2016-07-11

Não tive direito a tolerância de ponto




Ver Benni McCarthy a pular e a dançar de alegria, saber que Tamila Holub e Tsanko Arnaudov nos trouxeram medalhas para casa, que o Pepe escolheu Portugal, que o Éder nasceu em Bissau, que o Quaresma é o nosso ciganito, sim senhor, que havia tunisinos pelas ruas de Paris a passear bandeiras portuguesas e que as nossas crianças sabem consolar os adversários... devemos saber fazer umas coisas. Umas coisas bem feitas. Muito além do futebol. Receber quem nos quer, transformá-los em nossos. Num mundo cada vez mais dividido, este é o meu orgulho no saber ser português.

2 comentários:

cereja disse...

Apoiadíssimo!
Mesmo no nosso 11 de futebol (e referi isso lá no Cerejas) tirando o Pepe e, como disseste, ele escolheu Portugal, os outros ou são filhos de portugueses ou nasceram cá. O que quer dizer que têm raízes e nem todas as outras selecções muitas vezes com naturalizados à pressão, se podem gabar disso.
Foi muito bom!

Hipatia disse...

Falou-se muito de emigrantes e muito pouco de imigrantes. Andavam tunisinos a apoiar Portugal e as nossas ex-colónias vibravam por nós. Timor deixou-me completamente derretida e pagaram em muitas bandeiras verde e vermelhas os tantos de lenços brancos que um dia fizemos sair à rua por aquele País. Por mais asneiras que tenha havido no nosso passado colonial, por mais que volta e meia se fale de uns quantos casos de racismo contra ciganos, negros, brasileiros, ucranianos ou romenos, a verdade é que temos comunidade imigrantrs ou de outras etnias muito bem integradas: são nossos e somos deles. E eu gosto assim :)