2010-09-30

like a whisper


Found at bee mp3 search engine


While they`re standing in the welfare lines
Crying at the doorsteps of those armies of salvation
Wasting time in the unemployment lines
Sitting around waiting for a promotion

Don’t you know
They’re talkin’ bout a revolution
It sounds like a whisper



(gostava tanto de conseguir meter a cabeça na areia e acreditar nos discursos populistas e demagógicos...)

2010-09-29

Coisas...

aqui

Ainda se lembram mesmo como foi da última vez que o FMI nos entrou portas adentro ou vamos brincar mais um bocadinho?

Coisa estranha!

(clicar para ver melhor)

Anda alguém a "googlar" um texto meu. A que propósito é que não percebo.


(lá porque umas palavrinhas estão diferentes, ainda é o meu texto, não vos parece?)

2010-09-27

No canto do bar

aqui


Cobraram-me hoje um comentário sobre os gajos nas bordas dos quarenta que, de um momento para o outro, se vêem sozinhos, estranhando que os encarasse com um certo tom de dó. E, no entanto, é assunto de que já falei num post (na sua caixa de comentários, melhor dizendo) e, por isso, me limito a retomar.

É que eu acredito mesmo que não há nada mais infeliz e inábil do que um homem que se apanha de repente sozinho, de casa vazia, a ver os filhos com fins-de-semana contados e o medo da velhice a bater-lhe à porta, inseguro da barriguinha que não há ginásio que abata, a ver o canal de publicidade pela noite dentro e a comprar todos os "gadgets" que fazem abdominais por medida. E que não podem apregoar a solidão e a tristeza, que nunca se souberam permitir a aparência de fracos e aguentam as palmadas nas costas dos outros gajos, os "agora é que estás bem" e a afins, sem nem sequer saberem bem (ou não acreditando) como de repente o mundo de anos entrou em derrocada e não há mais ali ao lado a pessoa que ouvia o bom e o mau, tinha o jantar pronto a horas e restantes horários estruturantes, mais os putos a qualquer momento e as contas em dia e os programas marcados sem ter de pensar o que há para fazer a seguir. E foi-se ainda a casa, o seu território, o seu reino. E engolem, vão engolindo, saltitando de miúda em miúda e de carro em carro e agradecendo mas evitando os jantares em casa dos amigos que ainda estão casados e aparentemente felizes, preferindo antes um canto de um qualquer balcão de um qualquer bar e talvez um engate de ocasião para ver se ainda estão vivos. E é por isso que eu não acho que um homem habituado a família seja capaz de sobreviver bem sozinho, ou lidar com as emoções decorrentes. Ou sequer que consiga encontrar com a mesma facilidade que uma mulher um ombro solidário onde desabafar. É que nenhum gajo atura muito tempo um amigo infeliz; vai-lhe apresentar umas gajas e tentar passar em frente o problema, esperando o regresso do velho tipo que falava da bola e de política e das gajas que, podendo, havia de comer. As tais gajas que, agora, mesmo podendo, não come.

Um homem em luto de uma relação é uma caricatura dele mesmo, até nos excessos. E deve ser por isso que, num repente, estão casados outra vez. Não necessariamente felizes, mas pelo menos não tão assustados e sozinhos, novamente senhores de um pequeno território onde tentam encontrar o seu quinhão de sentido e, com sorte, uma certa medida de contentamento.

2010-09-24

Semanada

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E esta semana deu-se-lhe no Poceirão (que eu nem sei onde fica, mas com um nome destes tem de ser forçosamente na mourolândia), no Jesus que lá ganhou (até parecia que já tinha o campeonato, carago!), no Queiroz que vai e fica e no Madaíl que ninguém percebe porque ainda não foi, nas sondagens com empate técnico entre PS e PSD e as reuniões secretas das duas alminhas que os dirigem, no orçamento e na dívida pública, no IVA a 23%, no Sócas nos estates, no Mourinho que não vem e no Paulo Bento que admite que nunca trocou de barbeiro (nãããoooo! ainda ninguém tinha percebido!), nos gajos da Nato, nos gajos de França e nos que não são de lá, na extrema-direita na Suécia (e no Pato Donald que teve 120 votos), no estado social e nos desempregados e nas calúnias sociais (e a casa pia andou sem pio ou fui só eu a achar?) e na crise e mais na crise e outra vez a crise e a crise e a crise.

Agora, porque é que ninguém me disse que os meus cigarros iam outra vez aumentar de preço?

(...)

2010-09-23

(a)moralidades

aqui (clicar para ver melhor)

O interesse de qualquer estado poderá alguma vez exigir comportamentos amorais? Ou serão antes eles rapidamente propostos, contrapondo uma infracção menor a um crime sob a alçada de legitimidade de um estado à procura de um conveniente bode expiatório? E, depois, continuam a sobrar os probleminhas banais, a crise cada vez mais banal, o roubo a qualquer escala que não olha nem a raça nem a religião, mas sem a dose certa de pirotecnia. E talvez o que me choca realmente é a forma como se sucedem e se esquecem as pequenas concessões, arrumadas entre dois talk-shows e à espera da próxima grande enrascada sem solução definitiva.

2010-09-17

Bardamerdas!

aqui

Ainda nem tinha acabado de saborear o primeiro café do dia e já tinha uma besta a foder-me os cornos que não tenho mas a que todos os anormais teimam em fazer pontaria.

2010-09-16

Freedom is the last, best hope of earth.

