Nada supera o prazer de nada fazer. Ou fazer apenas por prazer…
2013-07-31
2013-07-16
...
Sou profundamente igual a toda a gente, tão igual que estou perfeitamente em casa dentro da multidão. Sou caucasiana num país maioritariamente caucasiano; praguejo invocando o nome de Deus ou o do seu filho como toda a gente; sou mulher, como cerca de metade da população e heterossexual como a maioria; não tenho qualquer impedimento físico e os impedimentos emocionais têm sido até agora coisa apenas minha. Sou profundamente banal e simples e anónima. Em muitos dias sou anódina também, desde que me levem com jeitinho. Mas parece que, afinal, também serei em muita coisa um ser anacrónico. Cada vez acho mais que sou, quando olho à volta. E não queria: sempre gostei desta minha banalidade inconformada, mas serena.
2013-07-14
Optimus Alive 2013 - Já não tenho 20 anos :(
E, sim, era suposto ter visto Legendary Tiger Man (não se conseguia sequer lá chegar) e ter aguentado a noite até aos Crystal Castles, lá para as duas da matina, para aproveitar (bem!) o dia de festival. Mas sai de DP com tanto calor, tanta sede que era capaz de atropelar camelos (e acho que atropelei alguns) e especialmente tão partida com o tanto que dancei, que acabei a meter o rabinho entre as pernas e pôr-me a caminho da caminha a horas demasiado decentes.
Optimus Alive 2013 - Editors
Talvez para quem estivesse lá atrás parecesse, como já li, um concerto morno, ou que iam passando a medo os temas novos. Mas lá à frente, via-se como estavam a interagir com o público. E à frente estavam os fãs; não estava só quem queria marcar lugar para ver DP. Às tantas o mal é agora os "jornalistas" que cobrem os festivais e depois escrevinham umas coisas ficaram na área VIP, a quilómetros da realidade.
2013-07-12
Medo
A minha mãe acha que preciso passar a ser mais comedida nas minhas opiniões, que isto está mais para dar uma volta para uma ditadura que outra coisa qualquer e quem tiver ousado opinar será, forçosamente, penalizado. E a mim assusta-me que a minha mãe, que viveu meia vida em liberdade e outra meia em ditadura, tenha novamente medo de uma realidade dominada pela censura.
2013-07-10
Hem?!
fonte
Quer o Presidente da República, quer o actual governo e os dois partidos que o compõem, andaram dois anos a demonizar o PS e o antigo governo, culpando-o de tudo e mais um par de botas. Ainda a semana passada, só os swaps do PS é que eram tóxicos; os do PSD eram só exóticos. Então, como pode Seguro aceitar agora qualquer compromisso? E o Paulinho das Feiras, se já não for vice, vai ao dicionário e descobre o que é "irrevogável"? E PPC, vai continuar a perder poder às fatias e não diz nada? E continuamos a ter que ir aturando o PR que, ao fim de dois anos, de certa forma vem admitir agora que, afinal, andou dois anos a fazer asneiras e, às tantas, descobriu hoje que veio tentar falar grosso tarde demais?
2013-07-08
Super-mulheres
Nós até sabemos que podemos e devemos dizer tudo, fazer tudo, sem cobranças, para além das tantas que já fazemos diariamente a nós mesmas. De saltos altos, na maioria dos dias, para que ninguém esqueça que há nisto tudo uma certa dose de masoquismo. Somos uma geração de super-mulheres. E, no entanto, continuamos a cair como tordos. Este fim-de-semana foram mais duas. Uma à facada. A outra nem percebi bem como, que a notícia dedicou-se à história com mais fogo de artifício. Mas também está morta. É que as super-mulheres da vida real ainda não conseguiram realmente os super-poderes. Mas eu, que sempre gostei de heróis que usam a inteligência e os gadgets em vez de confiarem na mutação de genes, continuo sem perceber como uma sertã à cabeça ou o ferro de engomar espetado no entre-pernas não pode resolver muita coisa atempadamente. Será da tal dose de masoquismo?
2013-07-05
Estultícia
Às vezes o ruído à nossa volta – especialmente o que se sente proveniente dos canais generalistas e de mais todos os jornais dos mesmos grupos de interesse, acrescentando ainda todos os discursos de todos os políticos – deixam-me com vontade de silêncio. Um silêncio que desconstrua discursos, desconstrua demagogias, tape a boca aos demagogos.
Mas por mais que procure o silêncio e já nem tente sequer prestar atenção aos discursos de circunstância e às desculpas de ocasião, sei que vai haver sempre demagogia em abundância, especialmente se os políticos da treta encontrarem justificações para a própria estultícia. E, raios!, como conseguem!
2013-07-03
Ética e honra
«De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.»
Ruy Barbosa - "Requerimento de informações sobre o caso do Satélite". Discurso no Senado (17/12/1914)
Antes, um homem dava a sua palavra e a palavra valia como um contrato firmado na presença de testemunhas; um aperto de mão era um selo; a ética regia o quotidiano. Ainda há gente assim, mas vai sendo cada vez mais rara. E não tenho dúvidas que a ética entrou em crise ou está já moribunda. E sem ética nada disto vai ao sítio. Para já não falar em honra, mas isso então, acho que a maioria nem saberia a que me estou a referir e, se bem que encontrassem a palavra no dicionário, provavelmente nunca teriam dado com ela na vida.
2013-07-02
Estamos fodidos!
(recebida por mail)
Já estávamos falidos, agora vamos gastar mais uns milhõezitos em eleições. No entretanto, vamos brincar às campanhas. Depois, vamos ver um mandatário qualquer da UE a pôr e dispor a seu bel-prazer. E o outro podia ter todos os defeitos do mundo, mas ao menos tinha-o por sério. Será que podemos esperar o mesmo do que aí vem?
2013-07-01
Nop!
Esta não era nem de perto nem de longe o tipo de alternativa em que estava a pensar quando escrevi o post de ontem.
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