aqui
Eu sou da geração que viu o comunismo e o socialismo de Estado pelo lado de fora com o seu pior ar e ainda acha que a Queda do Muro de Berlim foi das melhores coisinhas que aconteceram nos finais do século defunto. E na esquerda temos em Portugal dois partidos que só servem para estorvar e disso fizeram a razão da sua existência. Se um deles ainda apresenta, no meio de muita merda, algumas coisas com que concordo, os jurássicos do costume não têm para mim hoje uma única proposta com nexo, adaptada à realidade. E a utopia não enche a barriga e a utopia nunca foi o que praticaram, nem sequer o que é praticado nos regimes que, cegamente, alguns continuam a defender. E a minha ideia de oposição, em democracia, passa por muito mais do que só estorvar. Tenho destas manias de que eles estão lá para fazerem alguma coisa e não apenas para dizerem que o que é feito não serve, sem apresentarem qualquer alternativa com sentido. Depois, sendo de esquerda, fiquei sem o velho centro-esquerda em que me revia. Este PS é mais direita do que muito do que o PSD podia ou queria ser e hoje parece demasiadas vezes resumido a José Sócrates que, valha-me a paciência, é pior de engolir do que a pílula mais amarga ou uma colherada de óleo de fígado de bacalhau. E o PSD neste momento não é ou continua sem ser: um bando de cães atrás de um osso, em guerra de facadas em todas as costas que apareçam, não é alternativa para nada, muito menos quando contrata marqueteiros incompetentes para venderem a última figura vazia e a prazo de uma longa lista de queridos líderes. Quanto ao PP do PP é anedota: apesar da aparente coerência do discurso, não evita que me lembre das fotocópias, da vida de príncipe no forte militar, da Moderna, dos submarinos, ou do voto a preço de queijo limiano. Como se não bastasse, vai andar por cá a troika e, com um bocado de jeito, afinal o voto talvez não sirva realmente para nada. Às vezes pergunto-me se ainda vale a pena ir votar ou, estando o tempo de feição, não seria melhor ir ver o mar.
Eu sou da geração que viu o comunismo e o socialismo de Estado pelo lado de fora com o seu pior ar e ainda acha que a Queda do Muro de Berlim foi das melhores coisinhas que aconteceram nos finais do século defunto. E na esquerda temos em Portugal dois partidos que só servem para estorvar e disso fizeram a razão da sua existência. Se um deles ainda apresenta, no meio de muita merda, algumas coisas com que concordo, os jurássicos do costume não têm para mim hoje uma única proposta com nexo, adaptada à realidade. E a utopia não enche a barriga e a utopia nunca foi o que praticaram, nem sequer o que é praticado nos regimes que, cegamente, alguns continuam a defender. E a minha ideia de oposição, em democracia, passa por muito mais do que só estorvar. Tenho destas manias de que eles estão lá para fazerem alguma coisa e não apenas para dizerem que o que é feito não serve, sem apresentarem qualquer alternativa com sentido. Depois, sendo de esquerda, fiquei sem o velho centro-esquerda em que me revia. Este PS é mais direita do que muito do que o PSD podia ou queria ser e hoje parece demasiadas vezes resumido a José Sócrates que, valha-me a paciência, é pior de engolir do que a pílula mais amarga ou uma colherada de óleo de fígado de bacalhau. E o PSD neste momento não é ou continua sem ser: um bando de cães atrás de um osso, em guerra de facadas em todas as costas que apareçam, não é alternativa para nada, muito menos quando contrata marqueteiros incompetentes para venderem a última figura vazia e a prazo de uma longa lista de queridos líderes. Quanto ao PP do PP é anedota: apesar da aparente coerência do discurso, não evita que me lembre das fotocópias, da vida de príncipe no forte militar, da Moderna, dos submarinos, ou do voto a preço de queijo limiano. Como se não bastasse, vai andar por cá a troika e, com um bocado de jeito, afinal o voto talvez não sirva realmente para nada. Às vezes pergunto-me se ainda vale a pena ir votar ou, estando o tempo de feição, não seria melhor ir ver o mar.
2 comentários:
É que nem tenho nada a acrescentar, punha o meu gatafunho por baixo e pronto. Tal e qualinho.
E o pior é que já sei que, quer faça chuva, quer faça sol, a verdade é que me vou arrastar até à mesa de voto, engolir o fel e a má disposição, e pôr a cruzinha :(
É que eu só me sinto no direito de continuar a protestar porque nunca deixei de exercer o meu direito (e dever) de votar em todas as eleições legislativas.
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