2011-12-24

2011-12-19

Rais'parta!











Sabem aqueles pneusinhos que me custaram os olhos da cara há um par de semanas? Hoje furei um :(

2011-12-14

O Pai Natal esqueceu-se da bateria...



... mas já lá foi pôr a casa outra coisa. Não para mim. Para a vovó. Mas a família está toda pelo beicinho. Não é linda? :)

2011-12-13

Meus queridos



Há na minha memória beijos embrulhados em abraços, que são os mais vivos que encontro nos meus arquivos de carinho. Beijos especiais que, assim enovelados no amplexo de braços queridos, plantaram sempre aconchego e calor de ninho. Foram sempre beijos de "chegada a casa". Beijos completos pela proximidade de corpos prontos para se darem por inteiro. Beijos que ainda sinto, com a saudade com que recordamos a completude. E é em alturas como estas do ano, com o frio a fazer-me eremita no calor da casa e por entre as luzes, os cheiros e os sons que nos anunciam o Natal, que mais saudades tenho de alguns abraços, alguns beijos, algumas distantes e perdidas "chegadas a casa". Vou então aos arquivos da memória, sabendo-os lá, porque meus, porque nunca esquecidos; e fico mais quente assim, eu aqui, a olhar a chuva, a enroscar-me no meu ninho com os meus fantasmas por companhia.

Eu tinha que ter tido uma bateria!



Oh Pai Natal, afinal...

2011-12-05

Agnes Obel

Carta ao Pai Natal



Querido Pai Natal,

Vai à merda!

Maria Hipatia Ludovina da Silva, uma menina sempre bem comportada (e à beira da falência, depois da revisão do carro, do IUC, do seguro, da inspecção e dos pneus)

2011-11-15

Calimera


Estou doente. Sem voz outra vez. Dói-me a garganta. Parece que um tractor me passou por cima. Estou tão infeliz!!!

2011-11-09

Humm...



 «Rise up and take the power back/ it's time that the fat cats had a heart attack» 

Um dia destes? É isto, Manel?

2011-11-08

Em casa onde não há pão...

«Les hommes n'acceptent le changement que dans la nécessité et ils ne voient la nécessité que dans la crise» 

Jean Monnet

A crise na Europa apresenta-se como a crise de sempre: quando a fartura se esvai, o mito e o desígnio sonhado da supra-cidadania são subjugados a ditames e medos velhos, rivalidades comezinhas, tudo envolvido numa bela imagem economicista e legalista e liberal. Mas um dia destes fica provado que os alicerces são tudo menos sólidos quando falta a lente de aumento da bonança. E tenho medo que ainda seja só o princípio e que quem anda a puxar os cordelinhos desta merda toda ainda não tenha percebido que a necessidade vai sair à rua, porque há um limite de tolerância para todos os sacrifícios.

2011-11-03

Zé Povinha



Tenho encargos e, à conta delas, acabo prostituída ao horário fixo e aos desmandos de uns quantos. Era fácil ter ideais antes de ter contas para pagar. Agora resigno-me, como todos, agrilhoada à necessidade de garantir o vil (e escasso) metal que me paga a casa, põe comida na mesa, luz, água, gás, televisão, internet, gasolina e todas as tretas onde, por mais que tente, parece sempre impossível poupar. Conformada? Nunca! Mas manietada sim. Porque há coisas que não me posso dar ao luxo, infelizmente, por mais que - tantas vezes, em tantos dias - me apeteça mandar tudo para trás das costas, mandar uns quantos para o caralho e fazer de conta que sou livre. E é por isso que ranjo os dentes, escrevo um post e, amanhã, bem cedo, estarei a bulir outra vez, à espera que a semana passe depressa e que, no fim do mês, continue a chegar algum. Sinto-me uma marioneta e há muito que já nem distingo os bonecreiros. São já quase uma entidade abstracta, que me levam cada vez mais e mais dinheiro e nem adianta culpar um apenas (o Estado, o Banco...) que aparece logo outro para me tentar enrabar mais um bocadinho.

2011-10-31

"Okupa" qualquer coisa

Cada vez percebo menos os "brandos costumes" e me pergunto até quando para aparecer alguém que "ocupe" alguma coisa por cá. Sei lá... que tal a AEP ali para os lados de Santa Maria da Feira?

2011-10-30

Social-Democracia

aqui


Três décadas depois, estando o homem há muito convertido em mito, não deixa ainda assim de ser evidente o longe que estamos dos tempos e dos valores fundadores. Ninguém sabe o que se teria passado se tivesse tido mais do que os magros 11 meses em que esteve à frente do Governo; ou sequer o que teria acontecido após a derrota do seu candidato à Presidência da República. Mas isso pouco importa quando se trata de mitos e pais fundadores. Só seria de esperar hoje que tantos que se reclamam seus herdeiros dignificassem a figura com atitudes menos patéticas e projectos menos vazios e decisões virulentamente anti-sociais. Sá Carneiro terá sido muita coisa. Mas nunca foi pateta. Nem vazio. Muito menos um liberal sem memória de onde, por entre ideias vagas e retóricas, se fundamentou sempre a social-democracia.


