Vá! É só mais uma velinha e o ano até está para acabar :)
2010-12-31
2010-12-30
2010-12-29
Parabéns, Miga
at abmp3 search engine
Pois as coisas que me acontecem contigo por perto acabam sempre por sair assim um bocado ao lado do normal. E talvez por isso me fazes sempre falta, nem que seja para apanhar o autocarro e não ter de pagar bilhete por boa-vontade da motorista.
2010-12-28
Resumo de 2010
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
(...)
Álvaro de Campos - Lisbon Revisited
(Aninho miserável que não deixa saudades!)
2010-12-25
Natal
aqui
Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.
David Mourão-Ferreira, "Natal, e não Dezembro" (in "Cancioneiro de Natal")
2010-12-24
Feliz Natal!
And in our world of plenty, we can spread a smile of joy!
Ainda há um mundo para além da nossa janela!
2010-12-23
Jantar de Natal
2010-12-22
Os pobrezinhos
O fim destes casos de baixas fraudulentas permitiu uma poupança de 4,3 milhões de euros, valor do subsídio de doença que deixou de ser pago às pessoas em questão.»
Jornal de Negócios
2010-12-21
2010-12-20
OG
The Colbert Report | Mon - Thurs 11:30pm / 10:30c | |||
www.colbertnation.com | ||||
|
2010-12-18
2010-12-17
2010-12-16
E esta, hem?
2010-12-14
Irra!!!
2010-12-12
2010-12-09
Mais duas lambadas à espera do que vem depois
O Ministério Público (MP) recorreu, pedindo a condenação pelo crime de violência doméstica, que é punível com uma pena entre um e cinco anos de prisão, subindo o limite mínimo para dois anos se os factos se registarem no domicílio da vítima.
(...)
No entanto, o tribunal considerou tratar-se apenas de um crime de ofensa à integridade física simples, uma vez que o comportamento do arguido não foi reiterado e a agressão em causa “não revela uma intensidade, ao nível do desvalor, da acção e do resultado, que seja suficiente para lesar o bem jurídico protegido – mediante ofensa da saúde psíquica, emocional ou moral, de modo incompatível com a dignidade da pessoa humana”.»
Depois, quando já é tarde, aparecem as desculpas do costume. Mas pelo menos foi condenado em alguma coisa...
2010-12-07
2010-12-06
2010-12-02
2010-12-01
Abalroada
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2010-11-30
Dar
Se calhar porque, numa sociedade de excessos, ensinar a pescar nunca pareça suficiente. Ou talvez porque, quando estendemos a mão a quem sofre, é o nosso sofrimento que mitigamos, o desconforto de nos sabermos a salvo, da arbitrariedade que nos anula no sofrimento absurdo de outro humano tão parecido connosco, tão diferente na sorte. Por todo o cinismo que os anos colaram em mim, é também por isso que dou ainda.
2010-11-25
Nunca nada muda o bastante
aqui
2010-11-24
2010-11-23
But the ghosts still haunt the waves
Found at bee mp3 search engine
aqui
The island it is silent now
But the ghosts still haunt the waves
And the torch lights up a famished man
Who fortune could not save
The Pogues - Thousands Are Sailing
2010-11-20
Rascunho
2010-11-18
2010-11-15
Ou dito muito melhor
.
Pedro Marques Lopes
2010-11-14
Media
Nunca nenhuma vida tem valor realmente idêntico a outra quando vista pelo prisma de valores que vai enformando estas notícias que nos sobram. E é que já nem é o cão a morder o homem ou o homem a morder o cão; é mais do que isso: é quase como se fossem homens transformados em matilhas. Havendo sangue, ou tragédia, ou uma hecatombe, tanto melhor, mas também basta conspurcar a vida privada de qualquer um. E a sociedade que tudo vai engolindo, cada vez mais anestesiada, mais comatosa, tanto que lhe tentam dar cada vez mais pão e circo, a ver se ainda reage, a ver se ainda há reacção possível. E as tragédias são só fait-divers; só a notícia bombástica vende. E vamos ficando calejados contra a tragédia e os factóides, servidos a qualquer hora de maneira a que a indiferença vá alastrando, até que já quase nada pareça indigno. É um mal generalizado e um tique do jornalismo que temos: explorar à exaustão o fácil, o sentimentalóide, o grotesco, as opiniões dementes de alguém, em lugar de expor factos sem julgamentos morais. A isenção nunca existiu afinal e a ingerência é arma nas lutas diárias pelas audiências e nos agrados necessários aos patrões.
