Depois da ilha do Fogo e da Brava existe Tamarindo.
Segredo bem guardado pelo português que a achou. Muitas vezes ignorada pelos crioulos que preferem não falar dela, embora habite um local bem próprio dos seus corações.
Ilha imaginária? Ó meu amigo, faça favor de olhar bem o mapa. Não vê ali uma ilha quase chegada a Djabraba? Vê como eu tinha razão?… Bem sei que alguns cartógrafos se esquecem de a assinalar no mapa, conferindo-lhe a importância de ilhéu.
Mas não é bem assim. Nessa ilha cujos habitantes têm um falar mais parecido com o Kriolu Kuradu, também existe o tripitxi e as crianças comem sukrinha nas sombras que sobram do sol ao meio dia. Flora, fauna e modo de viver, em tudo Tamarino é parecida com as outras ilhas caboverdeanas.
Se falo disto, é porque preciso explicar a origem desta história que Djon nos conta. Não vão os jovens Portugueses fazer uma grande confusão geográfica.
Importava publicar a narrativa deste menino crioulo que conheci em 1979, para que a rapaziada daqui fique com uma pequena ideia do ambiente das ilhas.
É que os portugueses andam muito esquecidos dos locais por onde passaram…
Se tiverem alguma dificuldade em entender as palavras estranhas que vão surgindo, deixei, no final da história, um pequeno dicionário com curiosidades, que pode ser consultado.
Bem, se gostarem desta história, sou capaz de me entusiasmar e contar outras que por lá escutei.
Vamos então começar…
Kusa ke kusa
ki fika kusa
nes mundu
Segredo bem guardado pelo português que a achou. Muitas vezes ignorada pelos crioulos que preferem não falar dela, embora habite um local bem próprio dos seus corações.
Ilha imaginária? Ó meu amigo, faça favor de olhar bem o mapa. Não vê ali uma ilha quase chegada a Djabraba? Vê como eu tinha razão?… Bem sei que alguns cartógrafos se esquecem de a assinalar no mapa, conferindo-lhe a importância de ilhéu.
Mas não é bem assim. Nessa ilha cujos habitantes têm um falar mais parecido com o Kriolu Kuradu, também existe o tripitxi e as crianças comem sukrinha nas sombras que sobram do sol ao meio dia. Flora, fauna e modo de viver, em tudo Tamarino é parecida com as outras ilhas caboverdeanas.
Se falo disto, é porque preciso explicar a origem desta história que Djon nos conta. Não vão os jovens Portugueses fazer uma grande confusão geográfica.
Importava publicar a narrativa deste menino crioulo que conheci em 1979, para que a rapaziada daqui fique com uma pequena ideia do ambiente das ilhas.
É que os portugueses andam muito esquecidos dos locais por onde passaram…
Se tiverem alguma dificuldade em entender as palavras estranhas que vão surgindo, deixei, no final da história, um pequeno dicionário com curiosidades, que pode ser consultado.
Bem, se gostarem desta história, sou capaz de me entusiasmar e contar outras que por lá escutei.
Vamos então começar…
Kusa ke kusa
ki fika kusa
nes mundu
3 comentários:
Obrigada!
Beijo grande e os parabéns por este teu bebé :)
Este prefácio deixa mesmo água na boca e vontade de ler o resto.
Parabéns Gaivina! :)
Mais Vozes
GLOSSÁRIO:
"Djabraba" - Ilha Brava, arquipélago de Cabo Verde
"Krioulu Kuradu" - Crioulo de entendimento geral: Os habitantes das várias ilhas conseguem entender-se.
"SuKrinha"- Um delicioso doce tradicional feito com mel de cana e côco
"Tripitxi"- Engenho da cana do açúcar
"Kusa ke kusa
ki fika kusa
nes mundu"
Coisa que é coisa
e que fica coisa
neste mundo
Gaivina | 02.24.06 - 11:29 pm | #
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