2011-12-31
2011-12-24
2011-12-19
Rais'parta!
Sabem aqueles pneusinhos que me custaram os olhos da cara há um par de semanas? Hoje furei um :(
2011-12-14
O Pai Natal esqueceu-se da bateria...
2011-12-13
Meus queridos
Há na minha memória beijos embrulhados em abraços, que são os mais vivos que encontro nos meus arquivos de carinho. Beijos especiais que, assim enovelados no amplexo de braços queridos, plantaram sempre aconchego e calor de ninho. Foram sempre beijos de "chegada a casa". Beijos completos pela proximidade de corpos prontos para se darem por inteiro. Beijos que ainda sinto, com a saudade com que recordamos a completude. E é em alturas como estas do ano, com o frio a fazer-me eremita no calor da casa e por entre as luzes, os cheiros e os sons que nos anunciam o Natal, que mais saudades tenho de alguns abraços, alguns beijos, algumas distantes e perdidas "chegadas a casa". Vou então aos arquivos da memória, sabendo-os lá, porque meus, porque nunca esquecidos; e fico mais quente assim, eu aqui, a olhar a chuva, a enroscar-me no meu ninho com os meus fantasmas por companhia.
2011-12-08
2011-12-07
If you haven't got a penny
Christmas is coming,
The geese are getting fat,
Please put a penny
In the old man's hat.
If you haven't got a penny,
A ha'penny will do,
If you haven't got a ha'penny,
Then God bless you.
2011-12-05
Carta ao Pai Natal
2011-11-25
2011-11-24
2011-11-22
Outro Emmy para uma novela portuguesa
2011-11-19
2011-11-17
2011-11-16
2011-11-15
Calimera
2011-11-09
2011-11-08
Em casa onde não há pão...
Jean Monnet
2011-11-07
2011-11-03
Zé Povinha
2011-11-02
2011-10-31
"Okupa" qualquer coisa
2011-10-30
Social-Democracia
Três décadas depois, estando o homem há muito convertido em mito, não deixa ainda assim de ser evidente o longe que estamos dos tempos e dos valores fundadores. Ninguém sabe o que se teria passado se tivesse tido mais do que os magros 11 meses em que esteve à frente do Governo; ou sequer o que teria acontecido após a derrota do seu candidato à Presidência da República. Mas isso pouco importa quando se trata de mitos e pais fundadores. Só seria de esperar hoje que tantos que se reclamam seus herdeiros dignificassem a figura com atitudes menos patéticas e projectos menos vazios e decisões virulentamente anti-sociais. Sá Carneiro terá sido muita coisa. Mas nunca foi pateta. Nem vazio. Muito menos um liberal sem memória de onde, por entre ideias vagas e retóricas, se fundamentou sempre a social-democracia.
2011-10-26
2011-10-25
Ah!
Blown away, blown away and waiting
Blown away and waiting on a fair wind
Sweeping through my window
Will you move me like you did once more?
Blown away, I'm blown away
Feeling everything, with you
Blown away, blown away and waiting
Blown away and waiting on...
I'm blown away, yet you're always with me still
You can say what you will now, but it's wrong
Is the love I give just a trinket to you?
Kept with all your playthings, and dreams that were new
Somewhere in a dream life that never comes true
If we can't dream it up again then what do we do?
2011-10-19
hmm...
2011-10-11
Coisas que não percebo
Mas é que não percebo mesmo! Não bastava arranjarem um mecanismo tipo o que se aplica às garantias - deixa de correr o tempo enquanto está em reparação o objecto garantido - e aplicá-lo às prescrições? Assim, cada vez que um advogado manhoso tentasse fazer dos recursos supérfluos os melhores amigos da defesa, o tempo para a prescrição estava parado até ao fim do ou dos ditos recursos. No fim do passo de lesma que é a justiça portuguesa, continuávamos a ter uma condenação ou uma absolvição, em lugar de crimes prescritos de que já ninguém pode ser culpado. Era, não era? E ficávamos todos contentes - menos os mafiosos e os caloteiros e alguns advogados habituados a engonhar - garantindo-se uma justiça com direito a recursos, mas sem os filmes do costume.
