2007-08-16

XIII.


aqui

V. e F. sonharam que existiam. Sonharam que tinham história, ganharam consciência de ser. Cada um à sua maneira, mas o mesmo sonho. Um sonho feito feitiço, questão intemporal.

V. e F. sonharam que havia mais do que só caminho. Sonharam o além da linearidade.

V. e F. não podiam sonhar o impossível, mas souberam sonhar o improvável, o que não há no seu mundo limitado de existências com rumo definido.

V. e F. sonharam o que nunca aconteceu e, porque o sonharam, a ideia tomou forma, passou a existir, encontrou um corpo de matéria e uma energia de luz.

V. e F. iluminaram as possibilidades para além das rotas deterministas e inventaram um acidente.

Se o soubessem dizer, se houvesse alguém para ouvir, expressariam a sua iluminação, luz brilhante, intensa, divina.

Sem comentários: