aquiParece que sou do clero. Felizmente, parece-me que clero franciscano. O que lá vai dando algum jeito, que dizem que será dos pobres o tal reino que há-de vir. Mas raios! eu cá sou povo, povo, povo! Eu quero ser plebe na blogos! Vai-me bem com tudo, até com o bolso, que isto está de uma maneira que, se espirro, lá se vai o pão, se tusso, vai-se a carne e de cada vez que pestanejo a gasolina já está mais cara. Para as guerras virtuais já acartei caixinhas de esmolas que cheguem. O meu peditório agora é outro e estou bem a marimbar-me para quase tudo, que a crise já se estende à inspiração e muito especialmente à paciência. Tempo e vontade para escrever é que não sobra quando me vejo cada vez mais vezes sentada no sofá a insultar o Governo, a Oposição, a Concorrência, a Globalização, os Preços, a Poluição, as Taxas, a Inflação, o Sócrates, o Pinto, o neto da Manuela e os primos dos outros todos e até o Scolari que se fez aos trocos lá para outro lado. Como para o ano o panorama não tem ar de vir a melhorar, a haver cortes no orçamento desta minha família de um e uma planta raquítica, acaba-se com os extras e a net vai à vida. E para os cagões vai o do costume: bardamerda!
(e que me perdoe o autor do texto que me inspirou – se alguma vez der com isto, claro – , mas vou racionar os links para ver se desce o número dos unique visitors que cá vêm ao engano, que os amigos até perdoam as ausências, o sem assunto, a falta de comentários e posts e nunca se esquecem do caminho por mais que os cães lhes saltem às canelas; é que me cheira que cada um tem, de facto, a blogos que merece e dorme mais ou menos descansado no ninho que armou.)