2011-10-10
2011-10-07
Ah e tal, a República, bla, bla, bla...
2011-10-06
Steve Jobs
2011-10-02
Grande Peter Murphy!
2011-09-30
Le bouc émissaire
2011-09-29
O pessoal até acredita e tudo!
2011-09-23
Pegada
Uma por uma as coisas que adorei
Talvez que a minha vida regressasse
Vencida pelo amor com que a lembrei.
Sophia de Mello Breyner
Se uma vida for passada num total isolamento, se não houver quem lhe tenha visto os pormenores, os bons e os maus, se nada sobrar na memória dos outros, então essa vida foi esgotada, apagada e nada sobra depois.
Into the mercy seat I climb
2011-09-22
Até sempre, Mestre
2011-09-21
Waltz # 2 - XO
I'm here today, expect it to stay on, and on, and on
I'm tired, I'm tired
Looking out on the substitute scene
Still going strong
XO Mom
It's OK, it's alright, nothing's wrong
Tell Mr. Man with impossible plans
To just leave me alone
In the place where I make no mistakes
In the place where I have what it takes
2011-09-19
2011-09-18
Mais do mesmo
2011-09-15
Quebranto
2011-09-13
E a dar um passo em frente, não?
2011-09-09
2011-09-08
2011-09-01
BSO
2011-08-31
2011-08-26
2011-08-24
2011-08-22
Derrocada
2011-08-21
Os bigodes estão tão demodé!
Paulo Rodrigues, ASPP/PSP
Mário Nogueira, FENPROF
2011-08-17
Crise
Quando estava a escrever a minha tese, pensei que seria a sustentabilidade a dar um impulso em direcção ao futuro, que a ideia de um bem global e comum talvez desmantelasse pouco a pouco os velhos conflitos e as velhas lógicas do lucro, deitando fora os velhos conceitos operativo-ideológicos e começando tudo de novo. Olhando hoje para trás, não sei se ainda acredito. Sei que as ideologias estão velhas e gastas. Que o capitalismo sem açaimos teima em provar Marx correcto, engalanando as suas deficiências e os genes da sua auto-destruição. Mas também sei que ninguém parece saber como ou sequer querer livrar-se das velhas formas de fazer. E a crise vai longa e dura, prometendo piorar; e as mudanças são assustadoramente lentas, deixando que, nos intervalos dessa lentidão, todas as catástrofes sejam possíveis por entre os estertores do velho sistema, gasto e falido. Já só parece sobrar sobreviver e esperar que do caos de hoje saiam as ideias novas para reconstruir um mundo que se prove mais sustentável, mas também mais solidário e, se possível, sem as derrapagens ideológicas para os velhos "ismos" do costume (nacionalismo, fundamentalismo, racismo...) e as suas prováveis e mais do que evidentes consequências nefastas. É que tem sido nos períodos de crise mais exacerbada que têm surgido os piores "gaiteiros de Hamelin".
2011-08-16
2011-08-13
2011-08-12
Este ano o Inverno ainda vai ser mais frio
Fonte
2011-08-09
2011-08-08
Tantos que não chegaram a Lampedusa
J'assume les raisons qui nous poussent de changer tout,
2011-08-06
Hiroshima
2011-07-16
2011-07-13
2011-07-12
2011-07-10
2011-07-08
Está mal!
The phone-hacking scandal
2011-07-07
2011-07-06
2011-07-05
Nobre nome para fraco político
2011-07-04
2011-07-01
E agora para algo que não interessa a ninguém
2011-06-30
Pronto!
Ai a minha vida!
2011-06-28
Dias assim...
Coisas assim...
2011-06-26
Canções para a crise
Oh, it's a mystery to me
We have a greed with which we have agreed
And you think you have to want more than you need
Until you have it all you won't be free
Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
When you want more than you have
You think you need...
And when you think more than you want
Your thoughts begin to bleed
I think I need to find a bigger place
Because when you have more than you think
You need more space
Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...
There's those thinking, more-or-less, less is more
But if less is more, how you keeping score?
Means for every point you make, your level drops
Kinda like you're starting from the top
You can't do that...
Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...
Society, have mercy on me
Hope you're not angry if I disagree...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...
2011-06-17
Rotina
Dusanka Badovinac - Dispair
2011-06-13
Sinta quem lê
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
2011-06-09
2011-06-01
2011-05-31
2011-05-27
Vale tudo?
2011-05-26
Pudesse eu
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!
Sophia de Mello Breyner Andresen – Pudesse Eu
2011-05-25
2011-05-24
Esta não é para a crise; é para a alma
[Coat of black, coat of black]
[Weary waiting, weary waiting]
I turn out the light,
We kiss goodnight.
And weary waiting,
Weary waiting to come closer,
Closer to where we belong.
Outside, the city children brandish,
Sharp, their knives - sharpen knives,
And come closer,
Closer to where we belong.
If I'll be weak,
Then you'll be strong.
When the night is long.
Trust all the years you'll wait to find,
This man, who's loved you your whole life,
So come closer,
Closer to where we belong.
Just close your eyes,
Let those foxes fight.
The children of this city sharp their knives [come closer],
Closer to where we belong.
And if I be weak,
Won't you be strong?
When the night is long.
If I'll be weak,
Chomreedhoo, chomreedhoo*.
When the night is long.
Close your eyes,
Let the foxes fight.
Close your eyes,
Come closer to where we belong.
Where we belong,
When the night is long.
When the night is long.
[*Manx Gaelic for 'coat of black']
Obrigada, miga!
2011-05-23
Bolas!
Estou há três semanas fechada em casa a trepar pelas paredes, com o pé esquerdo e o joelho direito às costas à conta de um fdp de um paralelo solto que me fez voar e aterrar muito mal sobre os pedantes. Amanhã sei se o futuro é mais uma semana de molho ou se posso começar a bulir, que tenho a vida demasiado estacionada. E não é que foi exactamente hoje que me ofereceram bilhete para "The National" logo à noite? De graça? E nem é pelos "The National", que já vi mais do que uma vez, mas antes por estes curiosos e deliciosos "Dark Dark Dark", que adorava ver. Não, não vou. Só a ideia de tentar chegar ao Coliseu galgando Passos Manuel me deixa doente. É saber como é o Coliseu. É saber que não me aguento nas pernas o suficiente. E é, sobretudo, ficar mais um dia fechada em casa, a trepar pelas paredes, sem ver os "Dark Dark Dark" e a dizer mal da vida. E do joelho. Sim, que agora é quase só o joelho, o tal que afinal não é preciso operar mas que, mesmo assim, não aguenta comigo, nem deixa de doer e me faz prisioneira a espumar de raiva, sabendo que não consegue subir (nem descer) Passos Manuel, muito menos chegar à tribuna do Coliseu e aguentar umas horitas em posição tolhida, na véspera de ir saber o destino final ao senhor ortopedista. E estou raivosa. Muito. Muito muito muito!
2011-05-20
Filhos e enteados
Público
Da crise
Quase quatro décadas de democracia e os tecnocratas da treta saíram dos cueiros e os ex-fedelhos da vida fácil puseram-se à frente deste naufrágio anunciado. As eleições agora são espectáculo; as guerrilhas políticas fedem; o debate não vai trazer nada de novo e vai ser ganho pelo melhor artista. O povinho continuará fodido e a pagar a factura como de costume. E eu, rais’ma’parta!, vou outra vez ao voto útil. Siga!
Canções para a crise
Just travelling on a bus
From a friend's house,
And all these people are looking at me.
They're gazing out windows,
In any English country gardens.
But as gazes meet,
Vacancy shows on screen.
But I feel inside
The latent hysteria:
"Why is she looking at me?"
And as I drift from one to one I can see
They're all like me.
They've all got frightened eyes
Saying what they're thinking,
What they are doing tonight.
They've all got frightened eyes,
Saying, "Leave me alone,
I'm perfectly safe here inside.
Please don't surprise me."
Expressionless.
Everyone here loves cheap wine--
We all know good taste,
We just get too busy trying to find
The right games to play.
Impatient, aren't we all?
Watching the time trip by.
And all these people are looking at me.
They're gazing out windows.
