2009-11-01

Bailarinas


aqui

As palavras são sempre o que quisermos fazer com elas. Dependem da nossa vontade, até quando descodificamos a vontade dos outros. Para mim, são uma das poucas formas que conheço para dar ordem ao meu caos sem ser devorada por ele. Há dias em que são tristes e feias; noutros dias, vestem-se de alegria e beleza. E, num mundo que não controlo por mais que me esforce, são sempre o pouco que detenho e dão-me uma miragem de poder. Mesmo mudas. Ou até quando estão mudas. É que basta um sopro e hei-las, de novo bailarinas, cheias de vida.

6 comentários:

Bartolomeu disse...

É isso Hip... ha palavras mudas que ferem mais que o fio de um espada e... penetram mais fundo que o bico de um punhal.
No entanto, outras... podem curar dos males mais profundos e dolorosos. Podem fazer com que as nuvens se afastem dando passagem aos raios brilhantes do sol. Mas essas palavras mudas, não o são totalmente, porque são ditas com os olhos e vêem do mais fundo do ser.
;)
Guestê do tê palabrear.
;))

Hipatia disse...

Sabes, eu acho que uma boa medida da intimidade é o peso que o silêncio tem ou pode ter: se chega a pesar-nos como palavras punhais; se nos completa com essas palavras apenas bem ditas pelos olhos :)

Bartolomeu disse...

Intimidade...
Essa é mais uma das palavras mudas que tanto pode ser ínfima de tamanho e conteúdo, como abarcar o tamanho do universo...
I think...

Hipatia disse...

E eu penso igual :))

vague disse...

Soberbo, miúda.

Hipatia disse...

Bem, isto hoje são só elogios!

Obrigada, Miquinhas :D