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Pensei que nestes dois dias ia conseguir recuperar o tanto que andei a perder durante semanas. Mas dois dias não chegam.
A Emiele anda lá pelo Pópulo a declinar o tempo e eu apenas consigo, ultimamente, declinar a falta dele. Não está fácil! Mas sou teimosa ao ponto de ir mantendo isto, mesmo que cada vez mais "isto" se faça de comentários breves sobre qualquer coisa e siga que amanhã há mais um dia para pintalgar a Voz com um vídeo gamado ao YouTube ou uma música sacada em qualquer lado.
Aliás, tenho demasiada música nova que ainda não ouvi e demasiados filmes à espera de serem vistos. E demasiadas conversas a pôr em dia e demasiados dias em que as conversas não podem ser por aqui.
Isto de se trabalhar mais de dez horas por dia teria que ter repercussões: chama-se cansaço, quase sempre, ou um sofá demasiado simpático, ou um banho quente e sonolento antes que a cama nos abrace num até amanhã exausto.
Claro que não é sempre assim, mas há recorrências cíclicas. E talvez seja por isso que, todos os anos, em períodos semelhantes, tento bater com a porta da Voz. E nunca consigo, acabo sempre de volta, com qualquer grito a precisar ser liberto, ou um simples olá a dizer que ainda por aqui ando, que ainda há gente a quem quero continuar a ler e a comentar e a deixar que me comentem a mim.
Ando há semanas para contar a minha versão dos Pere Ubu, depois de ter lido a versão do Zé. Há mais semanas ainda para escrever o post sobre o que senti quando cheguei à garagem e vi o meu bichinho violentado. Ou a história de como, logo no dia seguinte, um par de ladrões foi apanhado pelos vizinhos no prédio da minha irmã. E há ainda a minha versão do No Country For Old Men e do Sweeney Todd. Ou até o que senti quando descobri que tiraram a comparticipação da minha pastilha mensal para as dores de cabeça e da consulta anual ao senhor que mas receita e que já tive de desmarcar duas vezes. Mas não sei esticar o tempo!
Este mês, que ainda agora começou, talvez traga algum sossego. Traz, certamente, o gozo de férias que ainda estão no mapa do ano passado sem uma cruz por cima. E já suspiro por esses dias de descanso, sabendo por antecipação o quanto me vão fazer recarregar baterias e as tantas de conversas que vou pôr em dia com ela e com ela. E vocês fazem-me falta! (E será que é desta que tomo um café contigo e contigo?) Nunca gostei de falar por telefone e não tenho qualquer gosto em deixar conversas inacabadas, sem ver gargalhadas partilhadas e olhar olhos nos olhos por entre os absurdos que consigo esgalhar em cadeia com os amigos.
A Voz andará a meio gás até lá, soterrada em soluços sem serventia e na falta de tempo. Mas até esses soluços fazem falta, quando nos amarram a diária a coscuvilhices e desgraças e a parangonas cada vez mais descaradamente inconsequentes. Estou farta de tantas caças a gambozinos, especialmente se têm demasiado tempo de antena. É que eu não tenho tempo para isso e já começo a achar melhor fazer com antecedência uma listinha dos assuntos que até sei que vão fazer os temas. Talvez assim deixe uns quantos posts em draft e depois é só publicar: um para o Menezes, um para o Sócrates, um para a crise, um para o futebol, um outro para o Belmiro, mais outro ainda para o Garcia Pereira a defender o Portas, mais outro para a blogocoisa e as suas tricas, outro para a Palestina e ainda um outro intimista. Três semanas de posts e já está. Pelo caminho, dou parabéns e espero que me sejam dados parabéns a mim. E, finalmente, vou de férias e regresso com saudades e vontade.
Até me dar mais um achaque, claro, e me sentir outra vez esgotada. E ficar à espera de mais férias e de saudades e de não sentir que transformei o blogue num Ford T, sempre personalizado, desde que seja a preto.
A Emiele anda lá pelo Pópulo a declinar o tempo e eu apenas consigo, ultimamente, declinar a falta dele. Não está fácil! Mas sou teimosa ao ponto de ir mantendo isto, mesmo que cada vez mais "isto" se faça de comentários breves sobre qualquer coisa e siga que amanhã há mais um dia para pintalgar a Voz com um vídeo gamado ao YouTube ou uma música sacada em qualquer lado.
Aliás, tenho demasiada música nova que ainda não ouvi e demasiados filmes à espera de serem vistos. E demasiadas conversas a pôr em dia e demasiados dias em que as conversas não podem ser por aqui.
Isto de se trabalhar mais de dez horas por dia teria que ter repercussões: chama-se cansaço, quase sempre, ou um sofá demasiado simpático, ou um banho quente e sonolento antes que a cama nos abrace num até amanhã exausto.
Claro que não é sempre assim, mas há recorrências cíclicas. E talvez seja por isso que, todos os anos, em períodos semelhantes, tento bater com a porta da Voz. E nunca consigo, acabo sempre de volta, com qualquer grito a precisar ser liberto, ou um simples olá a dizer que ainda por aqui ando, que ainda há gente a quem quero continuar a ler e a comentar e a deixar que me comentem a mim.
Ando há semanas para contar a minha versão dos Pere Ubu, depois de ter lido a versão do Zé. Há mais semanas ainda para escrever o post sobre o que senti quando cheguei à garagem e vi o meu bichinho violentado. Ou a história de como, logo no dia seguinte, um par de ladrões foi apanhado pelos vizinhos no prédio da minha irmã. E há ainda a minha versão do No Country For Old Men e do Sweeney Todd. Ou até o que senti quando descobri que tiraram a comparticipação da minha pastilha mensal para as dores de cabeça e da consulta anual ao senhor que mas receita e que já tive de desmarcar duas vezes. Mas não sei esticar o tempo!
