2009-08-30

Provérbio tibetano

Se o problema tem solução, então não te preocupes. Se o problema não tem solução, não vale a pena preocupares-te.

Imagem de Espen Lodden @ Flickr

2009-08-26

Se a pistola é de brincadeira....

... a multa também deveria ser, ou não?

Vi a notícia há pouco no telejornal da SIC. Um casal adquiriu, numa feira, uma pistola de brincar (de plástico) para o seu filho. Foram abordados por um polícia que os informou que não se podem possuir réplicas de armas de fogo usadas pelos nossos agentes da autoridade. Um ano depois recebem a multa (de 600€) em casa.

Ora bem, eu não percebo muito disto. Mas se a lei diz que quem compra este tipo de artigos comete uma ilegalidade, então este país vai de mal a pior. Porque é que a sua venda, e já agora fabrico, estão autorizados? Porque é que o vendedor não foi penalizado? E porque é que quem compra um brinquedo para o seu filho tem de andar a investigar se é uma "cópia" disto ou daquilo? E como saber se é uma "cópia" autorizada ou não? Isto é ri - dí - cu - lo!!!!
Não é que eu concorde que se ofereça a crianças este tipo de prendas, mas se as pessoas as querem comprar quem vende é que deve ter essa informação. Penso que não devem ser vendidos objectos que não podem ser possuídos (passe a expressão, eheheh!).

2009-08-24

Passo a passo


aqui


"Isto" tem sido (tanto e tanto!) um blogue de mulher, cheio de "moods", com evidências de ciclos, guiado pela Lua e as suas manhas, ovulando textos doces e agarrando raivosamente argumentos com sintomas evidentes de PMS, que apenas temo pela vizinhança precoce de uma qualquer menopausa das palavras.

2009-08-23

As vozes dos outros

"Não é a minha posição na sociedade que faz o meu bem-estar, mas sim as minhas ideias, e estas posso trazê-las sempre comigo... Só elas são minhas e ninguém mas pode tirar."
Epicteto, Discursos (c. 100 d. C.)

2009-08-13

Vamos brincar às gripes?!

Está tudo louco neste país?
Então agora há notícias de pessoas que vão de propósito para os hospitais para contaminar os outros? E também se noticia que há gente a usar os próprios filhos como arma de contaminação? Que raio de mesquinhice é esta?
Mais do que um problema com um vírus que anda à solta, temos um problema de saúde mental. Este vírus soltou os loucos, os frustrados, os irresponsáveis, os criminosos. Andam todos no meio de nós. É assustador. É terrível pensar que alguém pode propagar o vírus intencionalmente!!! Espero que essas pessoas sejam identificadas e chamadas à responsabilidade.

2009-08-12

Aung San Suu Kyi



E daqui a 18 meses serão outros tantos e depois ainda mais e mais e mais e mais...

Dos discursos

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«Suponho que em toda a sociedade a produção de discurso é, ao mesmo tempo, controlada, seleccionada, organizada e redistribuída por um certo número de processos que têm por fim conjurar-lhe os poderes e os perigos, dominar-lhe o acontecer aleatório, evitar-lhe a pesada, a temível materialidade.»

Michel Foucault - A Ordem do Discurso



Às vezes o ruído à nossa volta – especialmente o que se sente proveniente dos três canais generalistas e de mais todos os jornais dos mesmos grupos de interesse, acrescentando ainda todos os discursos de todos os políticos – deixam-me com vontade de silêncio. Um silêncio que desconstrua discursos, desconstrua demagogias, tape a boca aos demagogos.

Mas por mais que procure o silêncio e já nem tente sequer prestar atenção aos discursos de circunstância e às desculpas de ocasião, sei que vai haver sempre demagogia em abundância, especialmente se os políticos da treta encontrarem justificações para a própria estultícia.



(a ERC é, cada vez mais, uma evidente treta; até quando finalmente parece ter alguma ideia com um mínimo de fundamento)

(...)


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2009-08-11

Preto

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«Acreditem: nós vamos ter um deputado que no exacto dia em que tinha de se apresentar na Polícia Judiciária para um teste de caligrafia foi ter com um cunhado que é médico no Hospital de Santa Marta, no serviço de cirurgia vascular (!), para engessar um braço por completo, do ombro até ao pulso. A Ordem dos Médicos considerou que colocar o gesso foi "má prática clínica". Não consigo encontrar um adjectivo para classificar a prática do deputado. Mas consigo classificar a prática da lista do PSD: uma vergonha.»

