2014-05-20

She lives in a world she didn't choose



There is a woman in Sudan...

Assustam-me os diferentes relatos que vão chegando de sociedades fundamentalistas e o desrespeito crescente pela figura feminina. É um regresso à barbárie com base numa estrutura obstinadamente patriarcal, dogmática e neurótica. Pergunto-me se as mulheres assim acabrunhadas reconhecem ainda que o domínio imposto advém vezes demais do medo e que, necessariamente, tem de haver um reconhecimento de que o sexo da força bruta é, a muitos - demasiados! - níveis o sexo menos evoluído. E, no entanto, até as bestas tiveram mães...

4 comentários:

deep disse...

Não deixamos nunca de andar para trás. Ou talvez nunca tenhamos, de certa forma, saído do sítio. :(

Hipatia disse...

E, no entanto, durante uns anos, parecia que se estava a avançar. Lembro-me que o final da minha adolescência e início de idade activa foi um período de esperança. O novo século é que só nos tem trazido retrocessos :(

cereja disse...

Não sei, Hipatia...
Eu penso que talvez não seja exactamente 'andar para trás' porque eram sociedades que já assim eram há muito tempo, só não se sabia porque a comunicação não se fazia. Agora é público e permite a indignação.
E talvez por isso mesmo, por ser conhecido, haja modo de travar este horror.

Hipatia disse...

Durante muitos séculos, o Islão foi a sociedade mais tolerante e integradora. Agora é apenas um poço de fanatismo, cada vez mais longe dos ensinamentos do Profeta e refém das interpretações mais neuróticas :(