2012-04-26

De janela aberta




Há muitos anos atrás, apaixonei-me por um álbum inteiro, deprimente qb, assombroso e assombrado. Vi os Spain ao vivo no velho Hard Club. Depois o vocalista e a banda fizeram uma série de coisas que não me impressionaram particularmente e fui perdendo-lhes o rasto. Até agora, com o álbum novo. Muito bom! E vêm ao novo Hard Club. 19 de Maio, se alguém estiver interessado.

2012-04-25

Abril


Há símbolos que já não são pertença nem da direita nem da esquerda e enfeuda-los a este ou aquele pequeno grupo é apenas mais uma forma de alienar todos quantos não assentaram arraiais partidários. E os cravos são nossos, pela liberdade e democracia que, naquele dia, renasceu; pela liberdade e pela democracia que, depois, sobreviveu ao verão; e, muito especialmente, porque é simplesmente belo imaginar um golpe de estado, depois revolução, em que do lado da revolta o único vermelho era o dos cravos nas espingardas e, não fosse o Carmo, a revolução tinha-se cumprido sem sangue. Depois o sangue acabou por correr, como corre sempre quando há interesses em conflito e o País precisou dizer não à ditadura que se anunciava para substituir a ditadura que partia. Mas em Abril foram cravos rubros de sangue. E o imaginário é assim que se constrói.

2012-04-13

Equilíbrio


Há uns anos, perdi um prémio por 69 pontos. Desta vez, ganhei um prémio... por 69 pontos.

2012-04-10

E a gasolina lá voltou a aumentar...

Na Terra Dos Sonhos by Jorge Palma on Grooveshark

No país dos sonhos, ouviam Jorge Palma a falar da terra que há-de ser sobre a terra que nunca pode vir. E alimentavam-se de palavras, que eram sempre o bastante para encher a barriga e não havia contas, nem filhos, nem patrões, nem desconcertos e desgovernos e troikas e eleições.

2012-04-03

Oh tempo não voltes para trás!



Tive uma paixoneta de caixão à cova por uma versão loira do Ville Valo (dentinhos e tudo, lol) numa altura em que andava toda a gente entretida a ouvir a versão original desta treta. Deve ter sido por isso que arrastei a minha amiga P e o coitadinho do H para o pior concerto que vi na minha vida. Não volto a outro concerto dos Him. Não volto à paixoneta: está careca, gordo e os dentes já não têm piada. Muito menos se volto a dar com a criatura na secção dos "produtos femininos" de um supermercado.