2010-03-05

Das renúncias

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Primeiro vieram pelos comunistas e eu não protestei, porque não era comunista;
Depois vieram pelos sindicalistas e eu não protestei, porque não era sindicalista;
Então eles vieram pelos judeus e eu não protestei, porque não era judeu;
Por fim vieram atrás de mim e já não havia ninguém para falar por mim.

Martin Niemöller



E um dia quem virá por nós, se continuarmos a conceder que outros percam parte dos seus direitos? É por isso que me faz muita espécie qualquer desvio ao óbvio, com pequenos contornos aos direitos de cada um em nome de uma suposta maioria e um ainda mais suposto interesse público. Demitirmo-nos hoje de protestar é abrir uma brecha na cidadania e nas suas garantias, já que não basta apenas estender uma mão pedinte. Há que saber que é preciso cumprir com deveres em igual medida. Um deles é tão velhinho que até nos esquecemos dele: não faças a outros o que não queres que façam contigo; e não deixes de fazer pelos outros o que gostarias que fizessem por ti.

2 comentários:

Anónimo disse...

Se estás a falar da greve de ontem, como economista e empresário que sua as estopinhas para poder pagar todos os meses aos meus colaboradores, não concordo: emtermos salariais, a função pública é o sector menos prejudicado. Se estás a falar da perda de direitos em geral dos cidadãos (supostamente apregoados constitucionalmente e nos direitos universais do Homem), nunca me vi tão devassado, tão minguado deles!

Hipatia disse...

Nem uma coisa nem outra: estava a pensar no caso da devassa da vida do blogger "O Jumento" e do miúdo que se atirou ao Tua porque ninguém quis ver.