2010-11-12
Números
aqui
E os números são especialmente jeitosos com eleições à vista: dão para tudo e são pragmaticamente adaptados às piruetas que interessam. Tirando isso, não servem realmente para nada, ainda que seja óbvio o jeito que aparentemente dão.
Atolados na crise, nas insuficiências crónicas, nas sinergias perdidas, nas falsas promessas ou nas verdades mentirosas, já nem estranho o jeito que se dá aos números. Como se bastassem agora e fossem claros como cristal, usados como adagas ou, pior ainda, como arma de gatilho rápido ou uma qualquer caçadeira com mira num zepelim.
Mas o que me assusta realmente é esta moda de agora de ver tantos em vibração orgásmica com os números da desgraça. Como se a pirueta afinal nem fosse uma foda mal dada; como se na desgraça colectiva reencontrassem finalmente o tesão.
2010-11-11
(...)
2010-11-10
2010-11-09
2010-11-08
Novamente "os salvadores da pátria"
2010-11-05
Poeta
Cuando tu apareciste,
penaba yo en la entraña más profunda
de una cueva sin aire y sin salida.
Braceaba en lo oscuro, agonizando,
oyendo un estertor que aleteaba
como el latir de un ave imperceptible.
Sobre mí derramaste tus cabellos
y ascendí al sol y vi que eran la aurora
cubriendo un alto mas en primavera.
Fue como si llegara al más hermoso
puerto del mediodía. Se anegaban
en ti los más lucidos paisajes:
claros, agudos montes coronados
de nueve rosa, fuentes escondidas
en el rizado umbroso de los bosques.
Yo aprendí a descansar sobre sus hombros
y a descender por ríos y laderas,
a entrelazarme en las tendidas ramas
y a hacer del sueño mi más dulce muerte.
Arcos me abriste y mis floridos años
recién subidos a la luz, yacieron
bajo el amor de tu apretada sombra,
sacando el corazón al viento libre
y ajustándolo al verde son del tuyo.
Ya iba a dormir, ya a despertar sabiendo
que no penaba en una cueva oscura,
braceando sin aire y sin salida.
Porque habías al fin aparecido.
Rafael Alberti - "Retornos del amor recién aparecido"
2010-11-03
Sakineh
«Bienheureuse mobilisation qui a permis, en effet, de faire du visage de Sakineh une icône mondiale, un symbole et de différer ainsi, pour le moment, la date de sa mort annoncée ! Pour nous, bien sûr, le combat continue.»
Bernard-Henri Lévy
_____
ver aqui o que (ainda) se pode fazer.
2010-10-29
Portugal
.
«Hoje pode existir uma união nacional do ódio a Sócrates. Mas uma coisa já ninguém lhe tira. Só a geração Magalhães poderá realmente mudar Portugal. »
Leonel Moura
Portugal vai transformando-se numa espécie de nevoeiro, com discursos e pantominas à mistura. Digamos que uma cortina de fumo, com um País pardacento reduzido à letargia de, daquele lado, já não esperar nada de decente e, por isso, demitindo-se gradualmente de até apenas desejar. Para a mediocridade que vai, será que vale oferecer pior ainda?
Aos jovens bem jovens de hoje pertence o amanhã: a minha geração de parêntesis, a geração que teve tudo para ser e não soube ser nada, excepto a geração que transformou os pobrezinhos mas respeitados em endividados sem respeito nenhum; os cravos que já não terão cheiro; as canções revolucionários com o mesmo apelo que os hinos fascistas de antanho; os símbolos escondidos sob pó e teias de aranha; a pátria confundida com outro mito qualquer, talvez o desta Europa que nos engoliu e agora quer cuspir fora; os políticos de carreira e os caciques da negociata que um certo Portugal pariu já há muito debaixo do chão.
E aos jovens muito jovens de hoje, por não lhes ser mais exigido que cumpram Portugal, talvez seja possível ver Portugal finalmente a ser cumprido.
2010-10-28
2010-10-27
2010-10-26
Então era isso!
«(...)um grupo de homens, todos iguais, vestidos do mesmo modo, entram numa sala para discutir o Orçamento. Teme-se o pior, de um documento sem sensibilidade social: afinal, faltam mulheres na sua discussão.»
Miguel Marujo
Mais ano menos ano
.
