2007-08-09

IX.


aqui


Não há ponto de partida. Não há ponto de chegada. Só um infinito virado oito, deitado, dorminhoco, preguiçando para além de qualquer verbo, desembaraçado de todo o apocalipse.

Linhas paralelas que se anulam mutuamente. E, no entanto, continuam lá. Existem fora da esfera da vontade, fora da zona de compromissos e dos contornos com que se amofina a rotina.

Linhas em espelho cego brilhante, sempre iguais. Rotas comprometidas com o desconhecimento, sem atritos, sem fricções. Sem sombras, sem fazerem qualquer sombra. Completamente incapazes de sombrearem a presença na ladeira comum.

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