(quase um repost)

2011-10-25

Ah!

Blown away, blown away and waiting
Blown away and waiting on a fair wind
Sweeping through my window

Will you move me like you did once more?

Blown away, I'm blown away
Feeling everything, with you
Blown away, blown away and waiting
Blown away and waiting on...

I'm blown away, yet you're always with me still
You can say what you will now, but it's wrong
Is the love I give just a trinket to you?
Kept with all your playthings, and dreams that were new
Somewhere in a dream life that never comes true

If we can't dream it up again then what do we do?

2011-10-19

hmm...


Esperemos que aproveitem para estabelecer limites para essas subsvenções que funcionem realmente e que até o AJJ seja obrigado a pagar e que seja aplicada a medida com carácter geral e não só para as novas subvenções a atribuir. O mal está, muitas vezes, naquelas que já existem. Interessante ver que o Mira Amaral foi logo um dos primeiros a acusar o toque...

2011-10-11

Coisas que não percebo

???by Charles Chan


Mas é que não percebo mesmo! Não bastava arranjarem um mecanismo tipo o que se aplica às garantias - deixa de correr o tempo enquanto está em reparação o objecto garantido - e aplicá-lo às prescrições? Assim, cada vez que um advogado manhoso tentasse fazer dos recursos supérfluos os melhores amigos da defesa, o tempo para a prescrição estava parado até ao fim do ou dos ditos recursos. No fim do passo de lesma que é a justiça portuguesa, continuávamos a ter uma condenação ou uma absolvição, em lugar de crimes prescritos de que já ninguém pode ser culpado. Era, não era? E ficávamos todos contentes - menos os mafiosos e os caloteiros e alguns advogados habituados a engonhar - garantindo-se uma justiça com direito a recursos, mas sem os filmes do costume.

2011-10-07

Ah e tal, a República, bla, bla, bla...



Gostava tanto de me sentir realmente patroa daquela gente que senta o cu no Parlamento e, munida de avaliação por objectivos, análises de produtividade, gráficos de absentismo, etc, etc, etc, ter o real poder (para além das várias tentativas inócuas com quatro anos de permeio) para lhes terminar a mama - perdão! o emprego - por cauda mais que justa. Não acham que, há muito, a maioria já provou a sua incapacidade para se adaptar ao posto de trabalho? É que, olhando para os resultados do desempenho e as contas finais do exercício, diria que já nem são precisas mais provas. Só faltava mesmo era eu conseguir despedir a cambada sem a suspeita mesquinha de que apareceria logo cambada igual.

2011-10-06

Steve Jobs


Eu ainda me lembro do tempo em que os computadores não tinham nem rato nem reciclagem. Depois apareceu o Mac...

2011-10-02

Grande Peter Murphy!




As fotos são da mana. Eu limitei-me a curtir o som e o homem. (E a dar cabo do joelho mais um bocadinho, mas isso agora não interessa nada)

Foi um concerto do caralho! 

2011-09-30

Le bouc émissaire

.
«O autarca de Oeiras passou a noite na prisão. Isaltino Morais foi detido ontem à noite para cumprir os dois anos a que foi condenado num caso de fraude fiscal e branqueamento de capitais, que remonta a 2005.»

Pena que não sejam apanhados todos os Isaltinos deste País. Talvez nem fosse preciso a Troika. Mas, sabendo-se quantos e quantos estão impunes, pergunto-me até que ponto Isaltino Morais não passa - mesmo provado criminoso - a ser apenas uma espécie do proverbial bode expiatório de todas as manigâncias, cumplicidades e prostituição entre os poderes económicos e políticos, quer à escala local, quer à escala nacional.

2011-09-23

Pegada

Intacta memória - se eu chamasse
Uma por uma as coisas que adorei
Talvez que a minha vida regressasse
Vencida pelo amor com que a lembrei.


Sophia de Mello Breyner


Se uma vida for passada num total isolamento, se não houver quem lhe tenha visto os pormenores, os bons e os maus, se nada sobrar na memória dos outros, então essa vida foi esgotada, apagada e nada sobra depois.

Se, pelo contrário, por actos, por presenças, por carinhos, por memórias, uma vida ganhar espaço na história de outro, nem que seja de forma leve, fugidia, então há uma memória que não se perde, há uma ínfima possibilidade de eternidade, recontada em tom de história pelas palavras de outros que a conheceram, reconheceram, fizeram sua.

A perenidade da memória - dos outros na nossa memória; nossa na memória dos outros - é a única garantia que temos contra o vazio do esquecimento e o fim definitivo de uma vida, por mais breve que tenha sido. É a única possibilidade de eternidade.


Into the mercy seat I climb



E Troy Davis foi executado, por entre suspeitas de inocência e os resíduos grotescos do barbarismo das políticas e práticas que rodeiam as sentenças à morte nos E.U.A.

