2008-01-28

Analfabetismo


desenho de Almada Negreiros

Critiquem à vontade o SNS que, desta treta toda, o que me choca mais é aquela gente nem sequer conseguir elaborar uma frase com nexo de forma a garantir socorro.

8 comentários:

Filipa Paramés disse...

Oh pá é dos nervos!!

deep disse...

Falam da péssima qualidade do ensino de hoje... Não posso negar: os jovens de hoje não escrevem uma frase com nexo, não sabem o significado da mais comum das palavras, não lêem sem soletrar, mas as pessoas que ouvimos nos directos televisivos ou radiofónicos são do "tempo antigo" e... valha-me Santo Ambrósio (que é expressão que por aqui muito se usa!)!...

Hipatia disse...

Faz-me nervos, faz, Filipa. Pois se o irmão nem sabia se queria o médico ou quereia a Guarda...

(Já por duas vezes necessitei de uma ambulância para garantir socorro a quem estava a ter um ataque cardíaco. De uma das vezes, foi no meio de nenhures, numa auto-estrada. Nos dois casos, a assistência chegou em menos tempo do que demorou a troca de telefonemas de que agora tanto se fala. Será que o desconhecido a quem ajudei a prestar assistência na auto-estrada só está vivo porque eu sei pedir uma ambulância?)

Hipatia disse...

Novos e velhos, é uma tristeza. E se os do tempo antigo ainda tinham desculpa, porque foram bulir cedo para ajudar a pôr o pão na mesa, que desculpa vamos arranjar para os de agora?

vague disse...

Ei vi essa reportagem que tristemente me fez rir. Ou alegremente chorar, venha o diabo e escolha o q seria melhor (a sorte do falecido foi já estar morto)
Redundâncias à parte, pareceu-me mto estranho q o irmão estivesse tão calmo e a não saber se queria uma ambulância ou a Autoridade.
Não me pareceu mau Português (era péssimo, sim), não me pareceu q o problema fosse esse, mas uma certa burrice, quem sabe, propositada.
Muito estranho tudo aquilo...

Hipatia disse...

Muitas vezes se confunde a burrice com o analfabetismo e nem sempre andam de mãos dadas. Talvez ali se tivessem juntado. Mas se procurares outros exemplos de telefonemas guardados, vês que há mesmo muito ignorância. Lembro-me, por exemplo, de há uns tempos me ter rido às gargalhadas com um fulano que ligou para a linha de apoio da operadora telefónica porque não tinha dinheiro para telefonar ao patrão... e penso em todos os documentos que já me passaram pelas mãos de gente que nem o próprio nome sabe preencher nos espaços próprios; ou nas "bacias esferográficas do amazonas" nos exames nacionais de acesso ao Ensino Superior. E não pode ser só burrice. É mesmo analfabetismo do mais pernicioso, quando nem se sabe se se chama a guarda ou se se chama a ambulância.

Claire-Françoise Fressynet disse...

PoRRa pa. K’ atrofio, seres naturalmente semiatulhados, depois é tentar lidar com o peso.
(ainda a limpar os dentes da supercola3)

Hipatia disse...

É mesmo um atrofio. Escolheste a palavra certa, Claire :)

(e já limpaste tudo?)