2011-02-28

Tempestade

aqui

A posse irrita-me. A falta de espaço é claustrofóbica. A tua voz a escorrer dentro de mim liberta um mar que não conheço, irado, tormentoso, cinzento e tempestivo. Depois, arrulha com os temas da Primavera, acalma-se, escorre. Desato os sons presos na garganta e rio. Não de ti. Rio de mim e deste rio tormentoso pronto a estourar contra a tua voz ciumenta, como onda nas praias de Inverno. E rio. Tanto e tanto que te levo comigo. E é então, quando a tua gargalhada cresce no meu ouvido, que te quero.

6 comentários:

mfc disse...

Desoladamente... a posse é o prefácio da criação!

Hipatia disse...

Desoladamente aplica-se bem :)

Anita dos Anjos disse...

Que lindo poema!
Seu blog é simplesmente maravilhoso...
Meu blog:diarios-do-anjo.blogspot.com
Ótimo domingo pra ti! Abraço!!!
bye bye

Hipatia disse...

Bem, eu estava a tentar a prosa... Mas obrigada :)

Bom Domingo!

Claire-Françoise Fressynet disse...

e rio ~ e rio

Hipatia disse...

:)

Rir faz e sabe bem ;-)