2011-09-22

Até sempre, Mestre


Por motivos profissionais, conheço bem o caminho para O Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende. E tive o grande, grande prazer de conhecer o pintor. Ficou a obra, é certo, mas sempre pensei que ficaria connosco mais uns tempos, ainda que lhe soubesse a idade e a fragilidade. E lamento tanto a partida!

2011-09-21

Waltz # 2 - XO


I'm here today, expect it to stay on, and on, and on 
I'm tired, I'm tired 
Looking out on the substitute scene 
Still going strong 
XO Mom 
It's OK, it's alright, nothing's wrong 
Tell Mr. Man with impossible plans 
To just leave me alone 
In the place where I make no mistakes 
In the place where I have what it takes

2011-09-18

Mais do mesmo



O povo trabalha, pois então. Que mais há-de fazer o povo? O povo que vê as anedotas das reformas dos outros, que vê as cunhas em debandada, sem rédeas. O povo que paga os aumentos de gasolina ou suporta os aumentos do pão. O povo que resiste, resiste e vai levando, continuando a tentar não cair. Vai gemendo. Geme cada vez mais este povo. Um povo a que impõem os fardos, mas não se lembram de dar migalha, só sermão. 

Vai gemendo, povo, enquanto trabalhas. Sol a sol, que ainda há disso. Mais as horas que passas no trânsito, povo, a remoer o que não tens. Tu povo, que sustentas o país. E se não tens como te sustentar, povo, cada vez mais pobre e sem quinhão da fartura das elites, como sustentarás todos os outros, os comedores, os arrivistas, os Jardins? 

Resiste, povo. Mais não te sobra. Geme e resiste.

2011-09-15

Quebranto



Costumava cirandar com frequência e dar à língua, usando as teclas. Também era costume ter tempo para fazer essas coisas, antes de até as palavras se tolherem de fadiga. E costumava haver uma vontade imensa de lutar contra o cansaço. Acho que sabem quem está aqui em cima. Acho que já me devem ter visto por aqui algumas vezes e também era costume verem-me por outros sítios. Sou o boneco verde de pantufas roxas, com uma joaninha pendurada na peruca e uma chávena de café sempre cheia para segurar os dias. Às vezes ponho maquilhagem ou tomo vitaminas: nuns dias resulta; noutros não. Ultimamente, o café não tem feito efeito e as vitaminas acabaram. Ultimamente, a pintura tem estado sempre borrada. Ultimamente, aliás, acho que já nem me pinto, de tão enfastiada com que começo cada dia. Estou, decididamente, a precisar de ir arejar a joaninha!

2011-09-13

E a dar um passo em frente, não?

aqui

«“O diagnóstico tem de ser severo, rigoroso e deve ter o grau de alarme e emergência que a situação exige. Estamos à beira do precipício”, afirmou. “Por que não dizer que estamos à beira do precipício? Ou é preciso saltar para o precipício para reagir?”, lançou Felipe Gonzalez.»
Fonte

2011-09-01

BSO


Alguns filmes para adolescentes - estou a lembrar-me, por exemplo, da série dos vampiros "Twilight" - têm-me surpreendido. Não pelos filmes, claro, mas pelas bandas sonoras. Acima está mais um exemplo de uma coisinha chamada "Beastly". O filme não tem muito que se lhe diga, mas as escolhas musicais que o acompanham são... interessantes.



(mas agora que já cheguei à idade "cougar", aquele loirinho bem que marchava, lol)

2011-08-26



Touch me t-touch me baby
But don't mess up my hair



Pois há.

(uma fauna que não entendo)

2011-08-22

Derrocada

aqui

Um norueguês psicopata que acredita demais em ideias reaccionárias e xenófobas e mata crianças sem culpa nem arrependimento; jovens ingleses que já não acreditam em nada e por isso tudo violam e incendeiam; populações migrantes deixadas a morrer no meio do mar que nunca como antes separa; comunidades imigradas que recusam o caminho da integração, refugiando-se em guetos por escolha e por força. Fundamentalismo. Extremismo. Niilismo. O Estado Social em retirada. A crise, também, a enredar tudo e todos e a expor indecentemente a fragilidade dos líderes. E o medo. Muito medo.

2011-08-21

Os bigodes estão tão demodé!


