Gostas de amar corpos cansados, como eu gosto de amar corpos cansados. Mas não podemos permitir a aventura do cansaço a dois. Não hoje. Não neste tempo em que já não sabemos viver, correndo por entre os tantos de quilómetros que nos separam e a vida que nos quer separar e este já não saber como construir a espera, que estamos por demais habituados ao imediato. E o tempo resiste e aparta, como o espaço, e ninguém ainda descobriu a nossa equação do espaço-tempo.
E ficamos presos ao tempo que tentamos deitar fora, enquanto agarramos esse mesmo tempo com bocas e corpos sôfregos. Sobra apenas uma mensagem escrita, perdida, finita, como bandeira luminosa da distância.
6 comentários:
Os quilómetros tornam o encontro fantástico!
As portagens novas também não facilitam a vida ao pessoal...
Durante uns tempos - mas só algum, realmente - a distância pode ser afrodisíaca...
E o preço da gasolina, neste paíseco onde supostamente não há cartelização dos preços, mas sobe sempre (há quanto tempo não desce a gasolina?) no mesmo dia, à mesma hora, em todas as bombas, não importa a marca?
isso também não dá muita ponta...
:)
nenhuma :(
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