They're burning up in there.
And as I drift from one to one I can see
They're all like me.
They've all got frightened eyes
Saying what they're thinking,
What they are doing tonight.
They've all got frightened eyes,
Saying, "Leave me alone,
I'm perfectly safe here inside.
Please don't surprise me.
2011-05-19
Canções para a crise
E como tudo o que é coisa que promete
A gente vê como uma chiclete
Que se prova, mastiga e deita fora, sem demora
Como esta música é produto acabado
Da sociedade de consumo imediato
Como tudo o que se promete nesta vida, chiclete
Chiclete, aua aua aua aua aua ah!
aua aua aua aua aua ah! (chiclete)
E nesta altura e com muita inquietação
Faço um reparo e quero abrir uma excepção
Um casse-tete nunca será não, chiclete
Pra que tudo continue sem parar
Fundamental levar a vida a dançar
Nesta vida que tanto promete, chiclete
Chiclete, aua aua aua aua aua ah!
aua aua aua aua aua ah! (chiclete)
E como tudo o que é coisa que promete
A gente vê como uma chiclete
Que se prova, mastiga e deita fora, sem demora
Como esta música é produto acabado
Da sociedade de consumo imediato
Como tudo o que se promete nesta vida, chiclete
Chiclete, aua aua aua aua aua ah!
aua aua aua aua aua ah! (chiclete)
Chiclete
chiclete (x4)
Chiclete (prova)
Chiclete (mastiga)
Chiclete (deita fora)
Chiclete (sem demora) (x...)
(...chi-chi-chi, chi-chi-chi, chiclete)
2011-05-18
2011-05-16
Canções para a crise
I will stop
I will stop at nothing
Say the right things
When electioneering
I trust I can rely on your vote
When I go forwards you go backwards and somewhere we will meet
Riot shields
Voodoo economics
It's just business
Cattle prods and the IMF
I trust I can rely on your vote
When I go forwards you go backwards and somewhere we will meet
2011-05-15
Canções para a crise
Tu precisas tanto
de amor e sossego
e eu preciso de um emprego
se mo arranjares
eu dou-te o que é preciso
por exemplo o paraíso
anda ao deus-dará
perdido nessas ruas
vou ser mais sincero
sinto que ando às arrecuas
preciso de galgar
as escadas do sucesso
e por isso é que eu te peço
arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego
Se meto os pés para dentro
a partir de agora
eu mete-os para fora
se dizia o que penso
eu posso estar atento
e pensar para dentro
se queres que seja duro
muito bem serei duro
se queres que seja doce
serei doce, ai isso juro
eu quero é ser o tal
e como tal reconhecido
e assim digo-te ao ouvido
arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego
Sbendo que as minhas intenções
são das mais sérias
partamos para férias
mas para ter férias
é preciso ter emprego
espera aí que eu já chego
agora pensa numa casa
com o mar ali ao pé
e nós os dois
a brindarmos com rosé
esqueço-me de tudo
com o por-do-sol assim
chega aqui ao pé de mim
arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego
Se em mandasse neles
os teus trabalhadores
seriam uns amores
greves era só
das seis e meia às sete
em frente a um cassetete
primeiro de Maio
só de quinze em quinze anos
feriado em Abril
só no dia dos enganos
e reivindicações
quanto baste ma non troppo
anda, bebe mais um copo
arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego
2011-05-13
Canções para a crise
Beneath the old iron bridges
Across the victorian parks
And all the frightened people running home before dark
Past the Saturday morning cinema
Lies crumbling to the ground
And the piss stinking shopping centre in the new side of town
I've come to smell the seasons change and watch the city
As the sun goes down again
Here comes another winter
Of long shadows and high hopes
Here comes another winter
Waiting for utopia
Waiting for hell to freeze over
This is the land where nothing changes
The land of red buses
And blue blooded babies
This is the place where pensioners are raped
And the hearts are being cut from the welfare state
Let the poor drink the milk
While the rich eat the honey
Let the bums count their blessings
While they count the money
So many people can't express what's on their minds
Nobody knows them
Nobody ever will
Until their backs are broken
Their dreams are stolen
And they can't get what they want
Then they're gonna get angry
Well it ain't written in the papers