«Quando Cavaco chegou ao primeiro governo em que participou eu tinha 11 anos. Quando chegou a primeiro-ministro eu tinha 16. Quando saiu eu já tinha 26. Quando foi eleito Presidente eu tinha 36. Se for reeleito, terei 46 quando ele finalmente abandonar a vida política. Que este homem, que foi o politico profissional com mais tempo no activo para a minha geração, continue a fingir que nada tem a ver com o estado em que estamos e se continue a apresentar com alguém que está acima da politica é coisa que não deixa de me espantar. Ele é a política em tudo que ela falhou. É o símbolo mais evidente de tantos anos perdidos.»
Daniel Oliveira
2010-10-25
Hoje
Steve Hackett, 'Fire on the Moon'
Está uma lua do caraças! Já deram conta?
(infelizmente, não fiz uma fotografia; mas pode ser que alguém tenha a máquina a postos)
2010-10-24
Papa-letras
Isto é um pedido encarecido aos senhores jornalistas (?) que enxameiam a televisão com o seu sotaque lisboeta: não é "ó" quando no papel está "ou". Vá! Deixam lá os ditongos sossegadinhos e não me massacram o aparelho auditivo. O mesmo para a conjugaçãozinha (seja ela explicativa ou coordenativa), vale?
2010-10-22
Humm...
(Oh I., isto não entra na tanga do consumismo, pois não?)
2010-10-20
(...)
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Hey you! don't tell me there's no hope at all
Together we stand, divided we fall.
(e a França ali ao lado?...)
2010-10-19
Cinco anos de vizinhança
Cleaning up the swamps
You are the heart of hearts
Wonder dig and try
Tear it up and learn to bless the readers eye
Parabéns, Deep!
Com as letrinhas todas
.
DN Economia
... e que se foda o País, que nós queremos é voltar ao poleiro.
2010-10-10
Verrinar
Camilo Lourenço
Na teoria, é bonito pensar que os portugueses têm juízo quando se trata de escolhas relacionadas com o consumo. É um pressuposto errado, baseado na crença de que as pessoas são racionais no que toca à aquisição de bens, especialmente os bens de luxo. Na realidade, anos de dinheiros fácies, ofertas desmesuradas de crédito e o desaparecimento de uma filosofia aforradora, transformaram a tanga deste País no País cada vez mais na tanga. Virem agora afirmar que o tuguinha, se lhe tivessem dito que havia crise, passava a ser poupadinho, é uma valente mentira. O povinho vai continuar a viver do que não tem, de mão estendida para o que acha que deve ter. E vai continuar a trocar de telemóvel de seis em seis meses, a comprar o plasma que mal cabe na sala, muitos pares de sapatos e botins e chinelos e socas e sapatilhas e casacos e saias e calças e unhas de gel e perfumes e a deixar de pagar a prestação da casa para continuar a pagar a do mercedes. E os comentadores - lá do alto do trono de onde botam faladura e que, tantas vezes, se deve resumir ao trono que se encontra no wc - vão continuar a idealizar este povinho, que não apanham com ele dia sim, dia sim, muito menos devem ir aos centros comerciais no início do mês ou depois de chegarem os cheques do rendimento de inserção. É que os tuguinhas, haja ou não crise, saibam ou não que há crise, enquanto houver para gastar, gastam. E é por isso que vão continuar a fazer vida de rico nos 5 primeiros dias do mês e comer ovos estrelados no resto dos dias. Mas vão de sapatos e telemóvel e carteira nova ao banco explicar porque não pagaram a prestação ou porque têm o saldo do cartão de crédito na estratosfera; ou estacionam o SUV da BMW à porta da escola dos filhos onde não tem pejo em afirmar que estão no primeiro escalão do abono, mamando livros e refeição gratuitas à conta de um palerma qualquer que não consegue fugir a nada e anda a sustentar o resto dos pançudos sem juízo, os tais que os senhores comentadores até acham que se preparariam para a crise. Só que a crise é será sempre só paga por alguns. Os outros vão continuar num alegre rega-bofe subsidiado.
2010-10-01
Até 4ª
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Quem cá vier no entretanto, deve ir ler o Old Man. E comentem lá por mim, s.f.f.
(Ah! A memória! Pois, é isso mesmo! E faz tanta falta a tanta gente!)
2010-09-30
like a whisper
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While they`re standing in the welfare lines
Crying at the doorsteps of those armies of salvation
Wasting time in the unemployment lines
Sitting around waiting for a promotion
Don’t you know
They’re talkin’ bout a revolution
It sounds like a whisper
(gostava tanto de conseguir meter a cabeça na areia e acreditar nos discursos populistas e demagógicos...)
