2009-07-04

Da importância relativa das coisas

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Pianista? Eles que fiquem lá com a gaja, que pelo menos o Deco sempre me deu muitas alegrias.

(ouvida no café)



Lol! Quando se trata de espectáculos, o povinho sabe bem o que quer e o que gosta. Piano? Pff! Ainda se tocasse musiquinhas do Tony Carreira, para acompanhar com o belo do piquenique, o joguinho de futebol e as bjecas.

8 comentários:

Anónimo disse...

Consta que a hotelaria em Belgais não tem muito futuro e, por outro lado, também consta que o Deco não recebeu qualquer dinheiro dos meus impostos. Desculpa lá, mas quem disse que pianista não é psicopata...? Apre pra mulher que anda nisto há dez anos...

Hipatia disse...

O Deco trabalhou em Portugal – e pagou impostos – anos suficientes para obter a cidadania. Em troca, deu à perna que se fartou, primeiro no FCP onde chegou a Campeão Europeu e, depois, na Selecção das bandeirinhas em todos os beirais. Não critico o comentário que ouvi: de facto, Deco deu alegrias a muitos portugueses, os tais que nem sabem onde é Belgais e querem lá saber de música clássica. Critico antes a importância relativa que Maria João Pires pensa que tem, esse sentido desusado da sua própria utilidade, muito pouco de acordo com a utilidade que a maioria dos portugueses lhe dá realmente, que chega a usar a nacionalidade como moeda de troca. Mas o troco real é que, para o portuguesinho comum, ela já vai tarde: a novela nem sequer tem proveito e as personagens principais não chegam a interessar ninguém.

Anónimo disse...

Vê lá se mudas de opinião que isto de estarmos sempre de acordo não tem gracinha nenhuma ;)

Hipatia disse...

Oh caraças! E não é que tens razão?

:D

I. disse...

O Deco não me deu alegrias porque não gramo futebol, mas a Jãozinha deu-me uma tristeza que é mais uma amargura. Aquilo é birra de diva ofendida, para mim passou a ser a Catafiore tuga, mas sem a mesma graça e o capitão Haddock a fazer contraponto.
(ainda agora escrevi um post a desejar-lhe boa viagem. que lhe faça bom proveito, afinal não é a primeira fuga que ensaia. ela desistiu de Belgais já há uns anos, quando o tribunal lhe foi lá penhorar os pianos... sabias? pois, é que aquilo era gerido como muito bem lhe apetecia, e ainda servia para acolher os amigalhaços músicos... que vinham dar aulas às crianças, pois claro. um desfile de vaidades, é a ideia que tenho, sem projecto, sem contas, sem estrutura. e depois, se gostasse assim tanto das crianças, não lhes virava as costas, não?)

Hipatia disse...

Olha, a mim não me dá tristeza ou amargura algumas, que nunca lhe dei ou achei importância para tal. E, sim, parece-me uma prima-dona com a mania, a tentar chantagear tudo e todos, como se tivesse mais importância do que aquela que realmente tem. Parece que, no entretanto, virou mania. Viste que até o Sousa Tavares diz que vai? Pois que sigam todos, primas-donas do oportunismo nacional, fartos de benesses e sempre a achar que têm direito a mais. E, quanto ao Deco, não te esqueças dos impostos: pagou-os durante todos os anos que cá trabalhou e deve ter contribuído bem mais para as finanças do portugalinho do que a senhora dos pianos penhorados.

I. disse...

A mim amargura-me é a atitude de soberba, do "sou demasiado boa para este país", que ofende também quem cá vive. Que há muitas e boas razões para mudar de nacionalidade (o Deco percebo), mas a dela é feita de mania de grandeza. Nervos. E se tinha assim tanta vontade de cumprir a sua vocação de educação cultural, havia muita e boa maneira de o fazer, dava era uma trabalheira do caraças. Tipo uma fundação, com gestão capaz, com programas, com planeamento... e ainda que reconheça que a política cultural deste governo deixa muito a desejar, concordo que não se deva dar dinheiro a quem quer. Olha a quantidade de grupos de teatro com provas dadas que vêem muito pouco. E não consta que o Luís Miguel Cintra faça beicinho e abale para lá do Atlântico.
Bardamerda, é o que é.

Hipatia disse...

Espera que agora lembraste-me uma coisa à conta da canção do coitadinho. Sai já post :D