Deitar fora coisas velhas nunca fez mal a ninguém. É a reciclagem, carago!
2007-12-29
Parabéns, miga
aqui
Little children snuggle under soft black stars
And if you look into their eyes soft black stars
Deliver them from the book and the letter and the word
And let them read the silence bathed in soft black stars
Let them trace the raindrops under soft black stars
Let them follow whispers and scare away the night
Let them kiss the featherbreath of soft black stars
And let them ride their horses licked by the wind and the snow
And tip-toe into twilight where we all one day will go
Caressed with tendrils and with no fear at all
Their faces shining river gold washed with soft black stars
And angels' wings shall soothe their cares
And all the birds shall sing at dawn
Blessed and wet with joy You and I will meet one day
Under a nightsky lit by soft black stars
Mesmo no meio das correrias dos restos da mala que ainda não acabei de fazer, tinha de parar e vir por aqui. É que de alguma maneira, por estranho que te possa parecer, és sempre a minha estrela-guia por estas bandas. E mereces sempre que venha.
Depois, tinha de aproveitar a ocasião para postar na Voz esta musiquinha...
Depois, tinha de aproveitar a ocasião para postar na Voz esta musiquinha...
2007-12-27
2007-12-21
I'm booked!
Boas Festas a todos os que por aqui passarem e, especialmente, para todos os que tendo por aqui passado continuam a vir :)
Encruzilhada
Blue Ice
Hoje de manhã o frio mirrou-me toda. Ando mirrada, encolhida. Bato o dente, esfrego as mãos, atrevo-me até a um "Parabéns, Old Man" irónico ao fulano da bomba de gasolina, todo contentinho no seu fatinho de flanela vermelha e barbas postiças de qualquer coisa parecida com algodão branco sujo. Sorte a minha, que não preciso fazer tal figura e, no entanto, penso na figura que faço, toda encolhida, mirrada, a bater o dente. E a imagem do tipo da bomba de gasolina vestido do gajo da coca-cola, persegue-me como um balão de BD onde apenas cabem reticências. E juro que deve ser do frio e da falta de um café bem quente, que isto de ter um balão de BD a foder-nos o juízo logo pela manhã não ajuda nada a começar o dia. E também deve ser por isso que me atiro ao trânsito num trejeito gingado, como se fosse uma forma de kung-fu acabadinha de inventar pelo meu eu mais alucinado, aquele que acorda primeiro, especialmente se faz frio. É que está mesmo muito frio e eu estava muito bem na cama e estes tiques natalícios cheios de luzes e anjinhos e embrulhos e anjolas e mais não sei quanto que sai da carteira para comprar o presente que falta, deixam-me a suspirar pelo prémio que até sei que vou ganhar mas que, perante a filhadaputice do tempo e do Sócrates e de toda a corja que o acompanha, mais os Bancos Centrais e as centrais dos bancos e as taxas e o raio que os parta, vai desaparecer para cobrir o buraco na conta mirrada, encolhida, que é tudo o que ainda sobra do mês que começou a 25 e se vai finar amanhã, prometendo um Janeiro comprido, muito, muito comprido.
Só a mim! A quem mais para estas tretas atazanarem os miolos ainda antes do café ser engolido e fazer efeito? E puxo do cigarro, que o carro afinal não é espaço público e, mesmo a tentar deixar de fumar, vejo cada vez mais a cabrice da Tabaqueira e a chulice do Estado, arrebanhado aos impostos que me leva, que continuará a levar, pelo menos mais um ano até que o ano das eleições traga por fim algum alívio, como se voltasse a ser possível dizer "olá, segunda-feira" sem um ponto de interrogação e com um sorriso e sem estar sempre com esta corrente de ar em mim e nos bolsos e mirrada, muito mirrada, cada vez mais encolhida sob uma carga de trabalho, que é a única coisa que ainda me querem dar em excessos cumulativos e até com nova legislação para legitimar o chulanço nacional ao abrigo de uma tal de flexibilidade genuflexória onde ficamos todos com o cuzinho ainda mais a jeito e onde não se vê corno de segurança alguma. E acabo a acrescentar a imagem de um cacique ao pagode nacional que já vai fazendo companhia às reticências que me continuam a infernizar o juízo, enquanto continuo com frio e a precisar de um café com urgência e deito fora o cigarro, enojada com o gosto seco e acre. E olho pela janela e vejo as outras caras e toda a gente demasiado encolhida. E o trânsito complica-se e acabo e chamar palavrões a todos os cromos a quinze à hora a pararem em segundas-filas para se livrarem de criancinhas ranhosas e cheias de frio, prontas para irem treinar mais um bocadinho para nada saberem achando que sabem muito, tirando a parte em que aprendem a dar cabo dos cornos aos professores, mas isso nem o DIAP as convence a admitir que aprenderam.