Paulo Rodrigues, ASPP/PSP


Era Cavaco Primeiro Ministro (1989) e mandou polícias socarem polícias que queriam apenas o direito que assiste a todos nós de ter um sindicalismo organizado e reconhecido. Não sei se ser uma organização tão recente tem alguma coisa a ver com o caso, mas agora quando o sindicalismo das forças de segurança vai à TV eu fico sempre a pensar que é uma pena não haver mais assim. Penso na presidência do meu sindicato e encolho-me quase de vergonha da aparência com que se apresentam e quando penso nos comentários néscios com que volta e meia nos brindam, evidentemente a léguas da realidade profissional dos trabalhadores que juram defender. E o meu sindicato não costuma aparecer nem nos jornais nem na TV. Depois penso nos que aparecem - com o bigodinhos da FENPROF à cabeça - e acho que os professores estão bem piores do que eu, depois de tanta bojarda em horário nobre para agora se sujeitarem a ter os gajos no topo da carreira sem avaliação e todos os outros a lutarem pelo que resta, sendo avaliados só porque tiveram o azar de nascer depois e sem qualquer garantia de justiça numa avaliação parcial necessariamente inquinada. Para já não falar no fim da avaliação antes das eleições e na forma como voltou em passo de corrida mal a oposição passou a não o ser. E penso que, pelo menos, deviam ter bom aspecto. Basta comparar as figurinhas. É que a "pantalha" não se compadece com as múmias, pois não?.


Mário Nogueira, FENPROF

2011-08-17

Crise

aqui

Quando estava a escrever a minha tese, pensei que seria a sustentabilidade a dar um impulso em direcção ao futuro, que a ideia de um bem global e comum talvez desmantelasse pouco a pouco os velhos conflitos e as velhas lógicas do lucro, deitando fora os velhos conceitos operativo-ideológicos e começando tudo de novo. Olhando hoje para trás, não sei se ainda acredito. Sei que as ideologias estão velhas e gastas. Que o capitalismo sem açaimos teima em provar Marx correcto, engalanando as suas deficiências e os genes da sua auto-destruição. Mas também sei que ninguém parece saber como ou sequer querer livrar-se das velhas formas de fazer. E a crise vai longa e dura, prometendo piorar; e as mudanças são assustadoramente lentas, deixando que, nos intervalos dessa lentidão, todas as catástrofes sejam possíveis por entre os estertores do velho sistema, gasto e falido. Já só parece sobrar sobreviver e esperar que do caos de hoje saiam as ideias novas para reconstruir um mundo que se prove mais sustentável, mas também mais solidário e, se possível, sem as derrapagens ideológicas para os velhos "ismos" do costume (nacionalismo, fundamentalismo, racismo...) e as suas prováveis e mais do que evidentes consequências nefastas. É que tem sido nos períodos de crise mais exacerbada que têm surgido os piores "gaiteiros de Hamelin".

2011-08-16

Hmm...

aqui

Um quarteirão de filmes depois, que mais haverá a dizer?



(O 3D faz-me dores de cabeça; a voz do Matthew MacFadyen... bem! talvez me faça perder a cabeça, mas não chega para a estopada, pois não?)

2011-08-12

Este ano o Inverno ainda vai ser mais frio

«O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou hoje que a partir de Outubro o IVA sobre a electricidade e gás passa de 6% para 23%, antecipando uma das medidas de consolidação orçamental programadas para 2012.»
Fonte


Foda-se!

2011-08-08

Tantos que não chegaram a Lampedusa



J'assume les raisons qui nous poussent de changer tout,
J'aimerais qu'on oublie leur couleur pour qu'ils esperent
Beaucoup de sentiments de races qui font qu'ils desesperent
Je veux les deux mains ouvertes,
Des amis pour parler de leur peine, de leur joie
Pour qu'ils leur filent des infos qui ne divisent pas

2011-08-06

Os tugas

aqui

Eu já estava habituada àquele estranho hábito de baterem palmas quando um avião pousa na pista, mas nunca tinha visto baterem palmas no fim de um filme. Oh gente estranha!

Hiroshima




Durante muitos anos, este poster esteve no meu quarto, ao lado da minha cama. Durante muitos anos, eu acreditei que, sim, um dia, alguém havia de aprender diferente. Hoje, apenas acredito que Hiroshima ainda pesa nas memórias. Mas apenas isso.

2011-07-10

Independência. E agora?



A sombra da Eritreia no horizonte, as fronteiras em debate, o petróleo como chamariz dos interesses mais estranhos ao humanitarismo e a pobreza, como de costume. Foi dia nove que começou um futuro ainda tingido de demasiadas perguntas e demasiados medos e demasiados cenários.

2011-07-08

Está mal!

«If much of this is true, there were no qualms, and few limits, in the way the paper went after scoops.»

The phone-hacking scandal



Aqui não há desta pouca vergonha nem tanta sofisticação no acesso aos dados confidenciais: basta constituírem-se assistentes no processo ou mandarem o Sr. Palma dar uma entrevista.

2011-07-07

Raios!

aqui

Não gosto que me mexam, não gosto que invadam o meu espaço, detesto que me melguem. E tenho de ir cortar o cabelo. Alguém quer ir por mim e levar a peruca (juba também ia bem...) só para uma aparadela?

2011-07-05

Nobre nome para fraco político

aqui


E do folhetim sobra a náusea. Que não haja dúvidas: Assunção Esteves é talvez o único rasgo de génio que vi em PPC. Ter andado de mão dada com esta anomalia que agora dá de frosques foi um desastre que lhe podia ter saído caro. Nada garante que não volte para o assombrar.

