2007-08-14

XII.


aqui

No céu nocturno, uma galáxia baila, na sua forma espiralada, rematada em braços tentaculares. Um mesmo corpo, no entanto. Uma mesma gravidade. Uma mesma força centrífuga albergando mil sóis, mil hipóteses, mil destinos, paralelamente inconscientes do destino de cada um e do destino comum que os familiariza.

Onde está o ponto de partida? Existirá ponto de chegada? Como ficou assim ordenado em permanência o caos brilhante de estrelas? Onde se encerram as partículas da matéria e onde explode a energia?

Como se faz um Big Bang?

E onde se curva o espaço-tempo de cada vida breve, estilhaçando a linearidade paralela que a aprisiona no desconhecimento?

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