
2008-05-30
2008-05-29
Petroleiros! (*)

aqui
Na investigação que está a ser feita pela Autoridade da Concorrência ao aumento dos preços do combustível, a pedido do Governo, os previlégios das gasolineiras estão também a ser investigados.
A Galp pode assim perder uma grande fatia do negócio, uma vez que é a responsável pela maioria das grandes instalações de armazenamento, transporte e distribuição de gasolina, gasóleo e GPL.
No entanto, não está sozinha. A Repsol e a BP também são accionistas do oleoduto entre as refinarias de Sines e Aveiras. As três operadoras controlam 80%.
(notícia completa aqui)QED

(clicar para ver melhor)
(e tanta gente que vem ao engano!)
2008-05-28
2008-05-27
Phoenix

aqui
Fêmea

aqui
Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
Natália Correia - Auto-retrato
(a minha avó fez oitenta e oito anos)
2008-05-26
2008-05-25
Copo pela metade
Will you loose the flowers
Hold on to the vase?
Will you wipe all those teardrops away from your face?
And I can’t help feeling as I close the door
I have done all of this many times before
2008-05-23
2008-05-22
Impotência

2008-05-20
Outra noite
Greed's all gone now, there's no question
And I can see you push your hair behind your ear
Regain your balance
Doesn't matter where she is tonight
Or with whoever she spends her time
If these arms were meant to hold her
They were never meant to hold her so tight
For the love of that girl
Greed's all gone now, panic subsides
When I could run, pulling arms to love her
Try to put myself on the inside
Of the love of that girl
Tears swell, you don't know why
For the love of that girl
They never fall, they can never run dry
For the love of that girl
Promise is never over, never questions that needed reply
But she could breathe deep into my neck
Let me know I'm just on the outside
Of the love of that girl
Tears swell, you don't know why
For the love of that girl
They never fall, they can never run dry
For the love of that girl
Greed's all gone now, there's no question
And I can see you push your hair behind your ears
Regain your balance
Doesn't matter where she is tonight
Or with whoever she spends her time
If these arms were meant to hold her
They were never meant to hold her so tight
For the love of that girl
Tears swell, you don't know why
For the love of that girl
They never fall, they can never run dry
For the love of that girl
(vou estando sem palavras; não me apetece dizer)
2008-05-19
Vamos ajudar a Mónica

aqui
2008-05-18
Cartas

aqui
E, no entanto, o que mais me cativou na carta foi o envelope. Lá estavam remetente e destinatários devidamente manuscritos. E fiquei a pensar como, neste mundo de teclas, telefones, sms, pc, voz em todos os formatos e feitios, podemos chegar a conhecer intimamente alguém e, ainda assim, nos surpreendermos com algo tão pessoal como a caligrafia.
Acho que vou passar a escrever cartas. Tenho saudades manuscritas.
2008-05-17
Sinto-me enganada!

___________
(Já agora e ainda a propósito de peidos que fazem primeiras páginas de pasquins: vai um cigarrinho ou o avião já descolou? Não descolou? Não há gasolina por causa dos aumentos sucessivos?… Transferiram a que restava para os bombeiros, certo? Que não? Então? Ah! Está reservada para aquele senhor que anda na Fórmula não sem quantos à minha custa e do resto do povinho a dar voltinhas sem sentido num carro tão poluidor que já devia estar proibido… Deviam pôr o gajo a biodiesel, é o que é. Não pode ser? Então porquê? Também o multavam por não estar a ser um cidadão cumpridor e a deixar-se chular nos impostos, como àqueles senhores políticos que resolveram pôr os tractores da freguesia a combustão alternativa? E, já agora, chamem lá o Marinho para dar parecer! Talvez se lembre de considerar o cigarrinho do PM crime público agora que quer voltar a meter no saco do privado os maus-tratos familiares. E nem vale a pena pôr-me a falar do privado, ou isto descamba de vez! Afinal, não comecei o post para falar do putedo que vai nas administrações cada vez mais gordas num País cada vez mais esfaimado e nas óbvias benesses do poder que só manda os fiscais aos tascos, mas fica sempre ceguinho quando se trata de inspeccionar como se fabricam preços e outras manigâncias dos cartéis do costume. Pronto! Já estou maldisposta. E eu que só queria falar de mamas…)
2008-05-15
Gente feliz com lágrimas(*)
Não há nada mais triste do que uma pessoa seca, alguém que já não tenha sequer mais lágrimas para chorar.
_______
(*)Título de João de Melo
2008-05-13
2008-05-12
The Adversary
You see me in a foreign face
In ships that sink without trace
In your father's doubt
Will he praise or shout?
Behind the burning cross
Begrudged imagined loss
When you run to me, run to me, run to me
You try to fly, but you cannot fly
You try to hide, but I'm by your side
You run from me, run from me, run from me
I am the adversary
I am the adversary
I am the adversary
I am your foe
I go where you go
Between ideals and fact
Between the thought and the act
You sink without trace
Grow to hate your face
Will you sell all you own
To sit in a shadow by a throne
Will you run to me, run to me, run to me?
You try to fly, but you cannot fly
You try to hide, but I'm by your side
You try to run from me, run from me, run from me
I am the adversary
I am the adversary
I am the adversary
I am your foe
I go where you go
You will see me behind every door
You need not look for me at all
To her I'm just another
To her I am unknown
On your shoulder her hands lightly rest
As she lets fall her soft summer dress
Without self-conciousness of floating off in sleep
Without intention triumphs admid all defeat
She moves in her own sheltered way
My invisible hands are not at play
To her I'm just another
To her I am unknown
From the cold snow into the water
To her I'm just another
To her I am unknown
(Run from me, run from me, run from me)
I am your foe
I go where you go
2008-05-10
Ibsen à 6ª

