2007-05-22

Curiosidade


aqui

Muito gostava eu saber o que o outro disse para ser suspenso…

5 comentários:

Miguel Horta disse...

A ver o País todo por um canudo!...

Hipatia disse...

Será?

A impunidade sempre me fez confusão, da mesma forma que os bufos me fazem muita confusão. Mas uma coisa é certa: no privado, dentro do local de trabalho, fosse em gabinete ou em open-space, ninguém tem a veleidade de chamar filho da puta a um superior sem esperar consequências graves.

Filipa Paramés disse...

devia ter dito algo como:

"Se o Sócrates é Engeneheiro, eu sou Professor!" ;)

beijinhos!

Hipatia disse...

Segundo o que disseram nas notícias, parece que chamou filho da puta ao PM. A frase, aliás, teria sido: "Estamos num país de bananas, governado por um filho da puta de um primeiro ministro". Ora, convenhamos, a mãe do senhor nem tem culpa nenhuma e qualquer marmanjo já devia ter aprendido há muito que há coisas que nem se dizem nem se fazem no local de trabalho.

Quanto ao excesso de zelo da "piquena" apaniguada do PM, isso sim parece-me uma anedota. Mas uma coisa eu sei: onde eu trabalho – e não é lugar de nomeação nem sou eu uma ex-deputada da nação – não haveria nunca qualquer possibilidade de um comentário muito menos insultuoso a qualquer pessoa sem processo disciplinar e quase de certeza despedimento.

Nesta treta toda, irritam-me três coisas profundamente. Por um lado, o culto da impunidade que alguns tentam preservar, achando que podem desferir insultos dizendo que não é insulto e sim piada (não sei onde está a parte jocosa daquela frase, tu sabes?); depois, o excesso de zelo, baseado ainda por cima na lógica do bufo à moda antiga; por último, que se empole de tal maneira o assunto que, mais uma vez, a crítica política é que volta a ser anedota. Passo-me por ver que quem está nomeado para cargos públicos/políticos pensa que é mais do que qualquer outro, enquanto pequenos chefes destrambelham perante uma dose minguada de poder. E passo-me acima de tudo ao ver a comunicação social ir toda em filinha fazer do fait-divers mais um grande peido de onde não virá resultado prático nenhum.

Deixo-te o link para a notícia do Correio da Manhã: http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=243517&idselect=10&idCanal=10&p=200

Anónimo disse...

Mais Vozes

Uma qualquer frase com licenciatura e independente?

Circulam tantas anedotas do Sócrates quase como em 1973 circulavam sobre o Tomás e o Marcelo (adaptando-as de Salazar). E esta coincidência é que me assusta.
maria arvore | | Email | Homepage | 05.22.07 - 10:43 pm | #

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Atendendo ao que diziam ainda agora nas notícias, o senhor terá chamado filho da puta a José Sócrates, o que vai muito além da anedota. Ora, por mais que nos seja conveniente pensar que ali há excesso de zelo e que o professor é um coitadinho, eu - que não trabalho em nenhum lugar de nomeação política e muito menos alguma vez me convenci que o meu emprego é "tipo função pública", para toda a vida - penso que há limites para o que se pode dizer e fazer no local de trabalho. E, no privado, ninguém se atreve a insultos desses sem correr os riscos inerentes.

Agora, arrepia-me a questão do bufo. Isso, sim, já me parece "do tempo da outra senhora".
Hipatia | | Email | Homepage | 05.23.07 - 1:48 pm | #

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Hoje já li a notícia que refere isso.