Ricardo Costa - Uma lista de braço ao peito


Encaminhada por um amigo, cheguei ao artigo de opinião de Ricardo Costa no Expresso. Já farta das tricas da pré-campanha e pensando apenas nas férias que estão quase a chegar, não esperava nada de maior: outro sarranho num qualquer político português – quase todos eles nódoas por direito próprio e adquirido na convivência com o pilim da praça –, já não me consegue surpreender. Ou pensava que não: é que o desengano com a classe política vai sendo grande e há muito que duvido da sua honradez e vontade de servir a causa pública. Mas isto passa todos os limites. Um braço partido para escapar a uma perícia na Judiciária? Um médico como cúmplice? Se a mala do dinheiro já vai sendo comum ao pequeno pulha que habita a política à moda da casa, a fuga consciente à polícia por meio fraudulento é do grande crápula. Depois de tanto rasgão e anúncio de política de verdade e afins, Manuela Ferreira Leite arranjou a verdadeira mancha negra. É que é preta. Bem preta!

Exit Music (For a Film)


aqui


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2009-08-09

Silly season

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra


Carlos Drummond de Andrade



Por mim, qualquer pessoa que empecilhe uma tentativa de evitar que qualquer um de nós se transforme numa Eluana fica muito bem encostado às boxes. E até já devia ter encostado antes.

2009-08-07

Ruiva aloirando

Are we human or are we denser?
My sign is vital, my hands are cold
And I'm on my knees looking for the answer
Are we human or are we denser?

The Killers - Human



Só posso ter o Tico e o Teco já em descanso, mas é que não há maneira de entender o que querem dizer estes gajos com os versinhos acima (aliás, com toda a musiquinha, mas podemos sempre começar pelo refrão). E o pior é que basta só ligar o rádio e lá está a treta da pergunta e, raios!, denso é só o fastio que me fazem.

E o belo do fim-de-semana...




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Já nos fumos da paciência, no fim de uma semana do demo!



(Vou ali e já volto...)

2009-08-06

Engonhas


aqui


Não suporto nem tenho paciência para engonhas. Cada vez que me aparece um à frente – quase sempre dentro de um carro a 15 à hora – qualquer réstia de paciência que o dia ainda não tenha comido desaparece como num passo de mágica. O mesmo, aliás, para gajos – quase sempre gajos, que as mulheres têm mais o que fazer – que não desamparam da frente do caixa antes de conferirem a conta, ou da frente do multibanco antes de verem três contas só com cêntimos, que isto dos cêntimos espalhados por três contas diferentes é que deve estar bem. Gajas que encostam a barriga a um balcão e acabam a contar a santa vidinha também resulta para me verem fumegar e empregados de café a contarem moscas vai pelo mesmo caminho. Da repartição de finanças acho que já nem vale a pena falar, o mesmo para a loja do cidadão e afins. Felizmente não preciso recorrer ao centro de saúde, ainda que me tenham mandado amavelmente um postal a ameaçarem com a falta de médico de família se não fosse lá saber das vacinas dos filhos que não tenho. Talvez estivessem a pensar no Gaspar, mas esse toma as vacinas no veterinário que até é sitio despachado e que eu saiba nunca registei aumento de agregado familiar na junta de freguesia à conta de qualquer requisição de comprovativo de morada ou de agregado familiar, que também é coisa para engonhar e ainda nos cobrarem por isso.

Então, sendo que já se atravessam no meu caminho engonhas suficientes todos os dias, evito ao máximo encontrá-los quando ando à procura de alguma coisa. O pior é que, para engonhar, parece que não falta gente. E a marcação das férias deste ano embateu, qual Titanic, numa engonha de igual dimensão. Pior: devia ser antes o iceberg da desgraça e as férias quase foram ao fundo, não tivesse eu esta pouca paciência para engonhas e tivesse contornado a gaja – ou abalroado, o que talvez seja uma descrição ainda mais exacta – quando me começou a faltar a paciência para o spam na caixa de correio com viagens pelo Douro acima e pelo Douro abaixo que decididamente nunca lhe disse que queria fazer e mais uns quantos destinos que a excelentíssima engonha poderia ter antes metido pelo cu acima. Só não havia maneira de aparecer o que foi expressamente solicitado – por diversas vezes – a mais o desconto que me garantiria aturar a engonha à conta do acordinho entre o meu e o patrão dela. No entretanto já está: foi pelo lado, por trás, pela frente, por cima ou por baixo e quero lá bem saber. Estão marcadas, descontadas e redescontadas (isto de reclamar dá tanto jeito às vezes…), a mais um pedido de desculpas pelo atraso e, se tudo correr bem, o puxão de orelhas mais do que merecido na engonha-mor daquele tasco.

E agora que ninguém me diga quantos aviões já caíram este ano, que prefiro nem saber!