2019-08-30

Dos telhados de vidro

Sou viciada em café e cigarros. "Podia ser pior", dirão alguns, convencidos de qua há vícios bons ou vícios maus. Podia ser viciada em videojogos, sexo, drogas duras, séries de tv, corridas de mota ou carrinhos de linhas, compras, jogos de azar, desporto de qualquer forma ou feitio ou bares ou noitadas ou engates online e porno para completar. Podia ser viciada em maledicência de vizinhos e colegas. Podia ser viciada em chocolate. Ou em gin, que está na moda. Fiquei pelos cafés e cigarros. Mas com dependência. E, como qualquer dependência, com a sua dose de toxicidade. É por isso que tenho muito cuidado com alguns julgamentos apressados. Tenho telhados de vidro. Lá porque não me viciei em injeções de ginásio, também nada sei da vida alheia, especialmente de alguém que nem conheço nem devo vir a conhecer. Cada um deve saber da sua vida e carregar o seu calhau. O meu basta-me. O dos outros não me diz respeito se não puser inocentes em perigo.

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