2010-02-23

Erros de cálculo


aqui

Mas quem é que se lembrou de construir uma cidade numa zona sísmica? Quando acontecer outro - que vai acontecer! - vamos ter de arranjar um culpado para os erros do planeamento urbanístico. Será que o Pombal serve? Afinal, reconstruiu Lisboa no mesmo sítio.

6 comentários:

Anónimo disse...

Quando D. Afonso Henriques conquistou lisboa, esta já era uma cidade, e não consta que os mouros tivessem grandes aparelhos para detectar zonas sísmicas, né? :|

I. disse...

Se tudo correr bem, antes do tal sismo que nos andam a prometer há séculos, já eu vivo em Campo de Ourique.

(piada lisboeta: o maremoto, em 1755, passou rés-vés Campo d'Ourique. daí a expressão ;P)

Professor disse...

Pois tem muita razão. Mas o facto de, por esse mundo fora, haver tantas cidades erguidas em zonas sísmicas e até na base de vulcões, só tem uma explicação: o Homo sapiens continua a ser o mesmo arrogante energúmeno que, como dizem os livros sagrados, deve dominar a Natureza, quando, o mais inteligente, seria viver conforme a Natureza. Sim, pois, tem muita razão não teríamos evoluído tanto, mas se calhar éramos bem mais felizes!
Saudações.

Hipatia disse...

Não, não tinham, Paulo. Da mesma forma que nem Pompeia ou Herculano impediram que nascesse Nápoles. A questão é que, quando acontece uma tragédia, há sempre um discurso simplista de atribuição de culpas. E nunca nada é assim tão simples. Nem sequer culpar os mouros, o Afonso Henriques, o Pombal ou o AJJ.

Hipatia disse...

Ah! Então Campo d’ Ourique deve ser um belíssimo exemplo de planeamento urbanístico. É?

(tens de me dizer alguma coisa conhecida que lá fique ou então eu é que fico na mesma; já ouvi falar, mas não tenho a menor noção de onde é ou como é só pelo nome)

Hipatia disse...

Concordo em absoluto, Professor: desde que o homem é homem que faz umas escolhas um bocado ao lado do conveniente para a Natureza, exigindo que esta de acomode a ele e não o contrário. Mas as catástrofes naturais não são um bom exemplo, para lá de toda a tragédia associada, de como a Natureza acaba a obrigar esse mesmo homem a assumir o seu papel de parte e não de dono do espaço que o rodeia? Só que a responsabilidade e as consequências não se podem a resumir a meia dúzia (ou a um) culpados, por mais que esses até se ponham a jeito para levar com todas as culpas.