Edvard Munch
(E, no intervalo, descobri que estava a partilhar a assistência com Manoel de Oliveira. Não, ninguém lhe dá a idade que tem, apesar da bengala!)
2008-05-09
As time goes by
The world will always welcome lovers
As time goes by.
2008-05-08
(...)
It's a nervous tic motion of the head to the left
A nervous tic motion of the head
Head to the left
It's a nervous tic motion of the, of the, to the
Left
It's a nervous tic motion of the head to the, of the, of the head
of the head to the
(assobiando...)
2008-05-07
2008-05-06
Menino-guerreiro

© António Martins in "Pela Boca Morre o Peixe"
Não consigo deixar de achar que só estamos como estamos, com um Governo supostamente de Esquerda a governar mais à Direita na maioria das coisas do que o próprio ti-Cavaco, que agora não manda nada, tirando as vezes em que só encrenca, porque houve aquele período infeliz em que o Durão deu de frosques e nos caiu uma mosca na sopa.
E, retirando da equação a hipótese de haver dentro do PSD quem queira dar cabo do PSD de vez, só Pedro Santana Lopes insiste em fazer de conta que não sabe que, tirando todos os que se riem dele (onde me incluo) cada vez que aparece em frente às câmaras, só existem aqueles que se assustam (onde me incluo também) com a hipótese de haver quem ainda lhe possa dar uma oportunidade para trepar ao poleiro, mesmo que nem precise ir a votos outra vez.
Três anos não chegam para alguém mudar; especialmente alguém que nunca mudou, nunca deu provas de querer mudar e, pior, parece estar mesmo convencido que está certo. C’um caraças! O "nunca me engano e raramente tenho dúvidas" frutificou realmente dentro da laranja. Infelizmente, nos seus piores aspectos e em completa cegueira egocêntrica.
2008-05-05
2008-05-04
2008-05-03
Eu é menos bolos!

aqui
Mas o que é estranho é o que acontece à migas, até quando me está a dar receitas pelo telefone. Apre! Eu bem digo que, para cada lado que olho, anda alguém a tentar alisar-lhe a lã. E, bolas, eu só consegui ouvir – e mal – sem poder dar palpites, apesar de ser acusada de dar palpites em demasia. Eram só perguntas interessadas! E pertinentes! (e muito curiosas, mas isso agora não interessa nada)
Para a próxima, minha linda, tem de vir o MMS!
Mamas

aqui
O semanário “Sol” avança hoje que o hospital [S. João] realizou cirurgias plásticas em funcionárias da unidade, na sua maioria para reduzir ou aumentar o peito, e que algumas dessas mulheres estavam inscritas na lista de espera como os restantes doentes ou eram operadas quando faltava um doente para outra operação qualquer.
in, Público
2008-05-02
Coisas que me irritam