2010-09-29
Coisa estranha!
2010-09-28
2010-09-27
No canto do bar
É que eu acredito mesmo que não há nada mais infeliz e inábil do que um homem que se apanha de repente sozinho, de casa vazia, a ver os filhos com fins-de-semana contados e o medo da velhice a bater-lhe à porta, inseguro da barriguinha que não há ginásio que abata, a ver o canal de publicidade pela noite dentro e a comprar todos os "gadgets" que fazem abdominais por medida. E que não podem apregoar a solidão e a tristeza, que nunca se souberam permitir a aparência de fracos e aguentam as palmadas nas costas dos outros gajos, os "agora é que estás bem" e a afins, sem nem sequer saberem bem (ou não acreditando) como de repente o mundo de anos entrou em derrocada e não há mais ali ao lado a pessoa que ouvia o bom e o mau, tinha o jantar pronto a horas e restantes horários estruturantes, mais os putos a qualquer momento e as contas em dia e os programas marcados sem ter de pensar o que há para fazer a seguir. E foi-se ainda a casa, o seu território, o seu reino. E engolem, vão engolindo, saltitando de miúda em miúda e de carro em carro e agradecendo mas evitando os jantares em casa dos amigos que ainda estão casados e aparentemente felizes, preferindo antes um canto de um qualquer balcão de um qualquer bar e talvez um engate de ocasião para ver se ainda estão vivos. E é por isso que eu não acho que um homem habituado a família seja capaz de sobreviver bem sozinho, ou lidar com as emoções decorrentes. Ou sequer que consiga encontrar com a mesma facilidade que uma mulher um ombro solidário onde desabafar. É que nenhum gajo atura muito tempo um amigo infeliz; vai-lhe apresentar umas gajas e tentar passar em frente o problema, esperando o regresso do velho tipo que falava da bola e de política e das gajas que, podendo, havia de comer. As tais gajas que, agora, mesmo podendo, não come.
Um homem em luto de uma relação é uma caricatura dele mesmo, até nos excessos. E deve ser por isso que, num repente, estão casados outra vez. Não necessariamente felizes, mas pelo menos não tão assustados e sozinhos, novamente senhores de um pequeno território onde tentam encontrar o seu quinhão de sentido e, com sorte, uma certa medida de contentamento.
2010-09-24
Semanada
Agora, porque é que ninguém me disse que os meus cigarros iam outra vez aumentar de preço?
2010-09-23
(a)moralidades
2010-09-22
2010-09-18
2010-09-17
Bardamerdas!
Ainda nem tinha acabado de saborear o primeiro café do dia e já tinha uma besta a foder-me os cornos que não tenho mas a que todos os anormais teimam em fazer pontaria.
2010-09-16
2010-09-15
Lei de Murphy
2010-09-14
Meia dúzia
(foi no dia 24 de Agosto e o Espumante lembrou-se)
2010-09-13
Por vezes fêmea.
.
Espáduas brancas palpitantes:
asas no exilio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
Natália Correia - Auto-retrato
2010-09-12
2010-09-10
Et voilà
«A resolução hoje aprovada tinha sido proposta por deputados do centro-esquerda, liberais e verdes.
Nela o Parlamento Europeu "expressa a sua profunda preocupação com as medidas que foram tomadas pelas autoridades francesas e de outros Estados-membros, " e "apela a essas autoridades para que suspendam imediatamente todas as expulsões dos Roma".
De caminho, a resolução lembra que as expulsões colectivas violam o Direito Europeu, pois constituem uma discriminação fundamentada na raça.
Os deputados europeus lamentam também "a retórica provocadora e discriminatória de alguns decisores políticos", bem como a falta de empenhamento do Conselho da Europa e da Comissão Europeia nesta questão. Fazem notar que a recolha de impressões digitais dos Roma expulsos é ilegal e contrária à Carta dos Direitos Fundamentais.
O Parlamento Europeu recorda que a lei europeia sobre a liberdade de circulação estipula que "em caso algum" a ausência de rendimentos pode justificar uma expulsão automática de cidadãos da União, e que quaisquer restrições à liberdade de circulação e permanência, só podem ser fundamentadas "num comportamento individual, e não em considerações gerais resultantes da prevenção, nem, sobre considerações sobre a origem étnica ou nacional".»
fonte
2010-09-09
Em casa onde não há pão...