E continuo com frio enquanto espreito os fedelhos ranhosos e, dentro da minha cabeça, já há um balão de BD tamanho XXL onde agora cabe de tudo, por entre o mau humor que se instala, enquanto desato a fazer filmes de um voyeurismo preocupante acerca da vida dos outros. É que assim talvez me esqueça da minha…
Era assim, Fábula?
(Fica o desafio em aberto para quem o quiser apanhar. Não me apetece encarreirar este post com tanto fel a ninguém, a não ser que me apresentem declaração expressa de imunidade à coisa.)
Só a mim! A quem mais para estas tretas atazanarem os miolos ainda antes do café ser engolido e fazer efeito? E puxo do cigarro, que o carro afinal não é espaço público e, mesmo a tentar deixar de fumar, vejo cada vez mais a cabrice da Tabaqueira e a chulice do Estado, arrebanhado aos impostos que me leva, que continuará a levar, pelo menos mais um ano até que o ano das eleições traga por fim algum alívio, como se voltasse a ser possível dizer "olá, segunda-feira" sem um ponto de interrogação e com um sorriso e sem estar sempre com esta corrente de ar em mim e nos bolsos e mirrada, muito mirrada, cada vez mais encolhida sob uma carga de trabalho, que é a única coisa que ainda me querem dar em excessos cumulativos e até com nova legislação para legitimar o chulanço nacional ao abrigo de uma tal de flexibilidade genuflexória onde ficamos todos com o cuzinho ainda mais a jeito e onde não se vê corno de segurança alguma. E acabo a acrescentar a imagem de um cacique ao pagode nacional que já vai fazendo companhia às reticências que me continuam a infernizar o juízo, enquanto continuo com frio e a precisar de um café com urgência e deito fora o cigarro, enojada com o gosto seco e acre. E olho pela janela e vejo as outras caras e toda a gente demasiado encolhida. E o trânsito complica-se e acabo e chamar palavrões a todos os cromos a quinze à hora a pararem em segundas-filas para se livrarem de criancinhas ranhosas e cheias de frio, prontas para irem treinar mais um bocadinho para nada saberem achando que sabem muito, tirando a parte em que aprendem a dar cabo dos cornos aos professores, mas isso nem o DIAP as convence a admitir que aprenderam.
E continuo com frio enquanto espreito os fedelhos ranhosos e, dentro da minha cabeça, já há um balão de BD tamanho XXL onde agora cabe de tudo, por entre o mau humor que se instala, enquanto desato a fazer filmes de um voyeurismo preocupante acerca da vida dos outros. É que assim talvez me esqueça da minha…
Era assim, Fábula?
(Fica o desafio em aberto para quem o quiser apanhar. Não me apetece encarreirar este post com tanto fel a ninguém, a não ser que me apresentem declaração expressa de imunidade à coisa.)
2007-12-20
2007-12-19
Uma forma de Kung-Fu?
Miya Yoshi
Isto de deixar passar mais um aninho na blogocoisa até faz arranjar nome novo e tudo...