aqui
E ter um blogue também tem de servir para isto, especialmente se algumas das coisas que me irritam até se prendem com algumas coisas que acontecem nos blogues. E talvez seja tudo uma questão de se ser ou não se ser e do parecer e do não parecer nas palavras que publicamos. E com a curiosidade que sempre me despertou a forma como eu também sou lida, treslida ou pura e simplesmente passada a diante, como faço com quase todos os blogues onde desaguo ou desaguei alguma vez.
Faz-me muita espécie gente que tem de estar sempre a dizer o que é, como se fosse preciso uma definição em cada post, ou em cada comentário. Ora, o que somos acaba por passar sempre, até quando mais nos esforçamos por não deixar passar nada. Obviamente que pode demorar mais ou menos tempo, dependendo da franqueza com que encaramos o teclado. Ou até pode ser preciso ir matando nicks para ver se a coisa se aguenta mais um bocadinho, mas haverá sempre rabos de fora, visíveis até para os mais distraídos como eu. E, se a cara não bate com a careta, ou nos passamos a divertir com a anedota ou simplesmente passamos à frente.
Mas o que me irrita mesmo é esta mania de todos se quererem fazer passar por algo que, socialmente, será certamente impossível serem. Como um certo rebanho de gajedo que se define em cada palavra como se fosse sempre muito boa, tão boa que nem prestam contas, que só se enfeitam para agradar a si mesmas, que só compram a carteirinha da moda para se darem mimos, que pintam a unhaca para elas, que se penteiam só para beijar a própria imagem no espelho e que só lavam os dentes porque as próprias narinas estão demasiado próximas da dentuça. E, obviamente, só fodem muito e muitas vezes para fazerem exercício e libertar as endorfinas ou só depilam as pernas e a cona por motivos higiénicos.
E este gajedo todo vem para os blogues apregoar uma autoconfiança que eu sei que não existe, porque ninguém existe só nas palavras em que se quer inventar, nem para além da necessidade social de pertencer a um grupo, com os seus códigos e os seus signos; ou a própria necessidade biológica de arranjar parceiro, o que implica necessariamente agradar a bem mais do que a si próprio. A auto-imagem é condicionada por mais do que os nossos olhos; é condicionada pelo que pensamos ver nos olhos dos outros. O mesmo para auto-estima, que não é coisa que brote de palavras, tem de ser profundamente entranhada, muito para além dos supostos mimos que nunca são para agradar aos outros, nem as carteiras que são sempre iguais às das amigas e amarelas, mesmo que há um ano atrás, quando o amarelo era pimba (não sei se era, mas adiante), nunca se atrevessem a usá-las.
Pois irrita-me. Muito. Porque ninguém é completo sem imperfeições e ninguém tem autoconfiança ou auto-estima se não tiver também uma profunda noção de ridículo pessoal e o sentido de humor suficiente para lidar com as inseguranças que todos temos.
Gajedo inseguro a apregoar autoconfiança é profundamente ridículo. Bem mais do que todas as palavras do "eu sou assim para me agradar" ou o "eu nunca faço nada para agradar aos outros, que são obrigados a gostar de mim, que sou tão boa, tão boa, que nem preciso de mais ninguém". Tretas! Tretas de gajedo armado em parvo, a vir esparramar palavras mentirosas a ver se convencem alguém. O triste – o que é realmente triste – é que nem sei se se convencem a elas mesmas. Mas lá que usam as palavrinhas todas, usam. E que fazem figura, fazem. E que talvez consigam que alguém lhes tente saltar à cueca, também é possível, ainda que eu ache bem mais provável que, por trás de tanta palavrinha, ou esteja um verdadeiro mono em quem ninguém toca, ou então alguém que anda a copiar todas as revistas da moda e a passar completamente despercebida por entre uma multidão de gajedo igual, que só nas palavras escritas em blogues parecem ter espinha e talvez rodem de cama em cama a acharem-se muito fodilhonas, mas a acabarem sempre sozinhas quando chega a hora da verdade.
E eu, convenhamos, irrito-me. Muito. Ou então tenho de me rir. E nunca é agradável nem estar irritada nem ter no trombil aquele meio sorriso de dó pelas figuras dos outros. Depois, olho por mim abaixo e vejo os defeitos todos e as inseguranças e tento rir-me de mim. Enquanto o conseguir fazer, sei que sou bem mais completa, nos meus defeitos e nas minhas valias, bem mais completa que qualquer dondoca armada aos cucos a dizer como é boa, tão boa, que só lhe falta o tapete vermelho cada vez que abre a porta de casa. Do cuecame que tem escondido dentro de portas é que é melhor nem falar.