2011-07-01

E agora para algo que não interessa a ninguém



Recuperei a imagem que mais tempo esteve a pintalgar de fogachos de cor o fundo às vezes demasiado escuro do blogue. É que, ultimamente, estava - estranhamente! - demasiado "folclórico" para o meu gosto.

2011-06-30

Ufa!


Found at bee mp3 search engine


Silence is here again tonight

Pronto!



Amor com amor se paga! E já ali estão estes a bombar, que acho que não tenho nada mais barulhento. Mas se a gaja não se toca, a seguir vai apanhar com Diamanda Galas.

Ai a minha vida!

aqui

A minha vizinha descobriu a Rihanna. E pelos vistos gosta da Rihanna. Muito e muito alto. O problema é que a grandessíssima vaca está há mais de duas horas a pôr sempre a mesma música. Não há cu para isto, bolas!

2011-06-28

Dias assim...



Nem sempre os corpos guardam marca do tanto maltratados. A insónia, cíclica, teimosa, demolidora, deixa-me sempre a alma (e os humores) em ruínas.

Coisas assim...

.
«Todos os dias há pais, avós, filhos, irmãos, maridos e mulheres em salas de espera de hospitais à espera de milagres pelos seus. À espera de que a medicina salve quem à partida não deveria estar naquelas camas. Todos os dias há gente devastada pela perda, pela estupidez destas mortes que poderiam ter sido evitadas.»

Luna


... e então foi preciso escolher e desligar as máquinas. E eu fiquei sozinha. Dezassete anos depois, ainda tenho esta solidão por companhia. E a certeza da estupidez de uma - de todas - as mortes que podiam ter sido evitadas, especialmente as daqueles que foram vítimas da estupidez alheia. Vítimas as que partiram extemporaneamente de forma estúpida e evitável, mas vítimas também as que foram deixadas sozinhas em salas de espera com corações destroçados.

2011-06-26

Canções para a crise



Oh, it's a mystery to me
We have a greed with which we have agreed
And you think you have to want more than you need
Until you have it all you won't be free

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...

When you want more than you have
You think you need...
And when you think more than you want
Your thoughts begin to bleed
I think I need to find a bigger place
Because when you have more than you think
You need more space

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...

There's those thinking, more-or-less, less is more
But if less is more, how you keeping score?
Means for every point you make, your level drops
Kinda like you're starting from the top
You can't do that...

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...

Society, have mercy on me
Hope you're not angry if I disagree...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...

2011-06-17

Rotina


Dusanka Badovinac - Dispair


Desdenho este pouco tempo que me sobra, como se fosse farto em horas o dia que mal reconheço; como se não houvesse excesso e a sobra fosse miséria engalanada, assim quase como eu, a correr atrás do tempo e a tentar fazer de conta que o tempo e os quebrados chegam para tudo; como se bastasse aparafusar a cara gaiteira, a caminho de mais um par de rugas e as cãs que não desistem de avançar nesta amazónia de cabelos que me pesam hoje na cabeça que me pesa, quase a sentir-se vazia por entre a enxurrada de informações que não pedi, que nunca peço e o zelo com que as debitam para o meu ar incrédulo, um ouvido ali, outro na conversa da mesa do lado e os olhos que apenas espreitam e já não fixam o que se vai passando do outro lado da rua. Suplico por um pouco de silêncio e não há sequer ruído e fico para ali porque não me apetece apenas a minha companhia silenciosa. E ouço falar de traições e de dor e de desespero e penso apenas como o final do mês ainda está longe e o dinheiro está curto e hoje é 6ª feira e que a vida afinal vai encarreirar na lufa-lufa ordenada, esquizofrénica, sempre à espera do fim-de-semana e do fim do mês, enquanto um ouvido diz que sim se um olho diz que não e me falam de traições e de desespero e eu quero é o silêncio e no silêncio estou apenas eu e já nem sei desesperar enquanto olho lá para longe e me pergunto como estará a lua, como estarão as estrelas e se ainda sobra vontade de ir para a rua mondar os sonhos a ver se há espaço para ser semente de algum sentimento neste espaço vazio, pesado, ocupado apenas de rotina.


Um reposte demasiado actual. E vou de férias e pronto! Talvez na volta, como de costume, haja mais paciência para mim e para o mundo.

2011-06-13

Sinta quem lê




Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!

Fernando Pessoa - Isto

2011-06-09

Apre!

aqui

Se soubessem o que me irrita as florzinhas de pano manhosas espetadas nas perucas!...

