2008-11-09

k7


aqui

Quando os professores se livrarem do gajo do bigodinho e da sua cassete riscada, eu talvez lhes volte a prestar atenção. E a dar alguma credibilidade às suas reivindicações.

3 comentários:

I. disse...

Ah, também viste o jornal da sic, foi :D
Já agora, conseguiste perceber alguma coisa do que o fulano disse? Eu desisti com aquela do haver um compromisso de a avaliação não ser aplicada no ano passado e não se ter acordado que ela ia ser aplicada este ano. WTF????

Hipatia disse...

É isso mesmo: nos acordos assinados só valem enquanto dão jeito a uma das partes. WTF!

Anónimo disse...

Ainda hoje gosto daquela anedota do soldado que reclamava com o batalhão por este não marchar no mesmo sentido que ele .

Pessoalmente acho que um bigodinho pequenino ficava bem era a uma certa senhora, tornava-lhe a imagem mais próxima da sua maneira de ser
frogas | | 11.09.08 - 10:17 pm | #

--------------------------------------------------------------------------------

As cassetes são argumentos do tempo em que o tugas ainda usavam bigode não são?
peugas , peugas cd .sempre dava um ar mais moderno á já gasta historia da cassete
frogas | | 11.09.08 - 10:27 pm | #

--------------------------------------------------------------------------------

O gajo pode ter um bigodinho e o mesmo disco riscado mas acredito que 70% dos 120 manifestantes não são da FENPROF e nem tem bigodinho que havia lá resmas de gajas. Como se costuma fazer não é uma andorinha que faz a primavera. O que estranho é que o primeiro e a Marilú queiram continuar orgulhosamente sós.
maria arvore | | Email | Homepage | 11.09.08 - 11:49 pm | #

--------------------------------------------------------------------------------

Já dei para o peditório dos profs há meses. E os profs sentaram-se com o Ministério e assinaram um acordo nessa altura. Por isso, não entendo porque é que o acordo que foi assinado por todos deixou agora de valer; não entendo porque não são apresentadas alternativas à avaliação que existe já que, quando olho, parece apenas que os professores que tanto dizem que querem ser avaliados, no fundo não admitem a avaliação; e não admito facilmente a instrumentalização da classe para benefício de uns poucos. E o facto da classe sair à rua para defender a classe é isso apenas: uma classe. E temo sinceramente que muitos dos outros portugueses olhem para essa classe que sai à rua e não respeita acordos e não quer ser avaliada – porque se o quisesse verdadeiramente já havia um modelo alternativo e eficiente a ser usado em lugar do do Ministério – sem lhes prestar atenção. E apesar dos profs e por mais usados e abusados que sejam os profs pelos interesses políticos do gajo do bigodinho e de quem manda nele, no fim não vai servir de nada e o Sócrates vai ganhar outra vez as eleições e os profs vão acabar com a avaliação. Porque urge que sejam avaliados; porque é preciso separar o trigo do joio de entre todos os que andam pelas escolas a “praticar” a ensino.

E, Maria Árvore, se qualquer um de nós continuasse a ganhar o mesmo e se fosse promovido sem prestar qualquer prova e chegasse ao topo da carreira fosse bom ou uma besta, porque iria aceitar calmamente que as coisas mudassem? O resto da função pública tem um sistema de avaliação bem pior do que o dos profs. Vamos propor que os profs, já que não querem este, sejam avaliados pelo outro? Afinal, são funcionários públicos, pagos com os meus impostos e não admito que não se apresentem a provas e eu saiba os resultados do que ando a sustentar. Nesta, o Sócrates leva o meu voto. E a Ministra também.
Hipatia | | Email | Homepage | 11.10.08 - 8:09 am | #

--------------------------------------------------------------------------------

Parece-me normal em qualquer sector que os que são realmente bons não gostem de ser equiparados aos que nada fazem, parece-me normal que quem tem brio na sua profissão não goste de ver toda uma classe a ser enxovalhada pela falta de profissionalismo de alguns .
O estranho neste caso é que toda uma classe repudia o sistema, neste caso os bons não querem ser reconhecidos como tal ,e os que cumprem não se incomodam com o facto de poderem ser confundidos com quem não merece o salário que ganha

Eu pessoalmente não gostaria de ser equiparado a algumas pessoas que trabalham no meu sector de actividade, mas tenho a certeza que me incomodaria bastante mais ser avaliado por alguém a quem não reconhecesse capacidade para o fazer .

Pensar que 75% dos professores saem para a rua coma intenção única de defender um tacho é do meu ponto de vista errado, pensar que 75% dessa mesma gente pensa que o sistema os vai prejudicar porque sentem que não merecem atingir o topo é estranho.

A táctica do dividir para reinar é anterior ao império romano e sempre resultou ás mil maravilhas por todos os cantos do mundo e em todas as épocas . Aqui o insólito é que resultou ao contrario . serão os profs tugas os gajos mais solidários do mundo laboral? será que não gostam de se distinguir pelo mérito? Talvez seja possível, mas para minha tranquilidade prefiro acreditar que o sistema em vigor é efectivamente muitíssimo mau
frogas | | 11.10.08 - 10:21 pm | #

--------------------------------------------------------------------------------

O objectivo desta gente é que não haja avaliação. Ponto. Já pensei que talvez a quisessem, mas apelarem a auto-avaliação e avaliação sem notas é o mesmo que quererem avaliação nenhuma. Depois, não querem que seja gente de fora a avaliá-los, porque essa gente não conhece a realidade da docência; mas também não admitem a avaliação inter-pares nas escolas porque, pelos vistos, os mesmos gajos que servem para avaliar a fedelhada já são uns incompetentes quando se trata de avaliação mútua. E depois ainda há aquela coisa de agora não se poderem reformar quando querem, coitadinhos. É que está bem que o resto do povinho continue na labuta até aos 65 anos para lhes pagar as reformas, mas eles – tão esforçados! – não podem trabalhar tantos anos. E finalmente há aquela coisinha chamada acordo e que foi assinada. E a outra coisa que é continuarem sem propor uma avaliação alternativa. E mais a coisinha de serem funcionários públicos e não estarem sujeitos a avaliação igual aos outros. Experimentem só tirar-lhe parte dos privilégios da ADSE e são logo funcionários públicos. Tentem avaliá-los e que não, são diferentes, precisam de regras diferentes. Sim, é uma classe na rua. E sim, uma classe pode estar errada, quando trata de defender os seus privilégios. Tivessem eles armas e já estavam a fazer como os militares, que é mais do mesmo, e tratam de defender privilégios corporativos. Não estou com estes professores, nem com os gajos que se aproveitam dos professores. Acredito que, não houvesse gajo do bigodinho e outros que tais a meter o bedelho e talvez já tivesse surgido uma contra-proposta com cabimento por parte dos professores. E, já agora, alguma vez foste ler os tais parâmetros de avaliação que são tão contestados? Eu já. Sugiro-te a mesma leitura, mas sem um prof qualquer ressabiado a pingar bitaites sobre o assunto. Não vejo qual é o mal em qualquer uma das tais fichas de avaliação que são obrigados a preencher (ainda que pudessem ser melhores), nem qual é o mal de, por uma vez, nem todos poderem ser muito bons, coisa que todos sabemos que é mentira. Que a avaliação esteja a ser subvertida nas escolas porque assim interessa, já é outra conversa. Que haja políticos a ajudar à festa, também é evidente. Mas que continuem sem ser avaliados é inconcebível.
Hipatia | | Email | Homepage | 11.10.08 - 11:02 pm | #