(A ver se não me queimo por só me ter (mal) lembrado hoje do aniversário de ontem)
Um prémio :)
Com esta não estava eu a contar! Então não é que a Emiele resolveu dar um prémio à Voz? Mas será mesmo que sou assim tão livre quando escrevo? Às vezes penso que já não.
Quando comecei o blogue, sentia-me profundamente livre: estava a fazer uma coisa que gosto, dizia o que me apetecia, falava do umbigo e para o umbigo, não tinha grandes preocupações.
Depois, o meu tema favorito (i.e., eu) foi-se esgotando e acabei por me abarbatar também a outros assuntos, com algumas pernadas à política, ao futebol, à sociedade e até àquele tema a que nenhum blogger resiste chamado blogosfera.
E, no entanto, sempre me senti tão mais livre quanto mais distante ficasse dos temas mais mediáticos. Talvez porque estes sempre me pareçam muito de mastigar e deitar fora, com prazo de validade pespegado e rapidamente esquecidos. Mas talvez as pessoas se lembrem, por exemplo, dos meus textos sobre a IVG…
Eu gostaria de ter sido capaz de escrever posts indeléveis, que não estivessem necessariamente colados a um tema específico, datado e passado. Gostaria de ter sido capaz de dizer algo que todos recordassem quando se lembrassem um dia que houve um blogue chamado Voz em Fuga e, nele, uma mulher que escrevia por gosto. Talvez nunca tenha nem engenho nem arte para tanto, mas não custa sonhar, não é?
As minhas opiniões serão um reflexo de mim, disso não tenho dúvidas: anseio cada vez mais por liberdade enquanto parece que é coisa que cada vez mais falta me faz. Todos estamos presos de algum modo à vida que nos tem, nos carrega e nos sustenta. E crescer é aprender a viver com amarras e a criar amarras. A liberdade talvez seja o tanto de disponíveis que ainda ficamos para a vida depois de saldadas todas as contas, cumpridos todos os horários, picados todos os pontos. E, nisso, depende dos dias: uns melhores, outros piores e, no fim de cada ano, não resisto a olhar para trás e fazer uma pequena análise do bom e do mau. Apesar de tanto e tanto, não têm sido maus os resultados destes balanços pessoais.
E entendo a Emiele quando fala dos pequenos círculos onde, em proximidade relativa, muitos de nós se movem ainda. Mas quando se fazem amigos, não é facilmente que os deixamos partir. Talvez por isso me custe ver cada vez mais vozes silenciosas.
Assim, é reconhecendo as minhas proximidades e os meus laços - e não os querendo quebrar ainda - que nomeio blogues que me ajudam a continuar por cá em cada dia que ficam também mais um dia, dando-me o prazer de os continuar a ler:
- I. (para continuar a ter um ponto de paragem obrigatório e alguém que diz bem melhor tudo o que me apeteceria dizer; é que é sempre bom premiar a liberdade dos outros quando é tão parecida com a nossa, certo?)
Quando comecei o blogue, sentia-me profundamente livre: estava a fazer uma coisa que gosto, dizia o que me apetecia, falava do umbigo e para o umbigo, não tinha grandes preocupações.
Depois, o meu tema favorito (i.e., eu) foi-se esgotando e acabei por me abarbatar também a outros assuntos, com algumas pernadas à política, ao futebol, à sociedade e até àquele tema a que nenhum blogger resiste chamado blogosfera.
E, no entanto, sempre me senti tão mais livre quanto mais distante ficasse dos temas mais mediáticos. Talvez porque estes sempre me pareçam muito de mastigar e deitar fora, com prazo de validade pespegado e rapidamente esquecidos. Mas talvez as pessoas se lembrem, por exemplo, dos meus textos sobre a IVG…
Eu gostaria de ter sido capaz de escrever posts indeléveis, que não estivessem necessariamente colados a um tema específico, datado e passado. Gostaria de ter sido capaz de dizer algo que todos recordassem quando se lembrassem um dia que houve um blogue chamado Voz em Fuga e, nele, uma mulher que escrevia por gosto. Talvez nunca tenha nem engenho nem arte para tanto, mas não custa sonhar, não é?