2011-05-27

Vale tudo?

aqui


É sabido que, em política, a moralidade sempre foi uma questão de maior ou menor jeito para criar e manter fachadas e, dos podres íntimos, a hipocrisia reinante nunca deu acordo. E, no entanto, a moralidade alheia tem sido amiúde usada e abusada em campanhas eleitorais, desde os tempos da relação extra-marital de Sá Carneiro até às alegadas preferências homossexuais de Sócrates. Mas não pode valer tudo quando as sondagens amofinam, bolas! Se há causa em que me empenhei nos últimos anos foi a da legalização da IVG. Vários estudos - não vou pôr os links, basta uma pesquisa rápida na net - mostram já que os cenários apocalípticos dos defensores do "não" se provaram errados. E que a lei passou e está em vigor e se bem que ache errado a isenção das taxas moderadoras, não podia estar mais contente com o resultado do que foi uma bandeira durante anos e anos de mulheres deste País, à esquerda e à direita do espectro político porque, no fundo, era uma questão de humanismo e humanidade. Nunca foi uma causa política, no sentido da política pequenina dos partidos minguados. Despenalizou-se a mulher, não se legalizou o aborto. Ponto. Devia ser ponto final. Mas não. Nunca nada é assim tão fácil quando há empates técnicos em sondagens. E é por isso que assistir agora ao ressurgir do tema para ver se há hipóteses de ir buscar uns votos me parece de profundo mau gosto. Pior: é hipócrita. E é por isso que naquele homem não voto e, sabendo que o branco tinha mesmo a minha cara desta vez, pensar que este caramelo pode ganhar as eleições e fazer conquistas sofridas retrocederem no tempo, me deixa profundamente agoniada. Sobra a esperança de saber que os políticos que temos nunca cumprem as promessas (ou ameaças) das campanhas eleitorais. Mas mesmo assim não para o vómito.

2011-05-26

Pudesse eu

Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!

Sophia de Mello Breyner Andresen – Pudesse Eu

Há tantos poemas que poderia escolher. Há tantos que dizem o que não sei dizer, tecendo em palavras as emoções que me guiam. Há tantos, mas tantos poemas de amor, de dor, de negrume ou alegria, de paixões balançadas, ou de versos esguios. Há tanta palavra bailada, em ritmos sincopados, ou desenhando nas métricas pensamentos voláteis. Há tanto poema. Tanto! Que quase não sei escolher. E então fecho os olhos. E suspiro um "pudesse eu..." E deixo aqui Sophia. Porque sim. Porque há demasiados poemas. Ou porque estes quatro versos resumem o meu olhar sobre o futuro agrilhoado ao presente.

2011-05-24

Esta não é para a crise; é para a alma



[Coat of black, coat of black]
[Weary waiting, weary waiting]

I turn out the light,
We kiss goodnight.
And weary waiting,
Weary waiting to come closer,
Closer to where we belong.

Outside, the city children brandish,
Sharp, their knives - sharpen knives,
And come closer,
Closer to where we belong.

If I'll be weak,
Then you'll be strong.
When the night is long.

Trust all the years you'll wait to find,
This man, who's loved you your whole life,
So come closer,
Closer to where we belong.

Just close your eyes,
Let those foxes fight.
The children of this city sharp their knives [come closer],
Closer to where we belong.

And if I be weak,
Won't you be strong?
When the night is long.

If I'll be weak,
Chomreedhoo, chomreedhoo*.
When the night is long.

Close your eyes,
Let the foxes fight.
Close your eyes,
Come closer to where we belong.

Where we belong,
When the night is long.
When the night is long.

[*Manx Gaelic for 'coat of black']




Obrigada, miga!

2011-05-23

Bolas!



Estou há três semanas fechada em casa a trepar pelas paredes, com o pé esquerdo e o joelho direito às costas à conta de um fdp de um paralelo solto que me fez voar e aterrar muito mal sobre os pedantes. Amanhã sei se o futuro é mais uma semana de molho ou se posso começar a bulir, que tenho a vida demasiado estacionada. E não é que foi exactamente hoje que me ofereceram bilhete para "The National" logo à noite? De graça? E nem é pelos "The National", que já vi mais do que uma vez, mas antes por estes curiosos e deliciosos "Dark Dark Dark", que adorava ver. Não, não vou. Só a ideia de tentar chegar ao Coliseu galgando Passos Manuel me deixa doente. É saber como é o Coliseu. É saber que não me aguento nas pernas o suficiente. E é, sobretudo, ficar mais um dia fechada em casa, a trepar pelas paredes, sem ver os "Dark Dark Dark" e a dizer mal da vida. E do joelho. Sim, que agora é quase só o joelho, o tal que afinal não é preciso operar mas que, mesmo assim, não aguenta comigo, nem deixa de doer e me faz prisioneira a espumar de raiva, sabendo que não consegue subir (nem descer) Passos Manuel, muito menos chegar à tribuna do Coliseu e aguentar umas horitas em posição tolhida, na véspera de ir saber o destino final ao senhor ortopedista. E estou raivosa. Muito. Muito muito muito!