Este mês, que ainda agora começou, talvez traga algum sossego. Traz, certamente, o gozo de férias que ainda estão no mapa do ano passado sem uma cruz por cima. E já suspiro por esses dias de descanso, sabendo por antecipação o quanto me vão fazer recarregar baterias e as tantas de conversas que vou pôr em dia com ela e com ela. E vocês fazem-me falta! (E será que é desta que tomo um café contigo e contigo?) Nunca gostei de falar por telefone e não tenho qualquer gosto em deixar conversas inacabadas, sem ver gargalhadas partilhadas e olhar olhos nos olhos por entre os absurdos que consigo esgalhar em cadeia com os amigos.
A Voz andará a meio gás até lá, soterrada em soluços sem serventia e na falta de tempo. Mas até esses soluços fazem falta, quando nos amarram a diária a coscuvilhices e desgraças e a parangonas cada vez mais descaradamente inconsequentes. Estou farta de tantas caças a gambozinos, especialmente se têm demasiado tempo de antena. É que eu não tenho tempo para isso e já começo a achar melhor fazer com antecedência uma listinha dos assuntos que até sei que vão fazer os temas. Talvez assim deixe uns quantos posts em draft e depois é só publicar: um para o Menezes, um para o Sócrates, um para a crise, um para o futebol, um outro para o Belmiro, mais outro ainda para o Garcia Pereira a defender o Portas, mais outro para a blogocoisa e as suas tricas, outro para a Palestina e ainda um outro intimista. Três semanas de posts e já está. Pelo caminho, dou parabéns e espero que me sejam dados parabéns a mim. E, finalmente, vou de férias e regresso com saudades e vontade.
Até me dar mais um achaque, claro, e me sentir outra vez esgotada. E ficar à espera de mais férias e de saudades e de não sentir que transformei o blogue num Ford T, sempre personalizado, desde que seja a preto.
9 comentários:
Ena tanto plano... Parece a minha lista (fiquei cansada só de fazê-la) :0)
Lá isso é verdade :)) Muita coisa planeada e muita mais ainda adiada. A ver se consigo pôr uma cruzinha em algum item da "checklist" ;-)
Se fosse a fazer uma lista
- dos telefonemas que já devo;
- das consultas (de rotina, ainda por cima) que tenho para marcar;
- dos livros que me prometi ler;
- dos filmes que ainda andam lá por casa dentro da caixinha celofanada;
- das "coisas da casa" que tenho que alinhavar, para além das obras que tenho mesmo que fazer (depois de ligar a uns 3 empreiteiros para me fazerem os orçamentos, claro);
Ficava maluca.
E este ano tenho 29 dias úteis de férias para gozar (acumular é o que dá), não consigo fazê-los coincidir com os do gaijo, e não os vou ver tão cedo (aqui ninguém acredita em férias repartidas).
Prontos.
E tenho sono, que dormi mal à brava, e tenho dezenas de posts a pairar na cabeça e que não arranjo vagar para escrever.
Já fiz as queixinhas todas :D
Fundamos um clube?
Isso mesmo: vamos fundar um clube de queixinhas :D
Parece-me muito bem, até porque, não resolvendo nada, deixa-nos mais aliviadinhas ;-)
Mas isso da lista ajuda. Sobretudo quando se começam a riscar uma coisas já feitas. A chatice é saber ordenar prioridades!
Eu quando me lembro de uma coisa escrevo-a logo ou quase logo. Fica em rascunho mas não faz mal. Porque tenho sempre tantas coisas a dizer (é uma mania) que depois, de manhãzinha, arrumo logo dois ou 3 posts para «cumprir a minha quota» :D
Contudo há dias onde também só me apetece descansar e não fazer coisíssima nenhuma. Mas ainda bem, também é bom não dar para tudo, bolas!!!
O mal é que eu tenho muitas ideias rabiscadas, especialmente em papel. Só que depois não tenho tempo para as organizar, muito menos para as transformar em post. E ficam sempre adiadas :)
Além do mais, como é que eu depois fazia mais um destes meus posts chorões? ;-)
Entendo-te que me queixo do mesmo. :(
E como parece que não conseguimos apenas dormir 4 horas como o Prof. Martelo, o melhor é criar o Clube das Queixas que sempre alivia o stress. :)
O ditado que quem dá o que tem a mais não é obrigado e eu concordo. ;)
Ando mesmo sem tempo e, o pouco que sobra, estou tão cansada que não consigo fazer nada útil com ele :(
Mais Vozes
Como te entendo minha amiga. A minha média horária é de loucos, quase só tenho vindo a casa para dormir.... à pressa
cachucho | | Email | Homepage | 03.04.08 - 10:11 pm | #
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Pois. Sofremos do mesmo mal, não é? E que giro ver os outros na rua, a reclamarem de barriga cheia, sem risco de perderem seja o que for. Quando os empregados não precisam de se empenhar nos resultados do empregador, podem bem fazer barulho e aceitar qualquer absurdo que a brigada do reumático reunida em alguns sindicatos se lembra de propor da forma mais gratuita e populista. Isto de o Estado e de quem para ele trabalha não ter de prestar contas a todos nós, que o sustentamos, seria inconcebível se a lógica medisse desempenhos, resultados e lucros; ou a falta dos mesmos.
Hipatia | | Email | Homepage | 03.07.08 - 2:02 pm | #
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Assino por baixo as vezes que quiseres
cachucho | | Email | Homepage | 03.07.08 - 11:48 pm | #
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Pois! E deve haver muito mais gente, apesar de toda a pirotecnia nos jornais
Hipatia | | Email | Homepage | 03.08.08 - 9:49 pm | #
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