As minhas opiniões serão um reflexo de mim, disso não tenho dúvidas: anseio cada vez mais por liberdade enquanto parece que é coisa que cada vez mais falta me faz. Todos estamos presos de algum modo à vida que nos tem, nos carrega e nos sustenta. E crescer é aprender a viver com amarras e a criar amarras. A liberdade talvez seja o tanto de disponíveis que ainda ficamos para a vida depois de saldadas todas as contas, cumpridos todos os horários, picados todos os pontos. E, nisso, depende dos dias: uns melhores, outros piores e, no fim de cada ano, não resisto a olhar para trás e fazer uma pequena análise do bom e do mau. Apesar de tanto e tanto, não têm sido maus os resultados destes balanços pessoais.
E entendo a Emiele quando fala dos pequenos círculos onde, em proximidade relativa, muitos de nós se movem ainda. Mas quando se fazem amigos, não é facilmente que os deixamos partir. Talvez por isso me custe ver cada vez mais vozes silenciosas.
Assim, é reconhecendo as minhas proximidades e os meus laços - e não os querendo quebrar ainda - que nomeio blogues que me ajudam a continuar por cá em cada dia que ficam também mais um dia, dando-me o prazer de os continuar a ler:
- I. (para continuar a ter um ponto de paragem obrigatório e alguém que diz bem melhor tudo o que me apeteceria dizer; é que é sempre bom premiar a liberdade dos outros quando é tão parecida com a nossa, certo?)
- Fábula (pela tenacidade e vontade que ainda transmite em cada texto, mesmo quando reclama que não lhe apetece)
- Tozé (pelos desafios e pela conversa numa caixa de comentários; porque nos recusamos a desistir)
- Cap (a ver se deixa de achar que já passou o tempo em que isto tudo eram blogues e nós éramos bloggers e toda a gente tinha muito para dizer. Até quem sempre escreveu uma média de cinco palavras por post)
- Espumante (lá porque a liberdade dele e a minha nunca estejam de acordo, não quer dizer que não possam ser amigas, certo?)
2007-12-18
2007-12-17
2007-12-16
2007-12-14
2007-12-13
2007-12-11
2007-12-10
Nada de novo...
Imagens de O Fiel Jardineiro
Quando vi O Fiel Jardineiro, foi a imagem daquela criança abandonada, com o cão pela trela, que mais me partiu o coração. Nestes dias de Cimeira de logros, foi desta criança, símbolo de tantas outras, que me lembrei dolorosamente.
Tirando o circo mediático, pouco ou nada se aproveita. O circo segue como de costume. Mas continua sem haver em demasiados sítios o pão para acompanhar, que nisso os Romanos sempre eram mais precavidos e davam de comer por entre o morticínio.
Somos todos cúmplices no silêncio. Tirando os dias de circo, quem realmente questiona quer os benefícios, quer a forma como foram alcançados?
Tudo o resto é palhaçada. Juntam-se os palhaços, dizem umas bacoradas, posam para a fotografia e, no dia seguinte, tudo segue como dantes. Nada de novo no Quartel de Abrantes!
Tirando o circo mediático, pouco ou nada se aproveita. O circo segue como de costume. Mas continua sem haver em demasiados sítios o pão para acompanhar, que nisso os Romanos sempre eram mais precavidos e davam de comer por entre o morticínio.
Somos todos cúmplices no silêncio. Tirando os dias de circo, quem realmente questiona quer os benefícios, quer a forma como foram alcançados?
Tudo o resto é palhaçada. Juntam-se os palhaços, dizem umas bacoradas, posam para a fotografia e, no dia seguinte, tudo segue como dantes. Nada de novo no Quartel de Abrantes!
Parabéns, menino!
Deste lado não escapas à beijoca pelo aniversário. Ou pensavas que anda tudo zen, ou quê?
(foi só alterar a data para que "ninguém" visse que me tinha enganado no dia...)
