Em Santa Comba Dão engessaram-me uma vez um pé. E não ficou particularmente bem engessado. Adiante! Porque é mesmo adiante, que ninguém se lembra que existe aquela terra nos dias normais e duvido que alguém sequer se dê ao trabalho de lá ir ver o largo que há uns anos resolveram baptizar de "Salazar". Ficaram para o engravatadinho lá do sítio os seus 15 minutos de fama à conta da polémica que gerou por ter plantando a lápide (lápide até que está giro; lembra-me que o velho das botas está morto e enterrado) a 25/04 no meio de porco assado e música pimba. É que o engravatadinho só o fez porque o velho Salazar já não existe (e como a terra deve estar-lhe a ser bem pesada, quando até já virou estrela de soft-porn nacional! Isso e a lápide em cima). É só mais um largo a que ninguém vai dar importância, como tantos outros largos com tantos outros nomes a que não se dá importância alguma. O que importa é que o velho regime morreu há 4 décadas. E hoje temos engravatadinhos. E esses engravatadinhos é que são os tais que só querem 15 minutos – e nunca terão quase meio século – porque não passam disso mesmo: o que sobrou de uma política que perdeu há muito a utopia e apenas serve para gerir os interesses da classe. E dos engravatadinhos.
2 comentários:
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E que desgosto sentir que esses tempos do Botas estão a ser branqueados até pelo esquecimento. Quem faz agora 40 anos já é crescidinho, mas se não veio de uma família mais esclarecida, olha para esses tempos como eu olho para a primeira república. É História, mas já não é comigo...
Olha, então lê isto:
https://www.facebook.com/alexandra.l.coelho.9
(espero que consigas; acho que o texto tem perfil público)
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