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She looks like the real thing
She tastes like the real thing
My fake plastic love.
She tastes like the real thing
My fake plastic love.
Gela-se a alma enquanto lá fora chove ainda e faz frio, nesta Primavera que não desgruda o Inverno que não se vai e nas montras das lojas, mulheres perfeitas e plásticas, anunciam as roupas da estação nova que ninguém pode vestir.
Gelam-se os abraços frios de mulheres perfeitas, plásticas, de braços sempre abertos e disponíveis para o figurino que a moda quer vestir e em números deprimentes onde só mulheres perfeitas, plásticas, teimam em caber, com sorrisos estáticos e mãos sempre abertas, mas que nessas mulheres perfeitas, plásticas, são apenas mãos sem rasto, sem traço de vida.
Gela-se o interesse das vidas que passam pela montra e olham só o preço das roupas penduradas em mulheres perfeitas, plásticas, ou então já nem chegam sequer a olhar para os braços apenas abertos cheios de coisa nenhuma de manequim de montra sem vida, plástico, perfeito, carregando as roupas novas, deprimentemente decotadas e curtas, da estação que não chega para quem passa vivendo, longe das montras carregadas de perfeição a ganhar pó.
Gela-se…
Gelam-se os abraços frios de mulheres perfeitas, plásticas, de braços sempre abertos e disponíveis para o figurino que a moda quer vestir e em números deprimentes onde só mulheres perfeitas, plásticas, teimam em caber, com sorrisos estáticos e mãos sempre abertas, mas que nessas mulheres perfeitas, plásticas, são apenas mãos sem rasto, sem traço de vida.
Gela-se o interesse das vidas que passam pela montra e olham só o preço das roupas penduradas em mulheres perfeitas, plásticas, ou então já nem chegam sequer a olhar para os braços apenas abertos cheios de coisa nenhuma de manequim de montra sem vida, plástico, perfeito, carregando as roupas novas, deprimentemente decotadas e curtas, da estação que não chega para quem passa vivendo, longe das montras carregadas de perfeição a ganhar pó.
Gela-se…
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(toma lá, Tozé)
12 comentários:
seja plástico a vida de plástico que impavidamente complacentes contemplamos na montra das mulheres que de braços abertos nos mostram o plástico incorpóreo da triste vidinha que lamentamos.
viva o vidro
e viva tu
A perfeição normalmente fica a criar pó; é um facto da vida, Hipatia.
Porque a perfeição não existe e só os tolos a perseguem.
;-)
Obrigado Hipatia.
Um excelente texto com banda sonora e tudo, olaré :)))
Beijo
«longe das monstras(???) carregadas de perfeição a ganhar pó.» não fica mal, mas é intencional?
;)
Viva o vidro, pois! E todo o material reclicado ;-)
Beijos, Miquinhas
Obviamente que todos devemos tentar ser sempre melhores e isso faz parte do crescimento natural de qualquer personalidade normal. Mas a perfeição é como o Príncipe Encantado: faz parte das fábulas e, muitas vezes, parte das patranhas com que alguns gostam de se iludir :)
Tarde e a más horas mas cheio de boa vontade, Tozé :)
E que faço às outras imagens?
:*
Era montras e não monstras mesmo, tal como suspeitaste Francisco, ainda que esta versão também não estivesse lá muito mal. Foi assim uma espécie de "lapsus teclas". Vou corrigir. Obrigada :)
Eu "gelo" de raiva cada vez que preciso de comprar roupa - cada vez mais pequena, mais cara, mais "à moda"...
Também é verdade que há pessoas que só lutam para serem modelos a expor em montras... e mais não consigo dizer - vou dormir!
Bom fim-de-semana. :)
Há muito que desisti de encontrar da maioria das lojas uma camisa que possa usar. As calças parece nunca haver problema, mas as camisas são para esquecer: recuso-me a usar coisas em que um simples espirro possa transformar um botão numa arma assassina :(
E, sim, há por ai muita coisa oca e plastificada. Mas como já são umas ricas horas e já nem vejo bem as teclas (o que não terá só a ver com as horas, lol) vou também dormir e deixo-te o meu desejo de bom fim-de-semana :)
As outras imagens ficam ao teu critério, quiça... novos textos :)))
A ver se sai alguma coisa mais, então :)
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