2011-05-02

E agora?

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É fácil perceber como um inimigo designado pode ser confortável. E, hoje, os EUA puseram fim ao seu inimigo designado de uma década. No entanto - e até pelo que percepciono da mentalidade americana e a forma como querem sempre ver o Mundo a preto e branco, onde eles são sempre os cowboys bonzinhos e os outros os índios a abater -, pergunto-me que inimigo irão agora designar. Faz parte e assim tem sido a postura da super-potência que restou da Guerra Fria e que continua à toa à procura do preto e branco. Mas não sei se me serve o simplismo do olho por olho, dente por dente; já era tempo de deixar certas justiças para o Tribunal Penal Internacional e esperar que "twelve good men and true" fosse mais do que uma frase sem sentido a nível internacional.

4 comentários:

Unknown disse...

essa suposta morte dele é tudo teatro para aumentar a popularidade do Obama, e quem sabe, um planejamento sionista e americano para mais um ataque "terrorista" de algum grupo árabe para justificar a invasão ao Irã.

Hipatia disse...

sim, sim: as teorias da conspiração vão ter dias cheios

cereja disse...

Olá Hipatia! Mais uma vez me sinto em perfeita consonância.
Foi tal e qual o que pensei.O mundo a preto e branco, o tudo ou nada. Felizmente que os criminosos nazis não foram exterminados com um tiro na cabeça e sim julgados em Nuremberg, como lembrou um leitor lá no meu blog. Um julgamento internacional estava muito mais de acordo com a atitude da nossa civilização. Assim até parece que querem esconder qualquer coisa...

Hipatia disse...

Se, por um lado, me parece evidente que homens como Bin Laden não fazem falta nenhuma, mais evidente ainda é que atitudes como as dos EUA, fazendo tábua rasa das normas do direito, consubstanciada na suposta "civilidade" do ocidente, ainda são mais perigosas, quer pelo que inflamarão nos fundamentalismos, quer por terem assim perdido toda a legitimidade. E os festejos, se bem que os compreenda em certa medida à luz da ferida aberta pelo 11 de Setembro, acabam por ter hoje apenas um gosto imoral.