2007-03-08

Mulher



You gotta be fortunate
You gotta be lucky now
I was just sitting here
Thinking good and bad
But I'm the kinda woman
That was built to last
They tried erasing me
But they couldn't wipe out my past

To save my child
I'd rather go hungry
I got all of Ethiopia
Inside of me
And my blood flows
Through every man
In this godless land
That delivered me
I've cried so many tears even the blind can see

Chorus:

This is a woman's world.
This is my world.
This is a woman's world
For this man's girl.
There ain't a woman in this world,
Not a woman or a little girl,
That can't deliver love
In a man's world.

I've born and I've bread.
I've cleaned and I've fed.
And for my healing wits
I've been called a witch.
I've crackled in the fire
And been called a liar.
I've died so many times
I'm only just coming to life.

My blood flows
Through every man and every child
In this godless land
That delivered me
I cried so many tears even the blind can see


Tinha pensado não dizer mais nada sobre o dia 8 de Março depois da breve referência no post infra e depois de ter deixado à Cristina o Auto-Retato da Natália Correia numa caixa de comentários. Mas a I fez-me mudar de ideias. Talvez porque se debata com o mesmo nojo que eu entre a necessidade de ainda haver um dia da desigualdade e a necessidade de manter essa data para almejar à paridade. E talvez por isso fui buscar a Neneh Cherry e esta letra magnífica. Magnífica!

10 comentários:

Cristina disse...

fabulosa de facto!

podemos sempre aproveitar para nos mimarmos, que bem merecemos :)

beijinhos

Maria Arvore disse...

O tema é óptimo tanto mais quanto sintetiza que a woman's world pode mudar a man's world.
E como nada cai do céu, as mulheres podem acabar com o dia quando conseguirem um woman-man's world. ;)

vague disse...

o dia 8 não me diz absolutamente nada, de facto. entendo-o como uma menorização e acho q a via da humanidade é celebrar todos os dias nos actos e na vida, o ser humano. independentem/ de sexo, raça ou credo.

Unknown disse...

Mais um dia marcado para "o dia de qualquer coisa"...
O nosso dia deveria ser todos os dias, mas há que aproveitar, nem que seja para fazer lembrar que há mulheres que continuam a não ter o "direito á sua existência".

Filipa Paramés disse...

Já não é a primeira vez que 'passas' este tema aqui no Voz. Ainda bem que insistes. É de facto fabuloso. Nada há mais a dizer, em relação à música e a um dia que se perpetua em lembranças e em flores, que no fundo nada fazem para alterar o caminho logo ainda a percorrer.

Será que somos nós que temos de fazer TUDO?!?! Irra!

beijinho grande!

Hipatia disse...

Ainda me é profundamente difícil lidar com a necessidade de um dia para dizer que não deveriam ser necessários dias assim, Cristina. E se nos países ocidentais ricos ainda faz sentido, há países onde é uma imposição moral. Obviamente que a moral desses sítios diz que não e...

Hipatia disse...

Mas essa é que é a grande dificuldade, não é, Maria Árvore? Porque precisam ser as mulheres a fazer tudo sozinhos? Porque continuam tantos (e tantas, para meu espanto) a recusarem o espaço comum?

Hipatia disse...

Era bonito se fosse assim, Vague: um mundo onde não importassem nem a raça, nem o sexo, nem o credo. Conheces algum, para eu fazer as malas?

Hipatia disse...

Talvez por isso ainda faça sentido, Cruzeiro. Por todas as mulheres que ainda não têm sequer direito à existência e são simples propriedade.

Hipatia disse...

É verdade, Filipinha da memória de elefante :D Postei esta música o ano passado a propósito da foto vencedora do World Press, aquela mãe esquelética com uma mão muito pequenina de um filho que ninguém soube mais se conseguiu sobreviver. E postei-a por causa dessas tantas mãe-coragem que há por esse mundo fora e que, tal como nos diz a letra da Neneh Cherry, nos lembram que trazemos todo a Etiópia dentro de nós.