2011-05-20

Filhos e enteados

«Uma magistrada do Ministério Público foi detida em Cascais por um agente da Polícia Municipal por estar a conduzir em contramão e com uma taxa de alcoolemia de 3,08g/litro de sangue, o que constitui crime. No entanto, mais tarde foi libertada por um procurador seu colega»
Público

A ser verdade, é um vergonha. E, a ser verdade, gostaria de ver as partes exemplarmente punidas. Mas, a ser verdade, suspeito que nunca mais se ouça falar do assunto.

Da crise

aqui


Quase quatro décadas de democracia e os tecnocratas da treta saíram dos cueiros e os ex-fedelhos da vida fácil puseram-se à frente deste naufrágio anunciado. As eleições agora são espectáculo; as guerrilhas políticas fedem; o debate não vai trazer nada de novo e vai ser ganho pelo melhor artista. O povinho continuará fodido e a pagar a factura como de costume. E eu, rais’ma’parta!, vou outra vez ao voto útil. Siga!

Canções para a crise





Just travelling on a bus
From a friend's house,
And all these people are looking at me.
They're gazing out windows,
In any English country gardens.

But as gazes meet,
Vacancy shows on screen.
But I feel inside
The latent hysteria:
"Why is she looking at me?"

And as I drift from one to one I can see
They're all like me.
They've all got frightened eyes
Saying what they're thinking,
What they are doing tonight.

They've all got frightened eyes,
Saying, "Leave me alone,
I'm perfectly safe here inside.
Please don't surprise me."

Expressionless.
Everyone here loves cheap wine--
We all know good taste,
We just get too busy trying to find
The right games to play.

Impatient, aren't we all?
Watching the time trip by.
And all these people are looking at me.
They're gazing out windows.
They're burning up in there.

And as I drift from one to one I can see
They're all like me.
They've all got frightened eyes
Saying what they're thinking,
What they are doing tonight.

They've all got frightened eyes,
Saying, "Leave me alone,
I'm perfectly safe here inside.
Please don't surprise me.

2011-05-19

Canções para a crise



E como tudo o que é coisa que promete
A gente vê como uma chiclete
Que se prova, mastiga e deita fora, sem demora
Como esta música é produto acabado
Da sociedade de consumo imediato
Como tudo o que se promete nesta vida, chiclete

Chiclete, aua aua aua aua aua ah!
aua aua aua aua aua ah! (chiclete)

E nesta altura e com muita inquietação
Faço um reparo e quero abrir uma excepção
Um casse-tete nunca será não, chiclete

Pra que tudo continue sem parar
Fundamental levar a vida a dançar
Nesta vida que tanto promete, chiclete

Chiclete, aua aua aua aua aua ah!
aua aua aua aua aua ah! (chiclete)

E como tudo o que é coisa que promete
A gente vê como uma chiclete
Que se prova, mastiga e deita fora, sem demora
Como esta música é produto acabado
Da sociedade de consumo imediato
Como tudo o que se promete nesta vida, chiclete

Chiclete, aua aua aua aua aua ah!
aua aua aua aua aua ah! (chiclete)

Chiclete
chiclete (x4)

Chiclete (prova)
Chiclete (mastiga)
Chiclete (deita fora)
Chiclete (sem demora) (x...)

(...chi-chi-chi, chi-chi-chi, chiclete)

2011-05-16

Canções para a crise



I will stop
I will stop at nothing
Say the right things
When electioneering
I trust I can rely on your vote

When I go forwards you go backwards and somewhere we will meet

Riot shields
Voodoo economics
It's just business
Cattle prods and the IMF
I trust I can rely on your vote

When I go forwards you go backwards and somewhere we will meet

2011-05-15

Canções para a crise



Tu precisas tanto
de amor e sossego
e eu preciso de um emprego
se mo arranjares
eu dou-te o que é preciso
por exemplo o paraíso
anda ao deus-dará
perdido nessas ruas
vou ser mais sincero
sinto que ando às arrecuas
preciso de galgar
as escadas do sucesso
e por isso é que eu te peço
arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego
Se meto os pés para dentro
a partir de agora
eu mete-os para fora
se dizia o que penso
eu posso estar atento
e pensar para dentro
se queres que seja duro
muito bem serei duro
se queres que seja doce
serei doce, ai isso juro
eu quero é ser o tal
e como tal reconhecido
e assim digo-te ao ouvido
arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego
Sbendo que as minhas intenções
são das mais sérias
partamos para férias
mas para ter férias
é preciso ter emprego
espera aí que eu já chego
agora pensa numa casa
com o mar ali ao pé
e nós os dois
a brindarmos com rosé
esqueço-me de tudo
com o por-do-sol assim
chega aqui ao pé de mim
arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego
Se em mandasse neles
os teus trabalhadores
seriam uns amores
greves era só
das seis e meia às sete
em frente a um cassetete
primeiro de Maio
só de quinze em quinze anos
feriado em Abril
só no dia dos enganos
e reivindicações
quanto baste ma non troppo
anda, bebe mais um copo
arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego

2011-05-13

humm...

aqui

A minha relação com a fé organizada será sempre um "sei que não vou por aí". Mas às vezes era bonito acreditar. Nem que fosse por uma simples questão de estética.

