazer corresponder nicks a nomes. Eles sabem tudo...
Sabes, desta vez nem era bem sobre nicks :) Era sobre a ausência deles, do que um "nome conhecido" entende como mais valia e até onde pode ir. E era, obviamente, estar contra aquele "patetas" generalista que atinge tantos - os que estavam "de panelinha", mas também todos os outros - porque alguém usou o "nome" e também as relações instituídas para - ainda não se sabe bem - "brincar" com coisas sérias. E eu pergunto: se ficamos todos desconfiados, quem dará ainda o primeiro passo se esse passo se provar necessário?
Prefiro não ter por aqui quaisquer interesses, para além do interesse maior que é ter uma voz e a liberdade de a ter. Prefiro não ter nome, só nick, ainda que o nome já seja familiar para tanta gente. Talvez assim não caia em tentações, nomeadamente tentações auto-promocionais. Mas isso, sou eu, claro...
Quanto a ti, suponho que além do nome, da vizinhança e de mais umas coisinhas, também te conheço o rabo (pelo menos, disseste que era o teu rabo, dentro de um fio dental da tua mulher :D)
Ok, esqueci-me do rabo. Era meu sim senhor!
eu, apesar de usar o nome, sinto-me muito liberta porque martas há muitas e as outras iniciais, não estam correctas.
Quando vim foi para ser uma anónima e dei-me ao trabalho de modificar o nome do IP.
Percebo o que dizes da auto-promoção e percebe-se que tem havido imensa na blogosfera.
é isso!
Ah pois é! Já viste como tenho boa memória?
A propósito: grande post lá no Propriedade Privada. Só é pena o vosso blogue nunca me deixar abrir as caixas de comentários...
Marta, a questão aqui é que a blogocoisa esteve em polvorosa este fim-de-semana, quando alguém descobriu que a tal história da jornalista raptada no Líbano (que cheirava tanto a esturro, mas adiante) afinal não passava de um mecanismo para a promoção de um livro de um tais blogues de referência, com o nome pespegado no topo. Depois, há a tal coisa dos "patetas"... Ora, eu cá tenho muita dificuldade em lidar com estas coisas dos nomes assim atirados ao alvo e mais ainda com o brincar com coisas sérias. Lembra-me sempre a história do Pedro e o Lobo: depois, quando aparecer realmente a fera, quem é que vai acudir?
Não sei se é. Saiu um bocadinho ao lado :))
Hipatia,
os que gostam de ostentar o nome na praça, só o fazem mesmo pelo prestígio acrescido que julgam que isso lhe confere. É para isso que cá estão. E para eles, como dizes mais abaixo, "estrelinha que os guie...";)
E tal como o Patologista deu o sim senhor, eu dou os olhos e chega que não estou cá para jogos de poder mas para me expressar livremente e por isso uso nick com muita honra. ;)
Muita honra mesmo :) Não queremos vender nada, não é?
A ver se ainda descubro a tal piada escondida...
Hipatia, eu assino o nome. Faço-o porque quando criei o blog eram tão verdinha que estranhava tudo, até isso dos nicks, e porque o blog estava ligado a uma rubrica num jornal, etc.. Depois, como sabes, experimentei o anonimato, para um outro registo de escrita e de impressões, sim, mais livre. Mas sempre achei que não é o nome, o pseudónimo ou anonimato que faz o interesse de um blog. Existem muitos nomes sonantes que nunca conseguiram afirmar o seu blog.
Quanto ao caso que referes e que está a causar alguma polémica. Eu não quero falar muito sobre isso agora. Mas pensa: o que é verdade e ficção na blogosfera? Devemos ler sem reservas as notícias que nos oferecem? É normal o impacto que notícias não confirmadas, algumas forjadas, veiculadas via sites ou blogs, ou imagens-colagens da You Tube, atravessem as nossas conversas diárias?
Quanto ao facto de se promover um livro. Qual é o tema do livro? Será coerente o pré-lançamento e as questões que o livro aflora? Porquê queimar um autor ou editor quando ele ousa uma estratégia de marketing mais agressiva..., sobretudo antes de conhecer todos os factos?
Havemos de voltar à conversa.
Beijinhos
Provavelmente até terás razão e estou para ver as cenas dos próximos capítulos. Mas, por agora e atendendo ao que vi, só me parece que alguém aproveita a boa vontade com que muita gente anda por aqui. E em conluio. Pode ser estratégia mas não achei bonito. Muito menos ver - à conta disto - o epíteto de patetas distribuído a torto e a direito. Sim, continuo na minha: e quando for preciso mobilizar a sério? Será que ainda vai haver patetas? Eu nunca achei mesmo que as estratégias de marketing não deviam ter limites.
A ver o que ainda ai vem...
Mais Vozes
o anonimato dá-nos uma espécie de liberdade.... aqui, neste momento épico, em frente ao meu PC, a comentar este blog, eu sou só uma tal de fábula. quem me conhece pessoalmente não vê a fábula quando está cmg, vê outra tipa qualquer, e ainda bem. foi para me sentir (mais) livre que não publicitei o meu (novo) blog entre quem conhece o meu ser de carne e osso...
fábula | Homepage | 01.23.07 - 5:31 pm | #
--------------------------------------------------------------------------------
Nem é bem o anonimato. É sentirmo-nos livres. E isso só acontece quando não agendas
Hipatia | Homepage | 01.23.07 - 9:41 pm | #
Enviar um comentário