2009-06-04

Sem acordo


aqui


Hoje ouvi uma senhora muito composta a falar sobre – e a dizer mal, obviamente – o novo acordo ortográfico. No entretanto, parece que havia no tal acordo piquenos problemas que agora me escapam, quaise que não sei quê e uma profusa variedade de declinações do novo verbo tar. Aliás, até me parece que a senhora estaria a ser entrevistada pelo tefone. E, sim, falava sobre o novo acordo ortográfico com uma voz cheia de autoridade.


(acho que isto de andar a ouvir rádio me começa a fazer mal…)

10 comentários:

JoãoG disse...

Tás parva ou quê...? Tu quando me tefonaste, tamém tinhas um setaque quaise imperceptível e tavas cheia de autoridade com piquenas declinações muito pôco compostas, ok? :P

JoãoG disse...

...e andas, sim, a ber muito rádio e a oubir pôca tebison...

JoãoG disse...

...e o acordo ôtográfico mále!

cereja disse...

Depois da opinião do João G. nem sei como começar...
:))
A verdade é que andamos a perguntar tudo a toda a gente ('andamos' é um modo de falar... queria dizer que alguns representantes dos media o fazem) e as pessoas, coitaditas, pensam que devem dizer qualquer coisa, seja o que for.
Quando ando de rádio ligado (claro que são cenários de carro, porque também oiço rádio ao pequeno almoço, mas aí o tempo é menos e de mais qualidade) oiço algumas que me deixam de cara à banda. E há assuntos onde 'é vergonha' reconhecer que não se sabe, ou não têm informação, como este.

(mas o pior é quando os próprios jornalistas usam calinadas destas!!!)

I. disse...

Ah, ah, ah, tefone, que burra. Toda a gente (de bem) sabe que é tUfone.

Agora vou ali tomar um café que estou com uma caimbria e peciso de andar um bocadinho.

Hipatia disse...

Acho que ainda não te perdoei questionares a minha identidade por falta de sotaque, lol. Toda a gente sabe que eu sou uma gaija do nuorte com sotaque a condizer :P

E numa coisa tens razão: isto é derivado de andar a ver pouca tebisão, mas o acordo, por pior que seja, não garante que a língua (sem acordo) não seja diariamente espancada ;-)

Hipatia disse...

Isto foi o comentário de uma suposta especialista no assunto, Emiele. Nem sequer se podem culpar desta vez os jornalistas. E ouviste o discurso de ontem de Manuela Ferreira Leite? Parece que a senhora – que até diz piqueno – fala de interésse público.

Hipatia disse...

LOL! Sabes que aqui em cima não temos por hábito comer letras, pelo que até pode ter dito tUfone e eu ter entendido mal ;-)

E a caimbria, que tal?

_ba_ disse...

Bom eu adoro dizer tefone e piqueno e afins mas como sou uma "alface estragada" ou menina da linha aqui utiliza-se munto (outra lol) essas expressões :p
Agora falando a sério isto do acordo ortográfico dá-me arrepios, calafrios e outras coisas e vinda de Humanísticas (ou Humanidades) como vim ainda pior ...isto para não falar dos milhentos emails que todos recebemos e que reproduzem o que os míudos escrevem e da maneira que o escrevem mas aí a culpa também é nossa não é só da escola.
E a mim espera-me esse trabalho pela frente com o teu sobrinho Becas mas como, desde que nasceu, tem a televisão mais que controlada (só agora que está quase a fazer 3 anos é que começou a ver tipo meia hora seguida) e computadores "nem vê-los" talvez não seja muito complicado. E depois também temos o Paizinho a ajudar e como tu o conheces sabes que ele não vai facilitar lol

Nelson Reprezas disse...

LOL! Sabes que aqui em cima não temos por hábito comer letras, pelo que até pode ter dito tUfone e eu ter entendido mal ;-)


Tu não gostas mesmo dos mouros, carago. :)
Ainda não pcebestes que em Lisboa quem fala mal é o pessoal que imigrou das Veiras de Trás os Mountes e d'Entre Dâouro e Minho? E essa de não comerem letras... bóceses não só as comem como deitam cá para fora outras que não bêm a prepósito, ora dá-te lá ao travalho de reparares melhor. E os tempos dos verbos? Desde quando a primeira pessoa do plural do pretérito é pronunciado como presente, exemplo, nós ganhâmos em bez de gaNHÁmos ou a inversa, transformar um nós vâmos num incríbel nós BÁmos, que deve querer significar qualquer coisa como nós fomos.
Ai hipatia, hipatia,
o que te bale a ti é tares longe, porque se eu aí estibesse e fosses meu "conge"
ia aos domingos, em antes da missa, à Póboa comer um rodobalho,
a não se que te chateasses e me mandasses pró(s)... Carvalhos(s) de bolta à avençoada Mouraria...
beijinhos sulirtas e elitistas
;)