Canções para a crise



Beneath the old iron bridges
Across the victorian parks
And all the frightened people running home before dark
Past the Saturday morning cinema
Lies crumbling to the ground
And the piss stinking shopping centre in the new side of town
I've come to smell the seasons change and watch the city
As the sun goes down again

Here comes another winter
Of long shadows and high hopes
Here comes another winter
Waiting for utopia
Waiting for hell to freeze over

This is the land where nothing changes
The land of red buses
And blue blooded babies
This is the place where pensioners are raped
And the hearts are being cut from the welfare state
Let the poor drink the milk
While the rich eat the honey
Let the bums count their blessings
While they count the money

So many people can't express what's on their minds
Nobody knows them
Nobody ever will
Until their backs are broken
Their dreams are stolen
And they can't get what they want
Then they're gonna get angry
Well it ain't written in the papers
But its written on the walls
The way this country's divided to fall
So the cranes are moving on the skyline
Trying to knock down this town
But the stains on the heartland
Can never be removed
From this country that's sick, sad, and confused

Here comes another winter
Of long shadows and high hopes
Here comes another winter
Waiting for utopia
Waiting for hell to freeze over

This is the 51st state of the USA

The ammunition's being passed
And the Lord's been praised
But the wars on the televisions will never be explained
All the bankers gettin sweaty beneath their white collars
As the pound in our pocket turns into a dollar

This is the 51st state of the USA

2011-05-12

Canções para a crise




Estupidez
Estupidez gananciosa
Leva-me o país prá cova
Estupidez gananciosa
Leva-me o país prá cova
Gestores, tangas, aldrabões
Já só falam de milhões
Mesmo que o resto fique a olhar
Sem ter um sítio seu para morar

Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português

E depois
E depois, morreram as vacas
Ficaram os bois
Foram-se os dedos
Ficaram os anéis
E o resto
Anda tudo aos papéis
E é por isso
Que a meu ver
Está tudo mal, está tudo mal
Nesta Europa de Portugal

Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português
Falta pedir ao rei espanhol
Licença para ir apanhar Sol

Uns à volta do tractor
Outros ó sr. doutor
Quem me tira desta aflição
Agarra-me aqui com a mão

Eu até era um homem honesto
Nunca fiz nada funesto
Pedi à Europa para me apoiar
E agora a minha sina é roubar

1º Ministro
1ª Dama
E tu, queres ir prá cama
Anda tudo a ver se mama
Nesta união da tanga

Qualquer dia é tudo inglês
Ou italiano
Mas não português

E depois
E depois, morreram as vacas
Ficaram os bois
Foram-se os dedos
Ficaram os anéis
E o resto anda tudo aos papeis

E é por isso que a meu ver
Está tudo mal, tudo mal
Nesta Europa de Portugal

Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português
Falta pedir ao rei espanhol
Licença para ir apanhar Sol

Antes quero ser um Velho do Restelo
Que um fascista sem cabelo

Antes quer ser um Velho do Restelo
Que um fascista sem cabelo

Canções para a crise




in this proud land we grew up strong
we were wanted all along
I was taught to fight, taught to win
I never thought I could fail

no fight left or so it seems
I am a man whose dreams have all deserted
I've changed my face, I've changed my name
but no one wants you when you lose

don't give up
'cos you have friends
don't give up
you're not beaten yet
don't give up
I know you can make it good

though I saw it all around
never thought I could be affected
thought that we'd be the last to go
it is so strange the way things turn

drove the night toward my home
the place that I was born, on the lakeside
as daylight broke, I saw the earth
the trees had burned down to the ground

don't give up
you still have us
don't give up
we don't need much of anything
don't give up
'cause somewhere there's a place
where we belong

rest your head
you worry too much
it's going to be alright
when times get rough
you can fall back on us
don't give up
please don't give up

'got to walk out of here
I can't take anymore
going to stand on that bridge
keep my eyes down below
whatever may come
and whatever may go
that river's flowing
that river's flowing

moved on to another town
tried hard to settle down
for every job, so many men
so many men no-one needs

don't give up
'cause you have friends
don't give up
you're not the only one
don't give up
no reason to be ashamed
don't give up
you still have us
don't give up now
we're proud of who you are
don't give up
you know it's never been easy
don't give up
'cause I believe there's the a place
there's a place where we belong



E, não, não têm nada a ver com os homens da luta e a letra ridícula do pão e vinho. É de pão mesmo: aquele que faz falta nas mesas. O vinho pouco importa que IVA leva, que ninguém se entende em bebedeiras de palavras raivosas, catastrofistas, guerrilhas de interesse que pouco têm a ver com o interesse comum e se limitam a bebedeiras de fel. É desta coisa de sentir que estamos outra vez a aterrar nos anos 80 e que não é bonito. É mesmo só de pão. E de crise. E de canções que falam desta. Alguém se lembra de mais alguma?