A fragilidade é um sopro que se instala nos interstícios do quotidiano. É no gesto trémulo, no olhar que hesita, no silêncio que se prolonga. É a pele que se arrepia ao toque da memória, o coração que perde passo perante o eco de uma ausência. É a palavra não dita, o abraço que ficou por dar, o adeus sussurrado entre lágrimas contidas. É a certeza de que somos finitos, de que o tempo escorre por entre os dedos como areia. É a beleza do efémero, a poesia do instante que se desfaz. Na fragilidade, encontramos a nossa humanidade, a nossa capacidade de sentir, de amar, de ser. E é nesse reconhecimento que reside a nossa força.
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