2007-08-01

III.


aqui


F. era destino cobiçado, capricho, onda de choque. Era rota vespertina imaginada pela manhã.

F. era trilho, sem muralhas nem prisões. Era o rio tumultuoso, em choque contra os pedaços do caminho.

F. era desígnio assolapado, conjuro de forças ancestrais. Era Astarte, era Ísis, a Lua, a Mãe Terra em combustão.

F. era fogo quente e velho, já borralho, sabedor. Era enciclopédia de oportunidades perdidas, dicionário de rotas novas.

F. era receptáculo, destino desprendido de acasos.

F. era fado já, cantando ainda um caminho.

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