Abraham Lincoln

A liberdade é um vício e uma espoleta: nunca nos chega a conquistada; queremos sempre mais, mesmo quando esbarramos na utopia.

2010-09-15

Lei de Murphy

aqui


Andei em arrumações profundas em Agosto, dei roupa que havia para dar, sapatos que já só estavam a mais, tralha que não cabia em lado nenhum. Dei voltas a gavetas e armários, seleccionei o que precisa estar à mão e o que pode estar nos fundos das gavetas e armários, deitei fora lixo e mais lixo, que a casa vai-se enchendo até pensarmos que, se entra mais um alfinete, saímos nós pela porta fora. E era preciso. Aliás, há muito que era necessário. O problema é que não tendo necessidade (achava eu) nos tempos mais próximos de um vestido e restantes acessórios de cerimónia, os remeti para um qualquer lugar onde sumiram. Não encontro. Não sei o que lhes fiz. E fui convidada para um casamento. Raios! É sempre assim!

2010-09-14

Todos temos uma teoria



E não resistimos a partilhá-la.

Meia dúzia

aqui

Seis anos. Espremendo, sobram demasiados acessórios para encher a página, letras esparramadas à pressa e logo esquecidas, músicas que naquele momento faziam sentido e hoje talvez não, imagens que já nem sei porquê. E alguns textos que ainda sinto destes tantos anos de voz em fuga, os mais pessoais, os mais íntimos, os mais estranhamente a nu e talvez crus na futilidade em que se apresentam. Isto é só um blogue. Só mais um blogue. Um diário pessoal e intransmissível, banal, demasiadas vezes desinteressante, sem utilidade para além das fronteiras de mim. É certo que desde o início assumi que este blog seria sobre banalidades, as minhas banalidades no seu sentido etimológico mais profundo: o do "ban", a circunscrição feudal. E eu estou confortável com o meu "ban", este meu pequeno feudo feito de banalidades e egos domesticados onde insiro tudo o que realmente faz parte do meu mundo e do que nesse mundo é importante para mim. Até mesmo quando ando demasiado perdida de mim e das fronteiras e linhas com que me coso enquanto a vida vai continuando a descosturar.


(foi no dia 24 de Agosto e o Espumante lembrou-se)

2010-09-13

Por vezes fêmea.

.
Espáduas brancas palpitantes:
asas no exilio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.

Natália Correia - Auto-retrato

Como?

«Adjunto de Isaltino Morais foi reclamar à esquadra do reboque do carro da filha e agrediu agente à dentada.»
fonte



Será que o polícia foi infectado com raiva?


(o carro estava em cima da passadeira, certo? o papá deve achar que pode...)

2010-09-10

Et voilà

«A resolução hoje aprovada tinha sido proposta por deputados do centro-esquerda, liberais e verdes.

Nela o Parlamento Europeu "expressa a sua profunda preocupação com as medidas que foram tomadas pelas autoridades francesas e de outros Estados-membros, " e "apela a essas autoridades para que suspendam imediatamente todas as expulsões dos Roma".

De caminho, a resolução lembra que as expulsões colectivas violam o Direito Europeu, pois constituem uma discriminação fundamentada na raça.

Os deputados europeus lamentam também "a retórica provocadora e discriminatória de alguns decisores políticos", bem como a falta de empenhamento do Conselho da Europa e da Comissão Europeia nesta questão. Fazem notar que a recolha de impressões digitais dos Roma expulsos é ilegal e contrária à Carta dos Direitos Fundamentais.

O Parlamento Europeu recorda que a lei europeia sobre a liberdade de circulação estipula que "em caso algum" a ausência de rendimentos pode justificar uma expulsão automática de cidadãos da União, e que quaisquer restrições à liberdade de circulação e permanência, só podem ser fundamentadas "num comportamento individual, e não em considerações gerais resultantes da prevenção, nem, sobre considerações sobre a origem étnica ou nacional".»
fonte


Tarde. Talvez insuficiente. E os alicerces ainda a nu.

2010-09-09

Em casa onde não há pão...

aqui

«(5) The Representatives of the Member States, meeting within the European Council on 13 December 2003, agreed to build upon the existing European Monitoring Centre on Racism and Xenophobia established by Regulation (EC) No 1035/97 [3] and to extend its mandate to make it a Human Rights Agency.»

Council Regulation (EC) No 168/2007 of 15 February 2007



Uma nova crise na Europa apresenta-se como a crise de sempre: quando a fartura se esvai, o mito e o desígnio sonhado da supra-cidadania são subjugados a ditames xenófobos, envolvidos numa bela imagem economicista e legalista. E um dia destes fica provado que os alicerces são tudo menos sólidos quando falta a lente de aumento da bonança.

hmm (mais outro)

aqui


Ontem, num jornal desportivo, celebrava-se em plena manchete o "cinquentenário" a propósito do jogo n.º 50 de um fulano qualquer. Rica festa!

2010-09-07

hmm (outro)


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Sempre achei que o "caso Casa Pia" ia ser um belíssimo exemplo de "uma montanha a parir um rato". Quanto à montanha, estamos conversados: aquilo é um Everest de papel, pareceres, testemunhos e iada-iada-iada de paleio legal e procedimentos "legaleiros". Mas em relação ao rato, já não me parece tão evidente: nunca pensei que sobrasse algum para a gaiola.

hmm...


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Excuse me, could I use your pen
I have mislaid my own