Se é! Mesmo nos chamados "países ocidentais" e as suas leis ou intenções de paridade. Sabias que Portugal é o 4º País da UE em que há maior fosso entre os ordenados de mulheres e homens? E que continuam a não renovar contratos (ou mesmo a arranjar formar para os terminar) a mulheres que engravidam? E que diariamente são surradas quase até à morte várias mulheres que continuam vítimas silenciosas? E que, por esse mundo fora, as mulheres são apenas parideiras e burras de carga, sem voz para mais nada? Deve ser por isso que apenas levanto uma sobrancelha quando vejo uma qualquer mulher a desdenhar deste dia, de barriga bem cheia e bolsos fartos, sem se lembrar que porque ela acha que este dia é da desigualdade só por existir a realidade feminina acaba muito para além de um umbigo ocidental e mesmo nesse tem dias.
Infelizmente, conheço de perto situações que me provam que há ainda muito para fazer. Recentemente, duas amigas foram vítimas de violência doméstica. Uma resolveu de imediato a situação, mas no hospital teve que deixar uma quantia próxima - ou a exceder os 100 euros; a outra, como está sob ameaça, só há muito pouco tempo, decidiu fazer queixa. São pessoas na casa dos 30, com formação superior, assim como um dos companheiros,a prova de que nada decorre do maior ou menor grau de instrução. Desde pequena, vi as mulheres ganharem menos do que os homens por um dia de trabalho no campo. Ainda assim é. Para não falar de tantas mulheres que continuam a ter dois empregos: aquele que é remunerado e o de casa, em que são escravas dos maridos, que não têm um pouco de vergonha na cara ou aos quais as mães deram mimo a mais e sempre trataram como príncipes. Aliás são muitas vezes essas mães que mais condenam as mulheres que procuram fazer com os filhos o trabalho que elas não fizeram.Desses conheço exemplos de sobra.
E o pior, Deep, é que são muitas vezes as mulheres as culpadas, especialmente essas mãezinhas (espero que a forma já se esteja a partir) que apenas sabem educar os filhos para inúteis no que diz respeito à partilha de trabalho e encargos com a casa e a educação dos filhos.
10 comentários:
... e como é ainda preciso!
Feliz dia para ti. :)
Se é! Mesmo nos chamados "países ocidentais" e as suas leis ou intenções de paridade. Sabias que Portugal é o 4º País da UE em que há maior fosso entre os ordenados de mulheres e homens? E que continuam a não renovar contratos (ou mesmo a arranjar formar para os terminar) a mulheres que engravidam? E que diariamente são surradas quase até à morte várias mulheres que continuam vítimas silenciosas? E que, por esse mundo fora, as mulheres são apenas parideiras e burras de carga, sem voz para mais nada? Deve ser por isso que apenas levanto uma sobrancelha quando vejo uma qualquer mulher a desdenhar deste dia, de barriga bem cheia e bolsos fartos, sem se lembrar que porque ela acha que este dia é da desigualdade só por existir a realidade feminina acaba muito para além de um umbigo ocidental e mesmo nesse tem dias.
Infelizmente, conheço de perto situações que me provam que há ainda muito para fazer. Recentemente, duas amigas foram vítimas de violência doméstica. Uma resolveu de imediato a situação, mas no hospital teve que deixar uma quantia próxima - ou a exceder os 100 euros; a outra, como está sob ameaça, só há muito pouco tempo, decidiu fazer queixa. São pessoas na casa dos 30, com formação superior, assim como um dos companheiros,a prova de que nada decorre do maior ou menor grau de instrução.
Desde pequena, vi as mulheres ganharem menos do que os homens por um dia de trabalho no campo. Ainda assim é.
Para não falar de tantas mulheres que continuam a ter dois empregos: aquele que é remunerado e o de casa, em que são escravas dos maridos, que não têm um pouco de vergonha na cara ou aos quais as mães deram mimo a mais e sempre trataram como príncipes. Aliás são muitas vezes essas mães que mais condenam as mulheres que procuram fazer com os filhos o trabalho que elas não fizeram.Desses conheço exemplos de sobra.
e mesmo qdo não for :)
há q lembrar a luta iniciada nos anos 60 e as hoje malfadadas feministas :)
Infelizmente ainda é preciso tantas são as coisas em que não há igualdade de género. Nem em Portugal nem no resto do mundo.
Ainda é, ainda é. Sonho com o dia em que o 8 de Março passe a significar apenas luta pelos direitos cívicos. Porque é disso que se trata, certo?
;*
E o pior, Deep, é que são muitas vezes as mulheres as culpadas, especialmente essas mãezinhas (espero que a forma já se esteja a partir) que apenas sabem educar os filhos para inúteis no que diz respeito à partilha de trabalho e encargos com a casa e a educação dos filhos.
Quando não for, então todos os dias vão ser, realmente, de paridade e igualdade, Vague. Só não vejo é esse dia a acontecer tão cedo :(
Em lado nenhum, tirando talvez a tribo Mosuo, na China, Maria Árvore :)
No mundo dito ocidental, direitos cívicos sim, I. Em muitas outras partes do mundo, direitos humanos fundamentais.
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