2012-09-30

O "Dr." Borges

"Que a medida [redução da TSU em 7%, com aumento equivalente da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social] é extremamente inteligente, acho que é. Que os empresários que se apresentaram contra a medida são completamente ignorantes, não passariam do primeiro ano do meu curso na faculdade, isso não tenham dúvidas" 

António Borges


Ignorante é um professor universitário (um suposto cientista!) que descarta com insultos as teorias dos outros só porque não estão em concordância com as suas. 

Quando tentam resumir a ciência a uma teoria, normalmente chama-se fanatismo e pertence ao domínio das seitas, nunca ao da universidade.

2012-09-27

E os ideais foram-se




I know I said I favored peaceful resolution
But that was when we were the young idealists
The young idealists
Raging through the coffee shops and bars
Make believe the world was really ours
Still supposing we could make a difference

And then we bought into the neocon economic dream
We were trading in futures we believed in
The young idealists
Careering through the markets to the mall
Venturing that we could have it all
Still supposing we could make a difference

Then the markets fall
And the heavens open
There's no symmetry at all
The synergy is broken

So maybe now
I'll take that wholesale revolution
We were talking about
Maybe now I'll take a future we can breathe in

The young idealists
Raging through the forests and the streams
Breaking into your laboratories
Still supposing we could make a difference

I never thought I'd want a slogan on my people mover
But that was when we were the young idealists...

2012-09-25

Miguel Macedo


Em Outubro de 2011, lia-se no jornal Sol que «Dois membros do Governo vão receber um subsídio de alojamento de 1150 euros mensais, isto apesar de serem proprietários de uma casa na região da grande Lisboa.» Um deles era Miguel Macedo. E é este fdp, político profissional habituado a coçar a micose à custa dos dinheiros públicos (nos intervalos, parece que é sócio de um escritório de advogados) que vem agora chamar cigarras ao pessoal que anda a sustentar a corja da espécie dele e toda a choldra que mantém por companhia nos diferentes assaltos que vão fazendo a quem ainda tem trabalho para continuar a pagar impostos e lhe pagar o subsídio de residência. € 1150? Há demasiadas casas neste País onde isso não entra por mês à custa de trabalho suado!

2012-09-22

Circunstâncias



Há quem se ande a aproveitar; há quem tente usar a indignação e tente colar-lhe um cunho político-ideológico para ver se, num País onde normalmente a culpa morre solteira, os dividendos brotam da revolta apartidária (transpartidária, suprapartidária, panpolítica?... sei lá o que chamar a este grito generalizado!)

E concordo que não vale fazer um repost do que foi; afinal, trouxe-nos ao ponto em que estamos. Mas também não vale fazer tábua rasa: que seria de nós se, em cima de tudo, sobrasse apenas uma memória amputada? Também somos as nossas circunstâncias e a nossa memória reverte para o que foi, para a força do imaginário que sustem a nossa consciência social.

E, sim, fui para a rua de lenço branco por Timor, fui jovem rasca nas manifestações da PGA e anti-Cavaco, fiz um escarcéu à conta da IVG e em 89 até fui para a praça porque tinha caído um muro; desde que nenhum destes políticos que nos sobra me tente roubar o grito, eu e as minhas circunstâncias vamos à rua.

2012-09-13

Naufrágio

aqui

E, sim, queria manter a esperança na capacidade de reconstrução da barca naufragada. E, no entanto, há dias em que parece apenas fraca empresa, derrotada à nascença.

2012-09-10

Nada de novo


Amizade

Acho que, para além de todos os meus defeitos – que tenho muitos! –, sou uma pessoa leal. Pelo menos gosto de pensar que sou: defendo aquilo em que acredito e aqueles de quem gosto e espero que me paguem na mesma moeda. Também espero que a integridade que temos (ou a que nos sobra, não sei bem) passe exactamente por essa lealdade com que as coisas são enfrentadas. Não dá para estarmos a defender hoje uma coisa e amanhã o seu contrário só para agradar ao interlocutor do momento. Como não dá para andar a trocar de amigos como quem muda de cuecas. Mas tem de haver um mínimo, obviamente: respeito mútuo. Se este se perde, num instante viro costas e não volto a olhar para trás. E não respeito facilmente alguém: é preciso mais do que sorrisos ou agrados ou elogios ou o que seja. Penso por mim e tiro as minhas conclusões da forma como vou entendendo o outro e a forma como o outro reage comigo ou com terceiros enquanto observo. Não costumo, como se diz na minha terra, emprenhar pelos ouvidos. Depois, sou uma mula teimosa o suficiente para preservar os que chego a considerar amigos contra ventos e marés.