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O sexo parece ter sido inventado há cerca de 2 mil milhões de anos. (...) Com a invenção do sexo, dois organismos quaisquer podiam trocar parágrafos, páginas, livros inteiros do seu código de ADN.
Carl Sagan – Cosmos
...mas ainda foi preciso mais uma porra de anos para que se inventasse o cyber-sexo e viesse a moda de mandar só livros assépticos em branco...
2 comentários:
Refeições reflexivas, intelectuais, sexo-interacção de informação, permuta de prazer e fluidos com Ácido D Nucleico e a guerra zumbindo à volta, numa sobreexcitabilidade extra testosteronal.
Ainda hoje me interroguei sobre como é diferente a morte de povo para povo: para nós ocidentais, a morte é uma usurpadora do paraíso porque o paraíso é estar vivo e em condições de aceder a todos os prazeres imagináveis, a todas as revistas, a todas as bebidas, a todos os consolos terapêuticos, entro os quais 'to shop'...
Mas para um médio-oriental a morte é outra coisa, é tão desejável como uma mulher peituda, tão erotizável como a Madona, tão natural como nascer. E isto porquê? Porque a utopia promissora de uma vida eterna e definitiva para além dela está bem viva (além da cultua Mongol bem viva outras tantas coisas se mantêm medievalizadas).
Nós perdemos a fome de pararíso-Além porque não sabemos e morremos sem saber se há. Eles já sabem, já sonham. Só O querem.
Empurrados pelo insulto israelita territorial e pelo respectivo desespero expatriado, no caso palestiniano, claro, um estado de guerra suicidário é a coisa mais natural.
Israel do que precisa é de pretextos para se afirmar regionalmente além de como potência económica e tecnológica, também territorial.
No meio disto tudo, o calcanhar de Aquiles israelita é a vontade de territorializar e o calcanhar de Aquiles Hizbollah e Hamas é a aposta tão insistente em miserabilizar de tal modo o território que quanto pior, melhor.
Assim, para estes últimos quanto pior, melhor recrutamento. E para os falcões israelitas, quanto pior, melhor territorialização.
Dois terrorismos, portanto: um terrorismo desesperatista árabe. Um terrorismo territorialista israelita.
Beijos, Hipatia!
Por aqui, o excesso vem sob a forma de estrogénio em golfadas desequilibradas durante o mês. E, conforme o ciclo lunar se espraia ou se estreita, sou capaz de imaginar a divindade, sonhar com quarenta belos jovens possantes ou, pura e simplesmente, virar ateia :)
Somos em grande medida o meio em que nos criaram, sociabilizados, educados, padronizados... Nas sociedades ditas ocidentais, ditas também modernas, os indivíduos perderam os laços que os prendiam à comunidade: hedonistas, ricos, consumistas e cada vez mais sós. Lembraste do Lipovetzky? É a "era do vazio" em todo o seu apogeu. E, se as pequenas comunidades onde todos se conheciam e podiam partilhar uma mesma identidade e um mesmo mito fundador, bem como os seus ritos programados, já não existe, há que tentar encontrar a alternativa mais à mão: talvez um jogador de futebol, para admirar e invejar; talvez um actor, um cantor... Pensadores é que não: são demasiado cinzentões para consumo rápido.
No fundo, acho que hoje nos sobra o medo como factor de união, o individualismo como combustível e pouco mais...
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