E não era há anos tudo um circo? Com data marcada, juntavam-se os palhaços na bancada, diziam umas bacoradas, posavam para a fotografia e, no dia seguinte, tudo seguia como dantes. Iam lá fazer o frete. Sempre com ar de grande frete: corpos presentes, mas só isso. Na assistência, o povoléu olhava para a bancada e para os símbolos. Um circo como outro qualquer, mas com data marcada e significado há muito perdido. Pensando como foi durante anos, enquanto a abundância aparente desconsiderava tradição e história, vejo a tempestade num copo de água. Um copo pequenino e talvez por isso tão pronto a transbordar. Se nos tiram todo o respeito, como sobrará respeito para dar?
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