But its written on the walls
The way this country's divided to fall
So the cranes are moving on the skyline
Trying to knock down this town
But the stains on the heartland
Can never be removed
From this country that's sick, sad, and confused
Here comes another winter
Of long shadows and high hopes
Here comes another winter
Waiting for utopia
Waiting for hell to freeze over
This is the 51st state of the USA
The ammunition's being passed
And the Lord's been praised
But the wars on the televisions will never be explained
All the bankers gettin sweaty beneath their white collars
As the pound in our pocket turns into a dollar
This is the 51st state of the USA
2011-05-12
Canções para a crise
Estupidez
Estupidez gananciosa
Leva-me o país prá cova
Estupidez gananciosa
Leva-me o país prá cova
Gestores, tangas, aldrabões
Já só falam de milhões
Mesmo que o resto fique a olhar
Sem ter um sítio seu para morar
Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português
E depois
E depois, morreram as vacas
Ficaram os bois
Foram-se os dedos
Ficaram os anéis
E o resto
Anda tudo aos papéis
E é por isso
Que a meu ver
Está tudo mal, está tudo mal
Nesta Europa de Portugal
Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português
Falta pedir ao rei espanhol
Licença para ir apanhar Sol
Uns à volta do tractor
Outros ó sr. doutor
Quem me tira desta aflição
Agarra-me aqui com a mão
Eu até era um homem honesto
Nunca fiz nada funesto
Pedi à Europa para me apoiar
E agora a minha sina é roubar
1º Ministro
1ª Dama
E tu, queres ir prá cama
Anda tudo a ver se mama
Nesta união da tanga
Qualquer dia é tudo inglês
Ou italiano
Mas não português
E depois
E depois, morreram as vacas
Ficaram os bois
Foram-se os dedos
Ficaram os anéis
E o resto anda tudo aos papeis
E é por isso que a meu ver
Está tudo mal, tudo mal
Nesta Europa de Portugal
Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português
Falta pedir ao rei espanhol
Licença para ir apanhar Sol
Antes quero ser um Velho do Restelo
Que um fascista sem cabelo
Antes quer ser um Velho do Restelo
Que um fascista sem cabelo
Canções para a crise
in this proud land we grew up strong
we were wanted all along
I was taught to fight, taught to win
I never thought I could fail
no fight left or so it seems
I am a man whose dreams have all deserted
I've changed my face, I've changed my name
but no one wants you when you lose
don't give up
'cos you have friends
don't give up
you're not beaten yet
don't give up
I know you can make it good
though I saw it all around
never thought I could be affected
thought that we'd be the last to go
it is so strange the way things turn
drove the night toward my home
the place that I was born, on the lakeside
as daylight broke, I saw the earth
the trees had burned down to the ground
don't give up
you still have us
don't give up
we don't need much of anything
don't give up
'cause somewhere there's a place
where we belong
rest your head
you worry too much
it's going to be alright
when times get rough
you can fall back on us
don't give up
please don't give up
'got to walk out of here
I can't take anymore
going to stand on that bridge
keep my eyes down below
whatever may come
and whatever may go
that river's flowing
that river's flowing
moved on to another town
tried hard to settle down
for every job, so many men
so many men no-one needs
don't give up
'cause you have friends
don't give up
you're not the only one
don't give up
no reason to be ashamed
don't give up
you still have us
don't give up now
we're proud of who you are
don't give up
you know it's never been easy
don't give up
'cause I believe there's the a place
there's a place where we belong
E, não, não têm nada a ver com os homens da luta e a letra ridícula do pão e vinho. É de pão mesmo: aquele que faz falta nas mesas. O vinho pouco importa que IVA leva, que ninguém se entende em bebedeiras de palavras raivosas, catastrofistas, guerrilhas de interesse que pouco têm a ver com o interesse comum e se limitam a bebedeiras de fel. É desta coisa de sentir que estamos outra vez a aterrar nos anos 80 e que não é bonito. É mesmo só de pão. E de crise. E de canções que falam desta. Alguém se lembra de mais alguma?