2009-08-09

Silly season

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra


Carlos Drummond de Andrade



Por mim, qualquer pessoa que empecilhe uma tentativa de evitar que qualquer um de nós se transforme numa Eluana fica muito bem encostado às boxes. E até já devia ter encostado antes.

8 comentários:

mfc disse...

Um poema fantástico com aplicação quotidiana...

Hipatia disse...

É verdade: o que menos falta por aí são calhaus :D

Bartolomeu disse...

Dizia alguem para, sempre que um gajo encontre um calhau no seu caminho, o use como trampolim e se projecte num voo para além da sua própria dimensão.
Eu não sei se já topei com algum calhau, se sim... caguei.
Mas como sou muuiiiito distraído, os calhaus, comigo fodem-se, perdem a notoriedade.
Oh yeahhh!!!

Hipatia disse...

Nem uma topadazita no dedo grande do pé? Eta sortudo! :P

Bartolomeu disse...

Népia minha querida amiga!
Os calhaus têm a importância que lhes quisermos atribuir.

Hipatia disse...

Eu tenho a mania que sou Sísifo :D

Bartolomeu disse...

Se fores um Sísifo inteligente como estou certo que és, empurras o calhau até ao cimo da montanha, aguentas um kochinho e quando vires que outro calhau vai passar lá em baixo, despencas o teu montanha abaixo.
Se tiveres boa pontaria, vais ver, é um estoiro que até dá gosto.
É um orgásmo pedreneira, com xispas e tudo...
hehehehehe

Hipatia disse...

Olha que essa parte da pederneira parece-me muito bem :D