A Páscoa não é só o coelho, nem o chocolate. É pausa e passagem. É o instante em que o silêncio pesa mais que o som, e a ausência se faz presença. Na mesa posta, o gesto de repartir diz mais do que mil palavras. Há uma ternura antiga no ato de lembrar — não só o renascimento, mas o caminho até ele. Porque morrer também é parte da história. A vida pulsa no intervalo entre o fim e o recomeço. E talvez seja isso: renascer, mesmo trêmulo, mesmo sem certeza.
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