Se qualquer um de nós continuasse a ganhar o mesmo e se fosse promovido sem prestar qualquer prova e chegasse ao topo da carreira fosse bom ou uma besta, porque iria aceitar calmamente que as coisas mudassem?
E se 15 anos depois de um curso superior com estágio e mais anos de profissionalização nos congelassem a progressão na carreira, nos aumentassem seis anos para obter a reforma e nos impedissem de obter o topo de carreira no fim dela, por questões meramente de poupança administrativa? E se para lá disso, passemos os primeiros 10 anos profissionais (em que se ganha uma miséria) de vila para vila, desde o Algarve ao Minho, a pagar casa/quarto ou pardideiro em todas as terras e a levar testes para corrigir com os filhos ao colo no fim-de-semana? Com a casa de família para pagar e com a família a 200 quilómetros do local de trabalho? E se nos obrigassem a estar na escola das 09:00 até às 21 horas em reuniões "imbecis" para preencher papel inútil para efeitos estatísticos que o Ministério devia preencher? E se no café onde se almoça com pressa (a 3 de Agosto) ouvíssemos dizer que os professores têm 3 meses de férias e a 2 de Setembro estivéssemos na mesma Escola a preparar o ano e ouvíssemos o mesmo no mesmo café?
Não, não sou professor desses desses que fala! Mas o que aqui lhe relato são factos que conheço muito bem!
Não pretendo levantar polémicas mas sim deixar cumprimentos pelo Blog! Mas o título deste "post" era "uma perguntinha" eu apenas deixo mais algumas !
Rui, isso de que fala é a realidade para quase todos os trabalhadores portugueses, tirando a parte de andar de Herodes para Pilatos no início de carreira (o que é apenas consequência de ser uma profissão tão má, tão sem privilégios, que todos os cromos, com e sem vocação, a escolheram). Diga-me, em que são os professores tão especiais que têm de ser diferentes? E, se são realmente especiais, então vamos, não precisam ter medo da avaliação.
Bem vindo ao Voz em Fuga. E as perguntinhas vão continuar a aparecer enquanto não vir os professores a exigirem ser avaliados para que todos os que como eu olham de fora deixem de suspeitar dos seus motivos para o protesto.
As coisas são bastante mais complicadas do q isso . mas partindo do principio q é apenas isso q está em causa(e não é) teríamos de pensar de outro modo, teríamos de pensar que as bestas não podem ter lugar no ensino. aceitar que as bestas podem continuar a dar aulas desde que ganhem menos, é no meu entender o mesmo que merda . para mim é simples, ou os profs cumprem com o q lhes é exigido ,ou não cumprem . se cumprem, são iguais a todos os outros ,se não cumprem tem de ir pastar cabras para outra freguesia . isto serve para profs para médicos enfermeiros estivadores lavadores de carros, até onde quiseres .
Durante toda uma carreira cumpriu, então deve chegar ao topo não cumpriu com o q lhe foi estipulado, é incompetente e tem de sair.
Assim sim, assim tínhamos uma ministra com tomates, isto a q estamos a assistir é apenas um método de amealhar uns trocos frogas | | 11.15.08 - 10:11 pm | #
Errado num ponto: nem todos têm de chegar ao topo da carreira. Esperar que todos lá cheguem é irrealista. Haver uma carreira onde todos chegam é imoral. E como queres tu expulsar as bestas de uma carreira de onde ninguém sai e onde não há uma avaliação que permita distinguir os bestiais das bestas? Já viste algum prof ser despedido depois de estar no quadro (tirando talvez um ou outro caso em que o motivo nunca foi a falta de competência)? Hipatia | | Email | Homepage | 11.16.08 - 12:40 am | #
3 comentários:
E se 15 anos depois de um curso superior com estágio e mais anos de profissionalização nos congelassem a progressão na carreira, nos aumentassem seis anos para obter a reforma e nos impedissem de obter o topo de carreira no fim dela, por questões meramente de poupança administrativa?
E se para lá disso, passemos os primeiros 10 anos profissionais (em que se ganha uma miséria) de vila para vila, desde o Algarve ao Minho, a pagar casa/quarto ou pardideiro em todas as terras e a levar testes para corrigir com os filhos ao colo no fim-de-semana? Com a casa de família para pagar e com a família a 200 quilómetros do local de trabalho?
E se nos obrigassem a estar na escola das 09:00 até às 21 horas em reuniões "imbecis" para preencher papel inútil para efeitos estatísticos que o Ministério devia preencher?
E se no café onde se almoça com pressa (a 3 de Agosto) ouvíssemos dizer que os professores têm 3 meses de férias e a 2 de Setembro estivéssemos na mesma Escola a preparar o ano e ouvíssemos o mesmo no mesmo café?
Não, não sou professor desses desses que fala! Mas o que aqui lhe relato são factos que conheço muito bem!
Não pretendo levantar polémicas mas sim deixar cumprimentos pelo Blog!
Mas o título deste "post" era "uma perguntinha" eu apenas deixo mais algumas !
Saudações bloguísticas:
Rui V.
Rui, isso de que fala é a realidade para quase todos os trabalhadores portugueses, tirando a parte de andar de Herodes para Pilatos no início de carreira (o que é apenas consequência de ser uma profissão tão má, tão sem privilégios, que todos os cromos, com e sem vocação, a escolheram). Diga-me, em que são os professores tão especiais que têm de ser diferentes? E, se são realmente especiais, então vamos, não precisam ter medo da avaliação.
Bem vindo ao Voz em Fuga. E as perguntinhas vão continuar a aparecer enquanto não vir os professores a exigirem ser avaliados para que todos os que como eu olham de fora deixem de suspeitar dos seus motivos para o protesto.
As coisas são bastante mais complicadas do q isso . mas partindo do principio q é apenas isso q está em causa(e não é) teríamos de pensar de outro modo, teríamos de pensar que as bestas não podem ter lugar no ensino. aceitar que as bestas podem continuar a dar aulas desde que ganhem menos, é no meu entender o mesmo que merda . para mim é simples, ou os profs cumprem com o q lhes é exigido ,ou não cumprem . se cumprem, são iguais a todos os outros ,se não cumprem tem de ir pastar cabras para outra freguesia . isto serve para profs para médicos enfermeiros estivadores lavadores de carros, até onde quiseres .
Durante toda uma carreira cumpriu, então deve chegar ao topo não cumpriu com o q lhe foi estipulado, é incompetente e tem de sair.
Assim sim, assim tínhamos uma ministra com tomates, isto a q estamos a assistir é apenas um método de amealhar uns trocos
frogas | | 11.15.08 - 10:11 pm | #
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Errado num ponto: nem todos têm de chegar ao topo da carreira. Esperar que todos lá cheguem é irrealista. Haver uma carreira onde todos chegam é imoral. E como queres tu expulsar as bestas de uma carreira de onde ninguém sai e onde não há uma avaliação que permita distinguir os bestiais das bestas? Já viste algum prof ser despedido depois de estar no quadro (tirando talvez um ou outro caso em que o motivo nunca foi a falta de competência)?
Hipatia | | Email | Homepage | 11.16.08 - 12:40 am | #
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