2009-12-16

E depois há este

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"Matrimonium inter duas personas, quarum altera sit baptizata in Ecclesia catholica vel in eandem recepta, et altera non baptizata, invalidum est".



Cheira-me que o calhau que agora senta o cu na cadeira daquele a quem um dia chamaram pedra se arrisca a ficar sem fregueses tolerantes, remetendo a passo e passo a beleza do religare para a máfia do culto.

5 comentários:

I. disse...

Eu acho bem. Sócio só casa com sócio, e mai nada. :D

(disseram-me que não sócio também não pode ser padrinho de futuro sócio, o que acho bem. só recomenda sócio quem já é sócio, né? e assim fico com uma fantástica desculpa para não aceitar ser madrinha de ninguém. não que alguma vez me tenham convidado, mas nunca fiando)

I. disse...

Declaração de interesses: lá em casa somos uma não sócia, um sócio com as quotas em atraso (e a pensar em entregar o cartão, sou tão má influência, eu) e a gatinha está-se borrifando.

Hipatia disse...

Altera a pentelhice e deixa tudo ainda pior. E continua a cavar fossos. E é ai que esta o mal, quanto a mim, nem que seja por uma questão de princípio: a Igreja do Cristo fez-se de inclusão; a actual ICAR faz-se do oposto, como uma qualquer seita, ou clube de futebol, onde só vale se estiverem as quotas em dia. E é por isso que, no século passado – que apeou os deuses – e neste que continua sem lhes encontrar valia, as seitas proliferam e a ideia de reunir sub sino uma comunidade abrangente e tolerante é estilhaçada pelas regras que não se cumprem, que não se querem cumprir, excepto por aqueles que olham para as imposições como leis cegas a serem fanaticamente cumpridas. Vai daí, quem nunca lhes foi na música, nunca será sócio. E os sócios continuarão a entregar os seus cartõezinhos. Assim como assim, um qualquer culto evangélico ou mania new age sempre parecem mais divertidos e com mais fogo de artifício.

I. disse...

Mas é assim mesmo que eu vejo a ICAR: um clube muito restrito, e daqueles onde já ninguém quer entrar.
Mas isso não tira razão ao homem: o matrimónio (não confundir com casamento, que este é civil e igreja não racha lenha) é um dos sacramentos, e só deve ser dado a quem professe a fé. Mas, e aqui fica o grande mas, deviam era tentar atrair pessoas para o seu seio tendo uma atitude mais inclusiva, e essa atitude inclusiva devia ser a montante, o que não sucede.
O homem está pior que a porteira do Frágil de outrora, é o que é.

Hipatia disse...

Parece que o Conselho de Ministros lá aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas ainda tem de ir ao Parlamento. Quanto apostas que, daqui até meio de Janeiro, lá aparecerão uns quantos papa-hóstia a pregar contra o casamento que não quer ser matrimónio?