Choveu dentro de mim ontem. As paredes do peito desabaram em silêncio. Fiquei ali, olhando o chão molhado de memórias, os nomes perdidos escorrendo pelas frestas, a saudade pingando, gota a gota, até fazer poça. Tentei secar com palavras, mas elas escorregaram. Fracas, frágeis, feitas de vento. A noite veio sem pressa. Deitei-me com fantasmas que me embalaram a voz. Sonhei com o que não foi. Acordei com ausência na boca. E um gosto amargo de adeus.
Sem comentários:
Enviar um comentário