2011-02-28

Tempestade

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A posse irrita-me. A falta de espaço é claustrofóbica. A tua voz a escorrer dentro de mim liberta um mar que não conheço, irado, tormentoso, cinzento e tempestivo. Depois, arrulha com os temas da Primavera, acalma-se, escorre. Desato os sons presos na garganta e rio. Não de ti. Rio de mim e deste rio tormentoso pronto a estourar contra a tua voz ciumenta, como onda nas praias de Inverno. E rio. Tanto e tanto que te levo comigo. E é então, quando a tua gargalhada cresce no meu ouvido, que te quero.

2011-02-16

Lisístrata

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Esposos e esposas, companheiros e companheiras, namorados e namoradas (ou qualquer tipo de trabalhador contratado a termo certo) capazes de dar prazer sexual à merda dos políticos que temos, sigam por favor a sugestão da senhora belga (ou do Aristófanes antes dela) e ponham-me estas bestas todas a seco. Pode ser que lhes subam uns humores à cabeça diferentes da merda que por lá parece sempre andar.

2011-02-09

Se esta pega...

.«A senadora socialista flamenga Marlene Temmerman propôs uma iniciativa inédita para resolver o impasse político na Bélgica, que já bateu o recorde de país europeu que mais tempo viveu sem um Governo. Propõe a abstinência sexual para que os políticos se entendam.»
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Tradução ligeira: continuem a foder o país e não fodem mais nada. Mas eu, que nem sou mulher de político nem de outra forma parte interessada, acho que os gajos ainda vão todos visitar o Berluscas e, por isso, às tantas é melhor ameaçá-los logo com a castração.

2011-02-04

E no entanto...













... se fosse a "minha revolução", será que também não ia para a rua?


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(imagens aqui)

E agora?



Da última vez que vi tanta esperança junta à conta de revoluções, acabou tudo de boca aberta a contar corpos e barbáries lá para os lados da ex-Jugoslávia. E sobrou a Tchechenia e o Kosovo. E feridas ainda à espera e banhos de sangue e muito pouca esperança. E ali em baixo aquilo é um barril de pólvora sentado sobre um barrilaço de petróleo. E os anos 90 do século passado levaram para sempre as minhas utopias e agora só me sobra medo. Muito medo.

2011-02-03

Siso?

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Primeiro tinha dois, depois fiquei só com um e agora até esse vai ter de ir à vida. É que é um cabrãozinho do tipo daquele ali na imagem no campo superior direito, sem espaço para nascer, de ladecos e, ainda assim, com a mania que manda e se não há espaço que se arranje, mesmo que dê cabo de tudo à volta. E mesmo na hora da morte não vai calmamente, que já fui avisada que é para ser à sexta ao fim da tarde para recuperar durante os dois dias seguintes. Isso: o cabrãozinho ainda me vai conseguir foder um fim-de-semana. Apre!