Mas mesmo que o professor tenha dito isso, a impunidade não está instalada neste país desde que o Alberto João Jardim enquanto Presidente do Governo Regional abre a boca e não tem nenhum processo disciplinar nem suspensão por isso?
maria arvore | | Email | Homepage | 05.23.07 - 9:16 pm | #

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Sem dúvida, Maria Árvore. Apenas com uma pequena (grande, enorme) diferença: o AJJ foi eleito (várias vezes) pelo voto democrático; este professor e esta directora, são de nomeação, estão ali para trabalhar e - espera-se - devem respeitar o respectivo local e tempo de trabalho. Intriga-me a treta da conversa de gabinete: não haveria nada a fazer pela edução do Norte, tirando fazer piadas e insultos à conta do PM no horário de expediente? E intriga-me a sanha persecutória, baseada na delação: não haveria mais nada que a directora da DREN pudesse estar a fazer pelo bem da educação do Norte, excepto dar ouvidos a cochichos e levantar processos aos funcionários? E intriga-me esta vontade de aproveitamento político: não haverá mais nada a fazer pelo bem da Nação na A.R., para além de questionar o Governo sobre um processo de um único funcionário público e a sua hierarquia directa?

Tenham dó! Depois ainda se espantam que quem, como eu, não trabalha para o sector público sinta que a anedota, afinal, está bem à frente do nariz e, por acaso, nem tem nada a ver com política e políticos.
Hipatia | | Email | Homepage | 05.23.07 - 9:37 pm | #

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Segundo ouvi o próprio há pouco na TSF, não terá chamado nada à mãe do PM.

Segundo li de manhã no DN terá sido algo do género "agora para mostrar que se é doutorado só por fax", o que a ser verdade é manifestamente pouco.

Algures também li ou ouvi que a denúncia terá sido indirecta. Ou seja, não foi a chefia que ouviu e puniu, mas alguém que fez a queixa.

Em suma, está tudo ainda muito mal esclarecido.
Jorge | | Email | Homepage | 05.23.07 - 11:37 pm | #

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Jorge, pelo que andei a ler, essas afirmações que o dito professor agora admite fazem também parte da conversa. Mas segundo a RTP 1 à hora de almoço e o Correio da Manhã, na conversa estava também a frase "estamos num país de bananas, governado por um filho da puta de um primeiro ministro" e terá sido esta a dar origem ao processo disciplinar.

Agora diz-me uma coisa: onde trabalhas tolera-se que, em lugar de estares a fazer aquilo para que te pagam, te ponhas em conversetas desta natureza? É que começo a achar que só eu é que trabalho num sítio onde há limites e quem os ultrapassa sofre as consequências.
Hipatia | | Email | Homepage | 05.23.07 - 11:55 pm | #

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Bom, chamar nomes ao nosso administrador e criticar as suas opções quase todos o fazemos, incluindo a minha superior hierárquica. Sem que isso diminua a nossa produtividade, claro.
Jorge | | Email | Homepage | 05.24.07 - 7:38 am | #

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Mas suponho que saibas que há ali um risco quando o fazes, até porque na maioria dos empregos não basta sê-lo; há que parecê-lo. Ou nunca conheceste ninguém que se tenha dado mal por ter falado demais de ou sobre a empresa e/ou as hierarquias?
Hipatia | | Email | Homepage | 05.24.07 - 8:29 pm | #

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Por acaso não conheço, não... Questões de incompetência, de outro tipo de problemas já. Agora por críticas hierárquicas nunca soube de nenhum caso...
Jorge | | Email | Homepage | 05.24.07 - 11:23 pm | #

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Pois eu conheci. E nem sequer compensava a piadinha brejeira com qualidades profissionais, pelo que até foi bom que tivesse apanhado com um processo.

A verdade é que acho mesmo que muita coisa vai mal se não se cultiva um certo rigor e respeito pelo local de trabalho. O fulano não estava no café; estava no posto de trabalho e até ele admite que fazia piadas.

E no entanto já quase me sinto um ser de outro planeta ao ver como todos querem desculpar o acto do professor, atacando apenas pelo lado do excesso de zelo da directora. Então e a falta de zelo do professor? Ou não queremos um País onde haja zelo nos postos de trabalho?
Hipatia | | Email | Homepage | 05.24.07 - 11:34 pm | #

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Provavelmente qualquer barbaridade do tipo das minhas só que no local errado
frogas | | 06.02.07 - 3:57 am | #