I’ve... seen things you people wouldn’t believe, hmm. Attack ships on fire off the Shoulder of Orion. I watched C-beams glitter in the dark near Tannhauser Gate (...)
...all those... moments, will be lost, in time, like tears... in... rain.
Blade Runner – Hampton Fancher e David Peoples
(baseados em Do Androids Dream Electric Sheep, de Philippe K. Dick)
...é quase como se, ao tentar num último fôlego passar o que viveu e viu a um ouvinte – qualquer ouvinte, mesmo aquele que há pouco seria seu carrasco ou sua vítima –, Roy tivesse encontrado um porto para a sua memória. Porque a memória só partilhada faz sentido; só uma voz que se acha, que se faz presente, tem rumo. E uma vida não é desperdiçada se houver quem a conte, quem lhe saiba os pormenores. Mesmo uma vida breve, com fim anunciado, sem esperança e sem sonhos ou miragens de eternidade.
...all those... moments, will be lost, in time, like tears... in... rain.
Blade Runner – Hampton Fancher e David Peoples
(baseados em Do Androids Dream Electric Sheep, de Philippe K. Dick)
...é quase como se, ao tentar num último fôlego passar o que viveu e viu a um ouvinte – qualquer ouvinte, mesmo aquele que há pouco seria seu carrasco ou sua vítima –, Roy tivesse encontrado um porto para a sua memória. Porque a memória só partilhada faz sentido; só uma voz que se acha, que se faz presente, tem rumo. E uma vida não é desperdiçada se houver quem a conte, quem lhe saiba os pormenores. Mesmo uma vida breve, com fim anunciado, sem esperança e sem sonhos ou miragens de eternidade.
1 comentário:
Mais Vozes
On : 1/15/2005 8:28:09 AM ocidental-acidental (www) said:
Cada vida se conta a si mesma, um bocadinho, dia a dia... por palavras e gestos, sinais mesmo quase imperceptíveis. Mas mesmo asssim contadas, nem sempre se explicam. E ainda que explicadas ou até partilhadas, por vezes, muitas vezes, não são compreendidas. E pode-se, assim, perder muito do que há para oferecer aos outros e muito da sua beleza própria. Daqui ( e não daí, que isto tudo é muito intimista)... a necessidade de a contar mesmo, com intenção e observar depois como serviu, ou não para trazer algo de novo, como uma aragem fresca que renova uma atmosfera já gasta.
On : 1/15/2005 8:47:38 AM Hipatia (www) said:
Se uma vida for passada num total isolamento, se não houver quem lhe tenha visto os pormenores, os bons e os maus, se nada sobrar na memória dos outros, então essa vida foi esgotada, apagada e nada sobra depois.
Se, pelo contrário, por actos, por presenças, por carinhos, por memórias, uma vida ganhar espaço na história de outro, nem que seja de forma leve, fugidia, então há uma memória que não se perde, há uma ínfima possibilidade de eternidade, recontada em tom de história pelas palavras de outros que a conheceram, reconheceram, fizeram sua.
A perenidade da memória - dos outros na nossa memórias; nossa na memória dos outros - é a única garantia que temos contra o vazio do esquecimento e o fim definitivo de uma vida, por mais breve que tenha sido. É a única possibilidade de eternidade.
Talvez por isso quase toda a gente tenha vontade de ter um filho: mais do que genes, passamos uma memória, única garantia que, de facto, existimos um dia.
On : 1/15/2005 9:37:29 AM ocidental-acidental (www) said:
Um filho é tudo isso: a memória que transpõe gerações, a imagem dos progenitores, os seus sonhos não realizados, os ideais... mas começa por ser- e muitas vezes e "apenas" isso, eufemismo para coisas que não definem com "apenas"- uma necessidade de partilhar sentimentos, partilhar amor. De sentir que, com ele ou ela, folhos, nunca há lugar para solidão - mais tarde, no fim da experiência humana da vida, nem sempre é assim...outra forma do isolamento que mencionas. Um filho é a maior realização de um ser humano. Incomparavelmente, a maior de todas as doações que fazemos à vida. Não é apenas a perpetuação da nossa experiência ( do bom e do mau dela) , embora mesmo inconscientemente seja muito isso, mas uma enorme prova de maor que damos, a nós, ao nosso mundo, ao mundo todo.
On : 1/15/2005 9:38:46 PM Hipatia (www) said:
"Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é."
Alberto Caeiro - Poema do Menino Jesus (in, O Guardador de Rebanhos)
Tss, tss!
On : 1/14/2005 2:29:48 PM Diálogos Interactivos (www) said:
Continuo a preferir o sexo que foi inventado há 2 mil milhões de anos. Mas não com os antepassados das diatomáceas ou algas verdes tá claro !!!
BJS
Bom fim de semana
On : 1/14/2005 4:34:50 PM Hipatia (www) said:
(mas eu faço uma vénea às diatomáceas e às algas verdes, ou seja lá o que foi que teve a ideia peregrina)
Beijos e bom fim de semana, Diálogos
On : 1/14/2005 4:36:10 PM Hipatia (www) said:
*vénia*
On : 1/14/2005 6:16:46 PM ocidental-acidental (www) said:
cuidado com as vénias...de tanto baixar a cabeça... na net, claro
On : 1/14/2005 8:20:05 PM Maria Branco (www) said:
tss tss... Nem comento
Desejo-te um excelente fim de semana!
Muitos beijos
On : 1/15/2005 6:54:10 AM Hipatia (www) said:
Não há perigo, Ocidental
Cuidado também com o cocuruto
On : 1/15/2005 6:56:02 AM Hipatia (www) said:
Se te pus um sorriso nos lábios, Maria, já tive o melhor dos comentários.
Bom fim de semana.
Beijo grande!
On : 1/15/2005 8:14:57 AM ocidental-acidental (www) said:
vou ter cuidado... embora tenha de consultar o meu amigo houaiss para ver o que le me diz que devo pensar sobre cocurutos ... posso é já não ir a tempo de ter cuidado.
On : 1/15/2005 8:48:53 AM Hipatia (www) said:
ninguém é obrigado a repetir ad eternum os mesmos hábitos... ou os mesmo erros...
On : 1/15/2005 9:38:32 AM ocidental-acidental (www) said:
pois
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