aqui
Ilustrando esta intenção, se alguma vez surgir aqui algo como «imóvel na margem do rio observo a alegria dos peixes nas imediações de um esgoto», será escusado imaginar que vou dedicar-me à pesca ou à natação ou à crítica do consumismo nas sociedades ocidentais. Significará apenas que, num dia destes, dei por mim imóvel na margem do Tejo, observando a alegria dos peixes nas imediações de um esgoto.
E eu, que até gosto de duplos sentidos e de brincar com eles, descubro que a rotina e a falta de tempo me vão fazendo perder um certo sentido lúdico da linguagem. E há demasiados dias em que os peixes têm forçosamente de chegar, mas nunca me chegam verdadeiramente.
2 comentários:
Há dias em que se nos escapam pelos dedos...
No meu caso, os dias arrastam-se há meses :(
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