2025-04-16

Eleições

As eleições chegam como quem promete mudança, mas sempre com o mesmo cheiro a mofo. Caras novas, discursos velhos. Voto como quem joga moeda ar: esperança misturada com descrença. A cidade  enfeita-se de santinhos que ninguém pediu, promessas que ninguém vai cobrar. E o pessoal ali, entre a vontade de acreditar e o cansaço de tentar. A democracia vira teatro, com palanque e plateia — e a gente aplaude, por inércia. No fundo, votar ainda é um ato de fé, desses que não se explicam. Porque até pensamos em desistir. Mas não dá. Ainda não. Em Maio lá estou...

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