2007-12-09
2007-12-07
À minha avó
Desafio Uma Imagem... Mil Emoções
No espaço dessa mão estão as minhas rotas silenciosas; está esta crença que tenho em mim de que repetirei os teus passos de forma nova, mas ainda assim com os mesmos caminhos. Está a evidência genética do que sou, esta coisa em que me transformo enquanto as minhas rugas, ainda tão diferentes das tuas rugas, se vão construindo em desenhos semelhantes.
E está em ti hoje toda a minha noção de eternidade, avó: uma eternidade que cabe na palma da tua mão enrugada; que está nessa essência que sou sendo parte de ti, parte da mãe que pariste e que me pariu a mim; nas pernas que herdei orgulhosa; no formato do corpo, no tom de voz, na falta de mariquices…
Chegasse eu a ter essa mão feita pano enrugado, cinzelada a linhas de história e de crescimento, sei que seria muito parecida com o que és hoje: pequenina, frágil, com medo da morte que é cada vez mais como a vizinha que te pisca o olho todos os dias. Chegasse eu a essa idade, ia querer ter essas mãos sulcadas pelo destino. Chegasse eu à tua idade, queria ter uma palma da mão onde coubesse ainda a família, num retrato desbotado pelo tempo, quando o tempo ainda era medido em mais do que instantes.
É que sei que herdei nos genes isto que me faz tão parecida contigo, mesmo sendo tão diferente. É que sei que a eternidade se mede não num qualquer paraíso que tantos julgam intuir como verdade, mas sim na memória que os outros não querem perder de nós. E uma mão assim sulcada é uma mão eterna: já acariciou e foi acariciada por tanta gente que, ao ser tão amada, será eterna enquanto permanece indelével na memória daqueles que seguraste nas tuas mãos, contra o teu peito, no teu carinho.
E está em ti hoje toda a minha noção de eternidade, avó: uma eternidade que cabe na palma da tua mão enrugada; que está nessa essência que sou sendo parte de ti, parte da mãe que pariste e que me pariu a mim; nas pernas que herdei orgulhosa; no formato do corpo, no tom de voz, na falta de mariquices…
Chegasse eu a ter essa mão feita pano enrugado, cinzelada a linhas de história e de crescimento, sei que seria muito parecida com o que és hoje: pequenina, frágil, com medo da morte que é cada vez mais como a vizinha que te pisca o olho todos os dias. Chegasse eu a essa idade, ia querer ter essas mãos sulcadas pelo destino. Chegasse eu à tua idade, queria ter uma palma da mão onde coubesse ainda a família, num retrato desbotado pelo tempo, quando o tempo ainda era medido em mais do que instantes.
É que sei que herdei nos genes isto que me faz tão parecida contigo, mesmo sendo tão diferente. É que sei que a eternidade se mede não num qualquer paraíso que tantos julgam intuir como verdade, mas sim na memória que os outros não querem perder de nós. E uma mão assim sulcada é uma mão eterna: já acariciou e foi acariciada por tanta gente que, ao ser tão amada, será eterna enquanto permanece indelével na memória daqueles que seguraste nas tuas mãos, contra o teu peito, no teu carinho.
Marcha Virtual
Representantes de 192 países irão se reunir do dia 3 ao 14 de dezembro para negociar um novo acordo internacional contra mudanças climáticas. Essa é a nossa chance de nos fazer ouvir: estamos usando a Internet para criar uma "marcha virtual global" em Bali - e qualquer pessoa se pode se juntar a nós.
Esse sábado, dia 8 de dezembro será o dia internacional de mobilização contra o aquecimento global com uma onda de marchas e protestos que vai tomar conta do planeta. Se você não puder chegar a Bali, junte-se à marcha virtual - os membros da Avaaz em Bali irão transportar a bandeira e o número de assinantes representando cada país. Só depende de nós garantir que seremos ouvidos.
Para assinar, é seguir o link que está no título do post.