«(5) The Representatives of the Member States, meeting within the European Council on 13 December 2003, agreed to build upon the existing European Monitoring Centre on Racism and Xenophobia established by Regulation (EC) No 1035/97 [3] and to extend its mandate to make it a Human Rights Agency.»
Council Regulation (EC) No 168/2007 of 15 February 2007
Uma nova crise na Europa apresenta-se como a crise de sempre: quando a fartura se esvai, o mito e o desígnio sonhado da supra-cidadania são subjugados a ditames xenófobos, envolvidos numa bela imagem economicista e legalista. E um dia destes fica provado que os alicerces são tudo menos sólidos quando falta a lente de aumento da bonança.
hmm (mais outro)
Ontem, num jornal desportivo, celebrava-se em plena manchete o "cinquentenário" a propósito do jogo n.º 50 de um fulano qualquer. Rica festa!
2010-09-07
hmm (outro)
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2010-08-24
Não posso ter perdido um mês inteiro!
2010-07-18
2010-07-15
Profissão de risco
2010-07-14
Público-alvo
Sim, como te atreves a não ser cor-de-rosa, ou a ser cor-de-rosa, ou a espetar com o "Estrangeiro" no blogue? Ou a ter ideias e o que dizer todos os dias, até sobre acetona enamorada e ainda tempo para desencantares quem tem um total desperdício de tempo para diatribes blogosféricas de egos em contra-mão e invejas em riste? Mas como raios te atreves? Anos e anos disto e é assim, sempre foi assim, desde o analfabeto que põe mamas e mamudas ao advogado que não conhece o corrector ortográfico, passando pelos jornalistas de plantão e as encalhadas ao engate. A norma é uma treta, a média um espartilho e a mediania uma canseira. E a mim só me apetece ler romances de cordel, cor-de-rosa, muito cor-de-rosa, muito happy end e algumas quecas à mistura, que a vida está uma canseira e eu de rastos e as férias só começam para a semana. Vá! Pintar as unhas e ir à Zara aos saldos para entrar para o rebanho. Já! Como te atreves a ser diferente ainda? Como? E vê lá o público-alvo. Quem foi que disse que o blogue é nosso? Então não vês que está ali à mostra e é dos outros, desde os que acham que não plagiam porque é no facebook até aos que querem dar medalhas de cinco tostões? Mas onde andas com a cabeça, mulher?
2010-07-13
Pinóquios
«as perícias consideram que a aprovação do empreendimento de Alcochete foi inteiramente regular e que a alteração das regras da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPE), para além de legítima, não teve qualquer interferência na aprovação do projecto. (…)
O primeiro-ministro José Sócrates, como a directora do DCIAP Cândida Almeida já tornara público, não é arguido. Não é sequer suspeito no processo. Os arguidos nos autos do Freeport são Manuel Pedro Nunes, Charles Smith e João Cabral - todos da consultora Smith&Pedro -; o antigo presidente da Câmara Municipal de Alcochete, José Dias Inocêncio; a sua assessora Honorina Silvestre; e o antigo vice-presidente do ICN, José Manuel Marques.»
Jornal "I", 12 de Julho 2010
Sei que nunca consegui olhar para este emaranhado de diz-que-disse com as certezas de certa gente, que prefere acusar um inocente – desde que seja José Sócrates que, como todos sabemos, além de paneleiro (porque disseram nas revistas), também é um escroque ladrão (porque disseram nos jornais) e não tem nada ar de inocente nos seus fatinhos Armani. É que fui criada a achar que qualquer auto-de-fé é condenável, e sempre olhei para esta salgalhada com suspeita. Agora está aqui o resultado e não vai dar em nada, que está tudo a banhos e o cão a morder o homem nunca foi notícia.
Posso não gostar de José Sócrates e das suas políticas. Posso até ter vontade de o acreditar culpado e corrupto. Mas não assim, não com este tipo de suspeitas e de campanha, em que acabou condenado em praça pública sem sequer ter sido indiciado. Será que vou acabar a pagar, com o dinheiro dos meus impostos, uma indemnização a José Sócrates à conta de um caso, que nunca chegou a ser caso, que nunca se provou, para além do boato?
2010-07-12
Salvadores da Pátria
2010-07-07
Fashionably Late
Providência
«Não contem comigo para colocar o neoliberalismo na Constituição».
José Sócrates