2014-02-20

Apre!



O melhor comentário que alguma vez vi sobre o assunto foi de um católico praticante, profundamente irritado com um qualquer absurdo que tinha sido afirmado na RR. Lembrava - e com razão - que Jesus Cristo é filho de 2 pais e de uma mãe solteira. E, pronto, acho que está tudo dito, não é? A questão deve ser só e apenas quantos pais (ou mães) uma criança pode ter ou se precisa ficar condenada à velha moda do Estado Novo a ter um asterisco no sítio reservado à filiação. A orientação sexual não devia ter rigorosamente nada a ver com o assunto. Ou vão buscar as crianças uma a uma às casas onde elas já vivem com dois pais ou duas mães? É que as crianças já lá estão, já têm dois pais ou duas mães. Esconder debaixo do tapete não resolve rigorosamente nada. Nunca resolveu.

4 comentários:

cereja disse...

E este excelente post está aqui q definhar de comentários há cerca de 8 dias....?! Oh vergonha! Sentindo eu na pele que os nossos blogs morrem lentamente por falta de visitas, também me esqueço de visitar quem, ainda por cima está na coluna da direita, entre os blogs preferidos!!!!!!
Hipatia, esta questão é tão idiota que até parece que só tem atrás de si má fé. O que se discute é a co-adopção, não é ainda (infelizmente) a adopção plena. Os preconceitos são muito mais fortes do que o interesse da criança. Sempre que oiço quem se sente escandalizado, na esmagadora maioria das vezes nem sabe o que é isso da co-adopção!

Hipatia disse...

Os blogues definham mas não morrem! E com esta mania do FB de só nos mostrar selecções sem sentido do que andam a dizer os amigos, talvez voltem. Mas há a preguiça...

Quanto ao post, é isso mesmo, é sobre uma quantidade de comentários idiotas e sem sentido graças a um assunto que o governo usou para nos atirar areia para os olhos e demasiados idiotas usaram para propagandear os seus preconceitos esquecendo o básico: estas crianças não estão para adopção, estão já dentro de uma família e, de um momento para o outro, podem ir parar a um orfanato por idiotia colectiva.

cereja disse...

Note-se, mesmo que não vão para uma instituição, que sejam acolhidos por algum membro da sua família biológica, a violência que é perder de uma assentada os seus pais ou mães com quem foi criada...?! Morre um e deixa de poder estar com o outro? Que brutalidade horrorosa em nome de um estúpido preconceito.

Hipatia disse...

Uma violência mesmo! E não entendo como pessoas que até tenho por inteligentes de um momento para o outro se deixem cegar e virem profundos idiotas, incapazes de perceber a diferença entre "adopção" e "coadopção" :(

Vi um comentário que rezava mais ou menos assim: "isto é tudo uma treta, é só para dar mais direitos aos gays". E o dono do post foi lá e perguntou: "mais direitos? tipo direitos humanos?". Ficou sem resposta, mas acho que o primeiro nem percebeu :(