2007-12-05
Da inveja
Donovan Crosby - Blackberry, Envy, 2006
O belíssimo texto (concorde-se ou não com todas as opiniões expressas, apesar das verdades evidentes), que eu nunca teria engenho para escrever.
(No rescaldo de guerras feias, que importaram para a blogosfera tanto do que ali se aponta aos antros de origem de alguns espécimes, soube muito bem ler.)
2007-12-03
Chamem a polícia
Se há coisa com que não me identifico é com as tretas que querem pespegar ao "feminino", género folclórico e mítico de um imaginário que só existe em algumas cabecinhas, com as suas revistas sem conteúdo, mais os cremes e as carteiras e as cuecas e os sapatos e o cabelo e raio que os parta.
Não gosto de ir ao cabeleireiro, não gosto que me mexam e por isso dispenso massagens, nunca tive fetiches nem com pés nem com sapatos e a maioria da roupa foi desenhada a pensar em anorécticas sem mamas, pelo que ir às compras deprime-me.
E também nunca me dei lá muito bem com flexões, pelo que poses lambe-cu também é coisa em que não tenho prática, mesmo pagando tanta vez esta incapacidade crónica para virar capacho.
Depois, eu cá sempre gostei de legos. E de carrinhos de rolamentos. E de trepar às árvores... O pior é que agora tenho de pensar sempre quanto me custa montar cada peça de lego de que o Banco leva uma parte à fatia mensal e sou incapaz de deitar fora qualquer peça, mesmo as que fazem menos falta; e os carrinhos de rolamentos agora precisam de airbags e já não são travados só à força de sola ou pedante descalço; e trepar às árvores é que já não dá mesmo, porque me pesa demasiado o cu.
Deve ser por isso que refilo tanto. Enquanto refilar, ainda me agarro a um pedacinho do eu que fui para não me perder de mim. Além do mais, sou do Porto, o que me dá assim uma costela perto da chinela e, se preciso for, até as mãos deito à cinta para ficar bem povona.
Por isso, acharem que dou € 35 por um jantar merdoso com administradores que se esquecem sempre de quanto pagam a quem está mais abaixo, faz-me andar a refilar há semanas e, sem sorriso, deixo que a tromba refilona lhes explique como estou cheia de vontade de os mandar a todos para um grande, imenso (de preferência, sem serventia) caralho! E não vou. Ponto!
Não gosto de ir ao cabeleireiro, não gosto que me mexam e por isso dispenso massagens, nunca tive fetiches nem com pés nem com sapatos e a maioria da roupa foi desenhada a pensar em anorécticas sem mamas, pelo que ir às compras deprime-me.
E também nunca me dei lá muito bem com flexões, pelo que poses lambe-cu também é coisa em que não tenho prática, mesmo pagando tanta vez esta incapacidade crónica para virar capacho.
Depois, eu cá sempre gostei de legos. E de carrinhos de rolamentos. E de trepar às árvores... O pior é que agora tenho de pensar sempre quanto me custa montar cada peça de lego de que o Banco leva uma parte à fatia mensal e sou incapaz de deitar fora qualquer peça, mesmo as que fazem menos falta; e os carrinhos de rolamentos agora precisam de airbags e já não são travados só à força de sola ou pedante descalço; e trepar às árvores é que já não dá mesmo, porque me pesa demasiado o cu.
Deve ser por isso que refilo tanto. Enquanto refilar, ainda me agarro a um pedacinho do eu que fui para não me perder de mim. Além do mais, sou do Porto, o que me dá assim uma costela perto da chinela e, se preciso for, até as mãos deito à cinta para ficar bem povona.
Por isso, acharem que dou € 35 por um jantar merdoso com administradores que se esquecem sempre de quanto pagam a quem está mais abaixo, faz-me andar a refilar há semanas e, sem sorriso, deixo que a tromba refilona lhes explique como estou cheia de vontade de os mandar a todos para um grande, imenso (de preferência, sem serventia) caralho! E não vou. Ponto!
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